quinta-feira, 20 de maio de 2010
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Bibliografias – que nos ajudam a entender melhor a sexualidade humana- Luiz Fernando Paes
Título: Pele de Asno Não é Só História
temática: abuso sexual em uma abordagem estatistica e descrição de casos
Autor: Maria Amélia Azevedo / Viviane Nogueira de Azevedo Guerra
Editora: Roca
Título: Sexualidade na Escola: Alternativas Teóricas e Práticas
Autor: Julio Groppa Aquino
Editora: Summus Editorial
Título: Sexo e Poder
Autor: Guido Mantega
Editora: Brasiliense S/A
Título: O Relacionamento Amoroso: Segredos do Amor e da Intimidade Sexual
Autor: Masters & Johnson
Editora: Nova Fronteira
Título: Por que os Homens Não Se Abrem: Como superar o medo de intimidade dos homens
Autor: Steven Naifeh / Gregory White Smith
Editora: Record
Título: Relatório Hite Sobre Sexualidade Masculina
Autor: Shere Hite
Editora: Difel
Título: Criação em Separado: Como a Biologia nos Faz Homo ou Hetero
Autor: Chandler Burr
Editora: Record
Título: Enciclopédia Básica de Educação Sexual
Autor: Dra. Helen Singer Kaplan
Editora: Record
Título: O Relatório Hite: Um profundo estudo sobre a sexualidade feminina
Autor: Shere Hite
Editora: Difel
Título: Corpo, Gênero e Sexualidade
Autor: Guacira Lopes Louro / Jane Felipe Neckel / Silvana Vilodre Goellner
Editora: Vozes
Título: O Corpo Educado : Pedagogias da Sexualidade
Autor: Guacira Lopes Louro
Editora: Autêntica
Título: Gênero, Sexualidade e Educação: Uma perspectiva pós-estruturalista
Autor: Guacira Lopes Louro
Editora: Vozes
Título: Os papeis sexuais
Autor: Patrícia tucker
Editora: brasiliense
Relatório Kinsey (1948 ) masculino
Relatório Kinsey (1952) feminino
Título: Agora que Você já Sabe o que todo pai e toda mãe deveriam saber sobre a homossexualidade
Autor: Betty Fairchild e Nancy Hayward
Editora: Record
Tema de discussão: Um guia fundamental para dezenas de milhões de pais em todo o pais que tiveram de aceitar a homossexualidade de seu filho ou filha. Premiado Best seller americano. Agora que você já sabe tornou-se um texto clássico de informação e apoio desde sua primeira publicação no EUA em 1979. atualizado pelas próprias autoras ( mães de homossexuais) e acrescido de um capitulo sobre a AIDS, o livro chega ao Brasil em tradução de Rick Santos, pesquisador brasileiro radicado nos EUA.
Título: Papai Mamãe sou Gay, um guia para compreender a orientação sexual dos filhos.
Autor: Rinna Riesenfeld
Editora: summus
Tema de discussão: O que fazer quando seu filho ou filha diz que é homossexual?
Escrito por sexóloga e terapeuta, com longa experiência em lidar com pais aflitos, este livro responde as inúmeras questões familiares de homossexuais. De maneira simples, aborda as dificuldades de lidar com a culpa, com o preconceito próprio e dos outros, como conversar com os filhos.
Repleto de exemplos e diálogos reais, o quia é essencial para a compreensão da sexualidade e da importância dos poderosos laços familiares.
