segunda-feira, 25 de março de 2013

Sexo e tato, a Felicidade do casal

Luiz  Fernando Paes
Muitos tratamentos já existem para as disfunções sexuais, masculinas e femininas .

Mas pode ser que o relacionamento esteja precisando apenas de uma mudança de atitude para melhorar, ou simplesmente voltar o interesse pelo companheiro ( a ).


A solução dos problemas relacionados à saúde sexual ainda é a cumplicidade. 
A intimidade do casal revela seu nível de envolvimento. Não se trata de procurar o "culpado", e sim encontrar no casal e com a ajuda de um especialista, caso  a situação seja mais grave, ajuda para que possam encontrar a alegria de compartilhar a vida a  dois.

Nós seres humanos somos movidos pelo prazer. Seja o prazer de ver  um bom filme, uma conquista no trabalho, comer uma boa  comida, conhecer lugares, viagem e também na vida intima.

Desejar e ser desejado provavelmente é o maior dos afrodisíacos, isso nos fez seres sociais, estar com o outro.  Nossa biologia nos fez assim, por isso mesmo que o sexo solitário também produza o orgasmo, não leva a satisfação como o sexo com o outro.

Desejar e ser desejado pelo outro implica na cumplicidade total.  Estar nu é estar exposto ao outro, é também muitas vezes expor a alma, quando há uma relação que envolve o amor.

Necessitamos de contato físico, de carinho. Mas nem sempre isso acontece. 
Muitas vezes preferimos presentear o outro com algo material, quando um "eu te amo" sincero e muito carinho,  poderia salvar a relação.


As mulheres principalmente, se  preocupam em excesso com a aparência, mas esta é apenas um dos componentes que compõem a complexidade  que envolve o sexo no ser humano. O respeito pelo outro, suas qualidades, como por exemplo, a inteligencia, o carinho  na vida diária, a preocupação com o outo pode ser um atrativa bem maior do que um corpo bem esculpido.
 Se a aparência  fosse o mais importante na escolha  do companheiro(a), as pessoas mais bonitas seriam as mais bem sucedidas em seus relacionamentos, mas sabemos que não é bem assim que acontece.

Ser tocado é fundamental para um desenvolvimento saudável. O mundo parece um lugar melhor, quando ao chegarmos em casa ou qualquer outro local, somos recebidos com um sorriso, um abraço e beijos.
 É assim que descobrimos que amamos e somos amados, mesmo que a vida não seja do jeito que sonhamos e nem todas as contas estejam pagas.

Muitos nascem e crescem sem receber o toque, um abraço carinho e quando se deparam com o começo da vida sexual, é hora de começar  a aprender a lidar com a linguagem da pele. Nunca é tarde para iniciar,  o que não se pode  é passar por uma vida toda sem proporcionar ao outro a satisfação de ser desejado do jeito que ele é.

A pele, o maior órgão do corpo Ashley Montagu, um especialista americano em fisiologia e anatomia humana, se dedicou, por várias décadas, ao estudo de como a experiência tátil, ou sua ausência, afeta o desenvolvimento do comportamento humano. 
Nos relacionamos com o outro por meio da visão, um belo olhar. Da audição, ouvir um elogio, uma boa música. Do gosto, beijos sabores... Cheiro, um perfume inesquecível.  

Mas é o tato é nossa principal linguagem com o outro, pois nossa pele possui mais de 600.000 terminações nervosas, ou seja, pontos que se ligam a pele ao cérebro, na área do prazer.
 Se existisse um manual para nos ensinar a sermos bons amantes, este conteria um capítulo dedicado ao toque. A estimulação da pele é que leva o homem e a mulher ao orgasmo. Quanto maior a intimidade e  a estimulação do corpo maior e com mais qualidade será o clímax da relação sexual. 

Algumas dicas ajudam ajudam a aumentar a intimidade do casal:

Sair da rotina, ir ao cinema ou a um jantar ajudam a relembrar os bons tempos e reacender a chama do amor.

