quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Nem amor, nem sexo. Uma reviravolta nas relações humanas


Luiz Fernando Paes

Até alguns anos atrás, as discussões sobre amor e sexo se estabeleciam em torno de uma questão básica: amor sem sexo, sexo sem amor ou, o que poderia ser uma boa combinação, sexo   com amor.

Nesta temática, talvez nenhum comportamento tenha mudado tanto quanto da intimidade dos seres humanos.
Tomando como exemplo, a sociedade mais tecnológica do planeta, a japonesa, podemos ver para onde apontam a forma como pessoas tem se comportado em sua vida afetiva.

O que se pode observar é que o comportamento daquela nação asiática, não esta nem para o sexo sem para o amor.  Principalmente os jovens tem optado pela abstenção sexual e contato físico.

São vários os fatores que levam a essas transformações sociais no Japão.
As pesquisas apontam  que esta é uma tendência mundial. Quanto mais desenvolvida nação, menos as pessoas estão interessadas em contatos reais e casamento.

O casamento já não interessa aos dos jovens.

O antigo modelo romântico ocidental  não os atraem. Acham as normas sociais antiquadas.
Muitos japoneses veem o casamento como uma forma dispendiosa de viver, com muitos gastos com filhos, imóveis caros, por ser uma nação com poucos espaços. Talvez estejam mais preocupados em investir seu tempo em dinheiro em si próprios,  seguindo a tendência ocidental de optar pelo individualismo.

Em um pais como este,  a criminalidade é baixíssima, as mulheres não precisam da companhia de um homem para se sentirem protegidas. A fidelidade não é tão valorizada.


  As mulheres tem mais dificuldades de promoção em suas carreiras se forem casadas, por causa do cuidado com os filhos e o próprio tempo de gestação.


Os japoneses possuem a sociedade mais tecnológica do planeta, onde a automação e a robótica atingem praticamente todos os setores. 

Os dispositivos de comunicação são muito sofisticados e acessíveis, porem  produziram seres humanos que vivem conectados uns aos outros, sem contato físico, onde o mundo virtual sobrepõe o real, onde as pessoas não conseguem ou não  querem mais ter o contato físico.

 Por mais que alguém tente,  um celular jamais te dará a sensação física de um abraço ou um beijo.
Por mais que os fluidos corporais possam parecer repugnantes para alguns, eles nos conectam unas aos outros e nos tornam mais humanos.

As consequências destes comportamentos  não sabemos ao certo, mas algumas populações já estão em declínio.  


Já existem governos que dão incentivos financeiros para aumentar  o número de filhos,  mas ao que parece nas pesquisas, pouca coisa tem mudado.