temática: abuso sexual em uma abordagem estatistica e descrição de casos
Autor: Maria Amélia Azevedo / Viviane Nogueira de Azevedo Guerra
Editora: Roca
Título: Sexualidade na Escola: Alternativas Teóricas e Práticas
Autor: Julio Groppa Aquino
Editora: Summus Editorial
Título: Sexo e Poder
Autor: Guido Mantega
Editora: Brasiliense S/A
Título: O Relacionamento Amoroso: Segredos do Amor e da Intimidade Sexual
Autor: Masters & Johnson
Editora: Nova Fronteira
Título: Por que os Homens Não Se Abrem: Como superar o medo de intimidade dos homens
Autor: Steven Naifeh / Gregory White Smith
Editora: Record
Título: Relatório Hite Sobre Sexualidade Masculina
Autor: Shere Hite
Editora: Difel
Título: Criação em Separado: Como a Biologia nos Faz Homo ou Hetero
Autor: Chandler Burr
Editora: Record
Título: Enciclopédia Básica de Educação Sexual
Autor: Dra. Helen Singer Kaplan
Editora: Record
Título: O Relatório Hite: Um profundo estudo sobre a sexualidade feminina
Autor: Shere Hite
Editora: Difel
Título: Corpo, Gênero e Sexualidade
Autor: Guacira Lopes Louro / Jane Felipe Neckel / Silvana Vilodre Goellner
Editora: Vozes
Título: O Corpo Educado : Pedagogias da Sexualidade
Autor: Guacira Lopes Louro
Editora: Autêntica
Título: Gênero, Sexualidade e Educação: Uma perspectiva pós-estruturalista
Autor: Guacira Lopes Louro
Editora: Vozes
Título: Os papeis sexuais
Autor: Patrícia tucker
Editora: brasiliense
Relatório Kinsey (1948 ) masculino
Relatório Kinsey (1952) feminino
Título: Agora que Você já Sabe o que todo pai e toda mãe deveriam saber sobre a homossexualidade
Autor: Betty Fairchild e Nancy Hayward
Editora: Record
Tema de discussão: Um guia fundamental para dezenas de milhões de pais em todo o pais que tiveram de aceitar a homossexualidade de seu filho ou filha. Premiado Best seller americano. Agora que você já sabe tornou-se um texto clássico de informação e apoio desde sua primeira publicação no EUA em 1979. atualizado pelas próprias autoras ( mães de homossexuais) e acrescido de um capitulo sobre a AIDS, o livro chega ao Brasil em tradução de Rick Santos, pesquisador brasileiro radicado nos EUA.
Título: Papai Mamãe sou Gay, um guia para compreender a orientação sexual dos filhos.
Autor: Rinna Riesenfeld
Editora: summus
Tema de discussão: O que fazer quando seu filho ou filha diz que é homossexual?
Escrito por sexóloga e terapeuta, com longa experiência em lidar com pais aflitos, este livro responde as inúmeras questões familiares de homossexuais. De maneira simples, aborda as dificuldades de lidar com a culpa, com o preconceito próprio e dos outros, como conversar com os filhos.
Repleto de exemplos e diálogos reais, o quia é essencial para a compreensão da sexualidade e da importância dos poderosos laços familiares.
SILVA, R. Orientação Sexual: possibilidade de mudança na escola. Campinas, SP: Mercado das Letras. 2002
sábado, 15 de maio de 2010
ORIENTAÇÃO SEXUAL NA ESCOLA
ORIENTAÇÃO SEXUAL NA ESCOLA
Eva Lúcia da Costa Oliveira*
O tema sexualidade traz em si um paradoxo - de um lado fartamente veiculado pelos meios de comunicação e de outro, representando ainda um dos maiores tabus da sociedade. Presente em todos os seriados, novelas, filmes, comerciais, programas de entrevistas, os adultos já não tem mais controle sobre as informações que chegam até as crianças, em geral de forma distorcida e banalizada - vinculado a poder, dinheiro, status ou beleza física. Desta forma, fragmentando e dissociando a sexualidade da afetividade e da responsabilidade consigo mesmo e com o outro. Assim, no discurso vivemos um momento social de liberdade de expressão e de maior informação, mas na prática a sexualidade ainda se apresenta como um tema polêmico, onde o diálogo entre pais e filhos, na maioria das vezes, não flui com franqueza e naturalidade. São falas truncadas, cheias de omissões e inquietações de ambas as partes.