Parece pouco romântico mas, estabelecer um tempo próprio para sua vida  intima, ajuda bastante e também vai demonstrar para seu companheiro que você valoriza a vida sexual.
Deixar o sexo para último plano, pode indicar que há um desinteresse de um dos parceiros ou ambos, o que provavelmente o cansaço vencerá um ou outro.

Anticoncepcional diminui a produção do hormônio testosterona, que é a substância química produzida na glândula supra renal, responsável pelo desejo sexual.
Uma conversa com o médico é importante para tentar atenuar o efeito da pilula o até pensar a substituição, por outro método anti- conceptivo.

Algumas pessoa com dificuldade de lubrificação vaginal, usam um lubrificante a base de água, da jonson´s, encontrados em farmácias. 

Remédios para a pressão alta, depressão ou refluxo gastro intestinal interferem no desempenho sexual, converse com o médico  sobre isso.


Caso na hora do sexo, sua cabeça não desliga dos problemas, ou você esta muito estressado, isso afetará seu prazer sexual. Tente desestressar, use o bom humor,  não leve os problemas diários para a cama. Seu quarto deve ser um lugar privilegiado, onde a intimidade deve ser preservada, para que o amor se fortaleça e recarregue as energias para enfrentar juntos os desafios da vida.

 Além das mãos e do próprio contato da pele, objetos simples, com toques suaves, podem estimular a pele da cabeça aos pés, como uma escova de cabelos macia, uma bolinha de borracha, um tecido macio, entre outros.

Estar com quem se admira em um relacionamento transmite confiança,  um conforto emocional e relaxamento necessários para desenvolver a intimidade e a satisfação sexual se almeja, proporciona uma pessoa mais feliz, saudável, amorosa.







quarta-feira, 20 de março de 2013

Qual seu "QI sexual" ? Para mulheres

O questionário que se segue é uma adaptação do teste elaborado pela psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do ProSex. Por meio dele, você poderá avaliar a qualidade de sua vida sexual. Ao responder às questões , leve em conta os últimos seis meses de sua vida e as seguintes alternativas:
( )a) Nunca
( )b) Raramente
( )c) À vezes
( )d) Na maioria das vezes
( )e) Sempre ------------------------------------------------------------------- PARA AS MULHERES

1-Você confia em seu poder de sedução e conquista?
 ( )a) Nunca
 ( )b) Raramente
 ( )c)À vezes
 ( )d)Na maioria das vezes
 ( )e) Sempre

2-Seu interesse por sexo é suficiente para estimula-la a participar com entusiasmo da relação sexual desde o início?
 ( )a) Nunca
 ( )b) Raramente
 ( )c) À vezes
 ( )d) Na maioria das vezes
 ( )e) Sempre

3-Na sua opinião, as preliminares são excitantes e satisfazem você e seu parceiro?
 ( )a) Nunca
 ( )b) Raramente
 ( )c) À vezes
 ( )d) Na maioria das vezes
 ( )e) Sempre

4-Durante o ato sexual, você consegue se excitar independente da excitação de seu paceiro?
( )a) Nunca
( )b) Raramente
( )c) À vezes
( )d) Na maioria das vezes
( )e) Sempre

5-Você consegue manter-se lubrificada e relaxada do início ao fim do ato sexual, em sintonia com seu parceiro?
( )a) Nunca
( )b) Raramente
( )c) À vezes
( )d) Na maioria das vezes
( )e) Sempre

6-Você consegue manter a vagina suficientemente relaxada para que a penetração ocorra sem dificuldades?
( )a) Nunca
( )b) Raramente
( )c) À vezes
( )d) Na maioria das vezes
( )e) Sempre

7- Você consegue levar o ato sexual até o fim sem sentir dor?
( )a) Nunca
( )b) Raramente
( )c) À vezes
( )d) Na maioria das vezes
( )e) Sempre

8-Você consegue atingir o mesmo nível satisfatório de desejo e excitação nas relações sexuais que mantém em diferentes dias?
( )a) Nunca
( )b) Raramente
( )c) À vezes
( )d) Na maioria das vezes ----------------------------------------------------------- PARA AS ( )c) À ( )e) Sempre