É neste contexto paradoxal e ambíguo que se intensifica a necessidade e a importância de se estabelecer um elo entre escola, pais e alunos para refletir sobre a sexualidade. É fundamental que a família e a escola se unam numa linguagem comum em prol do desenvolvimento de uma vida saudável e prazerosa para a criança e para o adolescente que está sob os seus cuidados. Com isto propiciando no futuro um homem e uma mulher de bem com sua sexualidade. Este é um dos motivos da existência do Centro de Sexualidade Humana e uma preocupação do Colégio Concórdia no que se refere a sexualidade: proporcionar uma educação que se ofereça não só como acúmulo de informação, mas como possibilidade de formação e desenvolvimento da pessoa como um todo -desmistificando crenças e tabus, esclarecendo conceitos distorcidos e arraigados na sociedade, bem como, auxiliando a pessoa a viver sua sexualidade como uma dimensão da existência, que só se esgota com a morte. Uma educação sexual que suscite questionamentos vai ajudar o jovem a viver sua sexualidade de forma mais integrada e prazerosa, conjugando afeto e sexo, de tal forma que possibilite sua afirmação como sujeito, na forma mais profunda de fusão, de encontro e de respeito consigo e com o outro.
É fundamental que se compreenda que quando falamos de educação sexual, falamos de um trabalho abrangente e contínuo - um processo que facilita o desenvolvimento e o amadurecimento da criança e do adolescente no que diz respeito a sexualidade, afetividade e prazer pela/com a própria vida. É um processo que se inicia na família, com o projeto ou não dos pais para esta criança - suas dificuldades e possibilidades, suas vivências e crenças sobre o que seja amor, relacionamentos ou o direito a uma vida prazerosa e saudável. Passa pela concepção, pelo nascimento e permeia a relação que estabelecem com a criança - carinho, confiança, cuidado, aceitação, limites e que depois é complementado na/pela escola. Afinal, é através das pessoas significativas (família/escola) que a criança se desenvolve, conhece e se relaciona com o mundo; apreendendo o conjunto de regras, normas, crenças e valores que o regem. Assim, mesmo sem querer ou saber a família realiza a educação sexual, aberta ou implicitamente, falando sobre ou nos 'discursos silenciosos'. A sexualidade está presente, portanto, em todas as fases da vida e permeia a forma como cada um lida com a afetividade, capacidade de entrega, de comunicação e relacionamento.
Pesquisas recentes comprovam que tanto os jovens, quanto os pais e professores se ressentem da ausência de espaços para debates sérios, profundos e profícuos sobre este tema, possibilitando que toda a comunidade escolar - pais, alunos, professores, funcionários e equipe diretiva - se encontre, reflita e desenvolva o seu próprio projeto em educação/orientação sexual. Um projeto nascido da necessidade deste grupo de pessoas e que busca preparar os adultos envolvidos para acolher as dúvidas e inquietações das crianças e jovens, oferecendo-lhes suporte para um crescimento consciente, saudável e mais feliz.
* Psicóloga, Psicoterapeuta, Sexóloga, Facilitadora de Grupos e Ex-professora Universitária.
Eva Lúcia da Costa Oliveira*
O tema sexualidade traz em si um paradoxo - de um lado fartamente veiculado pelos meios de comunicação e de outro, representando ainda um dos maiores tabus da sociedade. Presente em todos os seriados, novelas, filmes, comerciais, programas de entrevistas, os adultos já não tem mais controle sobre as informações que chegam até as crianças, em geral de forma distorcida e banalizada - vinculado a poder, dinheiro, status ou beleza física. Desta forma, fragmentando e dissociando a sexualidade da afetividade e da responsabilidade consigo mesmo e com o outro. Assim, no discurso vivemos um momento social de liberdade de expressão e de maior informação, mas na prática a sexualidade ainda se apresenta como um tema polêmico, onde o diálogo entre pais e filhos, na maioria das vezes, não flui com franqueza e naturalidade. São falas truncadas, cheias de omissões e inquietações de ambas as partes.
É neste contexto paradoxal e ambíguo que se intensifica a necessidade e a importância de se estabelecer um elo entre escola, pais e alunos para refletir sobre a sexualidade. É fundamental que a família e a escola se unam numa linguagem comum em prol do desenvolvimento de uma vida saudável e prazerosa para a criança e para o adolescente que está sob os seus cuidados. Com isto propiciando no futuro um homem e uma mulher de bem com sua sexualidade. Este é um dos motivos da existência do Centro de Sexualidade Humana e uma preocupação do Colégio Concórdia no que se refere a sexualidade: proporcionar uma educação que se ofereça não só como acúmulo de informação, mas como possibilidade de formação e desenvolvimento da pessoa como um todo -desmistificando crenças e tabus, esclarecendo conceitos distorcidos e arraigados na sociedade, bem como, auxiliando a pessoa a viver sua sexualidade como uma dimensão da existência, que só se esgota com a morte. Uma educação sexual que suscite questionamentos vai ajudar o jovem a viver sua sexualidade de forma mais integrada e prazerosa, conjugando afeto e sexo, de tal forma que possibilite sua afirmação como sujeito, na forma mais profunda de fusão, de encontro e de respeito consigo e com o outro.
É fundamental que se compreenda que quando falamos de educação sexual, falamos de um trabalho abrangente e contínuo - um processo que facilita o desenvolvimento e o amadurecimento da criança e do adolescente no que diz respeito a sexualidade, afetividade e prazer pela/com a própria vida. É um processo que se inicia na família, com o projeto ou não dos pais para esta criança - suas dificuldades e possibilidades, suas vivências e crenças sobre o que seja amor, relacionamentos ou o direito a uma vida prazerosa e saudável. Passa pela concepção, pelo nascimento e permeia a relação que estabelecem com a criança - carinho, confiança, cuidado, aceitação, limites e que depois é complementado na/pela escola. Afinal, é através das pessoas significativas (família/escola) que a criança se desenvolve, conhece e se relaciona com o mundo; apreendendo o conjunto de regras, normas, crenças e valores que o regem. Assim, mesmo sem querer ou saber a família realiza a educação sexual, aberta ou implicitamente, falando sobre ou nos 'discursos silenciosos'. A sexualidade está presente, portanto, em todas as fases da vida e permeia a forma como cada um lida com a afetividade, capacidade de entrega, de comunicação e relacionamento.
Pesquisas recentes comprovam que tanto os jovens, quanto os pais e professores se ressentem da ausência de espaços para debates sérios, profundos e profícuos sobre este tema, possibilitando que toda a comunidade escolar - pais, alunos, professores, funcionários e equipe diretiva - se encontre, reflita e desenvolva o seu próprio projeto em educação/orientação sexual. Um projeto nascido da necessidade deste grupo de pessoas e que busca preparar os adultos envolvidos para acolher as dúvidas e inquietações das crianças e jovens, oferecendo-lhes suporte para um crescimento consciente, saudável e mais feliz.
* Psicóloga, Psicoterapeuta, Sexóloga, Facilitadora de Grupos e Ex-professora Universitária.
A VISÃO DE UM EDUCADOR SOBRE A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA
Luiz Fernando Paes
A vida da e do adolescente é cercada por escolhas, tomadas de posições, que marcarão seu futuro definitivamente.
Quando acontece a gravidez na vida da adolescente, decisões mudarão sua vida. Como encaminhar esta nova situação? Qualquer que seja sua escolha ela lhes trará consequências definitivas como: assumir o filho sozinha; casar com o adolescente ou o aborto; além de todas as implicações familiares; comportamento na turma; na escola; as mudanças em seu corpo e em sua estrutura psíquica .
Por tudo isso, esse assunto diz respeito a nós educadores, preocupados com a formação dos adolescentes e das adolescentes.
É importante refletirmos sobre alguns fatores que aumentam as possibilidades de gravidez inoportuna: diminuição do tabu da virgindade, implicando em menor importância em casar virgem, o ficar e o namoro, na própria turma o que facilita a primeira relação sexual entre os próprios adolescentes, o que até algum tempo atrás, acontecia em prostíbulo.
Auto afirmação no grupo, a busca de identidade e a influência escolar, podem facilitar ou dificultar o desenvolvimento de uma sexualidade saudável, dependendo dos valores que lhes são ensinados em casa, na escola e pelo grupo de amigos .
Escolas mais bem preparadas, que tem como meta autonomia do educando, são espaços onde o adolescente se sente acolhido e seguro, diante de suas dificuldades, anseio e medos, discute e amplia sua visão de mundo, discute tabus e preconceitos, como gravidez e mostra-lhes várias possibilidades de resolver seus conflitos sem desespero.
Outras escolas que se dizem preocupadas com a formação global de seus jovens, mas que podem manter de forma enrustida, ações totalitárias, ignorando a sexualidade de seus estudantes, como se fossem seres assexuados.
A escola que inclui a adolescente e o adolescente determinam-lhes papéis, orienta-os e respeita suas decisões. O faz participante dos acontecimentos da escola como: organizar uma festa comemorativa, produzir um jornal, formar um grêmio estudantil ou um campeonato interclasses, contribui definitivamente para sua formação, reforça sua importância social além da vontade de ser mãe prematuramente.
Assim estaremos ampliando a visão de escola, para além da ciência, gramática ou artes.
Para que isso aconteça na escola é necessário preparar os educadores para que, assim se sintam seguros em lidar com temas e situações ligadas a sexualidade.
Isto pode ser conseguido com curso de capacitação e acompanhamento que não contemple somente o educador, mas envolva toda a comunidade escolar em que ele esta inserido. Desta maneira todos se sentirão integrados e prontos para contribuir aprendizado que os leve a uma sexualidade saudável e no crescimento global do estudante, o que é o objetivo maior dos educadores.
De acordo com as pesquisas, os maiores índices, entre as adolescentes de gravidez inoportuna, estão entre aquelas que abandonam a escola. A escola possibilita a construção de um projeto de vida, onde ser mãe não esta em primeiro plano, enquanto para aquela que não estuda, a maternidade substitui a escola e ser mãe lhe da o status social. Ser mãe é passar para o mundo adulto, ter uma nova identidade, a materna, ser admirada pelas amigas do seu grupo.
É assim que aos poucos, a função materna representa nova possibilidade, em pouco tempo e ocupa o lugar do diploma.
A parceria entre educação e saúde, facilita a aproximação dos adolescentes e das adolescentes aos serviços de saúde, melhorando a comunicação e ao acesso a camisinha e outros métodos anticonceptivos, e às consultas ginecológicas.
As visitas aos centros de saúde colaboram para o aumento da qualidade de vida, da saúde sexual e reprodutiva. Não é incomum vermos funcionários dos centros de saúde interessados em promover este intercâmbio entre escola e os agentes da saúde.
Alguns fatores que diminuem a incidência de gravidez inoportuna: compreender que a gravidez na adolescência não é individual, é um fenômeno complexo que requer atenção multidisciplinar. Envolve a ausência da valorização da cidadã, de seus direitos e compromissos.
Dificuldade de acesso a saúde, a informação e formação, de espaços de discussão.
Garantir a participação da adolescente e do adolescente na vida escolar, não sendo meros espectadores.
Entender que o receio de que se falar sobre o assunto aumenta a incidência de gravidez não é fundamentado cientificamente.
Oficinas para pais, visando diminuir a ausência destes perante a educação dos seus filhos com informações, que ajudarão a entender melhor este fenômeno social.
Evitar idéias estereotipadas sobre as adolescentes e os adolescentes, por exemplo tratando-os como irresponsáveis, pois estes tendem a atender as expectativa dos adultos.
A vida da e do adolescente é cercada por escolhas, tomadas de posições, que marcarão seu futuro definitivamente.
Quando acontece a gravidez na vida da adolescente, decisões mudarão sua vida. Como encaminhar esta nova situação? Qualquer que seja sua escolha ela lhes trará consequências definitivas como: assumir o filho sozinha; casar com o adolescente ou o aborto; além de todas as implicações familiares; comportamento na turma; na escola; as mudanças em seu corpo e em sua estrutura psíquica .
Por tudo isso, esse assunto diz respeito a nós educadores, preocupados com a formação dos adolescentes e das adolescentes.
É importante refletirmos sobre alguns fatores que aumentam as possibilidades de gravidez inoportuna: diminuição do tabu da virgindade, implicando em menor importância em casar virgem, o ficar e o namoro, na própria turma o que facilita a primeira relação sexual entre os próprios adolescentes, o que até algum tempo atrás, acontecia em prostíbulo.
Auto afirmação no grupo, a busca de identidade e a influência escolar, podem facilitar ou dificultar o desenvolvimento de uma sexualidade saudável, dependendo dos valores que lhes são ensinados em casa, na escola e pelo grupo de amigos .
Escolas mais bem preparadas, que tem como meta autonomia do educando, são espaços onde o adolescente se sente acolhido e seguro, diante de suas dificuldades, anseio e medos, discute e amplia sua visão de mundo, discute tabus e preconceitos, como gravidez e mostra-lhes várias possibilidades de resolver seus conflitos sem desespero.
Outras escolas que se dizem preocupadas com a formação global de seus jovens, mas que podem manter de forma enrustida, ações totalitárias, ignorando a sexualidade de seus estudantes, como se fossem seres assexuados.
A escola que inclui a adolescente e o adolescente determinam-lhes papéis, orienta-os e respeita suas decisões. O faz participante dos acontecimentos da escola como: organizar uma festa comemorativa, produzir um jornal, formar um grêmio estudantil ou um campeonato interclasses, contribui definitivamente para sua formação, reforça sua importância social além da vontade de ser mãe prematuramente.
Assim estaremos ampliando a visão de escola, para além da ciência, gramática ou artes.
Para que isso aconteça na escola é necessário preparar os educadores para que, assim se sintam seguros em lidar com temas e situações ligadas a sexualidade.
Isto pode ser conseguido com curso de capacitação e acompanhamento que não contemple somente o educador, mas envolva toda a comunidade escolar em que ele esta inserido. Desta maneira todos se sentirão integrados e prontos para contribuir aprendizado que os leve a uma sexualidade saudável e no crescimento global do estudante, o que é o objetivo maior dos educadores.
De acordo com as pesquisas, os maiores índices, entre as adolescentes de gravidez inoportuna, estão entre aquelas que abandonam a escola. A escola possibilita a construção de um projeto de vida, onde ser mãe não esta em primeiro plano, enquanto para aquela que não estuda, a maternidade substitui a escola e ser mãe lhe da o status social. Ser mãe é passar para o mundo adulto, ter uma nova identidade, a materna, ser admirada pelas amigas do seu grupo.
É assim que aos poucos, a função materna representa nova possibilidade, em pouco tempo e ocupa o lugar do diploma.
A parceria entre educação e saúde, facilita a aproximação dos adolescentes e das adolescentes aos serviços de saúde, melhorando a comunicação e ao acesso a camisinha e outros métodos anticonceptivos, e às consultas ginecológicas.
As visitas aos centros de saúde colaboram para o aumento da qualidade de vida, da saúde sexual e reprodutiva. Não é incomum vermos funcionários dos centros de saúde interessados em promover este intercâmbio entre escola e os agentes da saúde.
Alguns fatores que diminuem a incidência de gravidez inoportuna: compreender que a gravidez na adolescência não é individual, é um fenômeno complexo que requer atenção multidisciplinar. Envolve a ausência da valorização da cidadã, de seus direitos e compromissos.
Dificuldade de acesso a saúde, a informação e formação, de espaços de discussão.
Garantir a participação da adolescente e do adolescente na vida escolar, não sendo meros espectadores.
Entender que o receio de que se falar sobre o assunto aumenta a incidência de gravidez não é fundamentado cientificamente.
Oficinas para pais, visando diminuir a ausência destes perante a educação dos seus filhos com informações, que ajudarão a entender melhor este fenômeno social.
Evitar idéias estereotipadas sobre as adolescentes e os adolescentes, por exemplo tratando-os como irresponsáveis, pois estes tendem a atender as expectativa dos adultos.
objetivo do blog
Este blog tem como objetivos trazer alguns temas referentes à sexualidade humana, facilitar a discussão desta temática, com alguns textos de minha autoria e de outras fontes, indicação comentada ou não, de bibliografias para um aprofundamento de alguns dos temas.
quinta-feira, 29 de abril de 2010
quinta-feira, 22 de abril de 2010
juventude de bem com a vida
A escola é o palco das emoções, a vida em movimento contínuo. ação, paixão em
movimento. Lugar de encontros e conflitos. Descobertas, evolução e revolução.
movimento. Lugar de encontros e conflitos. Descobertas, evolução e revolução.
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