9- Com que frequência você chega ao orgasmo?
( )a) Nunca
( )b) Raramente
( )c) À vezes
( )d) Na maioria das vezes
( )e) Sempre

10-Seu desempenho sexual o estimula a fazer sexo outras vezes, em outras oportunidades?
( )a) Nunca
( )b) Raramente
( )c) À vezes
( )d) Na maioria das vezes
( )e) Sempre GABARITO

CADA RESPOSTA A-0 PONTO B-1 PONTOS C-2 PONTOS D-3 PONTOS E-4 PONTOS Some o total de pontos e multiplique por 2. Esse é seu "QI sexual" .


AVALIAÇÃO
Mais de 61 Pontos. Você tem uma vida sexual bastante quente. usufrui todas as benesses proporcionadas pelo prazer do sexo.
-De 60 a 41 pontos. Sua vida sexual é um tanto quanto morna. Ânimo! Procure descobrir quais são os problemas. Só assim você superá-los.
-De 40 a 21 pontos. Sexo geralmente é motivo de desapontamento para você. Não se acomode. Tente melhorar sua vida sexual.
-20 pontos ou menos. Você deve sse sentir extremamente frustrado com a qualidade de sua vida sexual. Ver a sessão da Tarde é mais empolgante. Procure ajuda de um especialista.




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PARA OS HOMENS

1-Seu interesse por sexo é suficiente para que você tome a iniciativa de começar a relação sexual?

( )a) Nunca
( )b) Raramente
( )c) À vezes
( )d) Na maioria das vezes
( )e) Sempre
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2-Você tem confiança em seu poder de sedução para se lançar numa conquista amorosa?

( )a) Nunca
( )b) Raramente
( )c) À vezes
( )d) Na maioria das vezes
( )e) Sempre

3-Você e sua parceira estão satisfeitos com as preliminares?

( )a) Nunca
( )b) Raramente
( )c) À vezes
( )d) Na maioria das vezes
( )e) Sempre

4-Seu desempenho sexual depende do interesse e da excitação sexual de sua parceira?

( )a) Nunca
( )b) Raramente
( )c) À vezes
( )d) Na maioria das vezes
( )e) Sempre

5-Você consegue manter o pênis ereto o tempo suficiente para levar uma relação sexual satisfatória até o fim?

( )a) Nunca
( )b) Raramente
( )c) À vezes
( )d) Na maioria das vezes
( )e) Sempre

6-Depois do estímulo sexual, sua ereção é suficientemente rígida para assegurar uma relação satisfatória?

( )a) Nunca
( )b) Raramente
( )c) À vezes
( )d) Na maioria das vezes
( )e) Sempre

7- Você é capaz de obter e manter a mesma qualidade de ereção nas várias relações sexuais que realiza?

( )a) Nunca
( )b) Raramente
( )c) À vezes
( )d) Na maioria das vezes
( )e) Sempre

8-Você consegue controlar a ejaculação para que o ato se prolongue pelo tempo que desejar?

( )a) Nunca
( )b) Raramente
( )c) À vezes
( )d) Na maioria das vezes
( )e) Sempre

9- Com que frequência você chega ao orgasmo?

( )a) Nunca
( )b) Raramente
( )c) À vezes
( )d) Na maioria das vezes
( )e) Sempre

10-Seu desempenho sexual o estimula a fazer sexo outras vezes, em outras oportunidades?
( )a) Nunca
( )b) Raramente
( )c) À vezes
( )d) Na maioria das vezes
( )e) Sempre


GABARITO XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
CADA RESPOSTA
A-0 PONTO
B-1 PONTOS
C-2 PONTOS
D-3 PONTOS
E-4 PONTOS

Some o total de pontos e multiplique por 2. Esse é seu "QI sexual" .

AVALIAÇÃO
Mais de 61 Pontos. Você tem uma vida sexual bastante quente.
usufrui todas as benesses proporcionadas pelo prazer do sexo.
-De 60 a 41 pontos.
Sua vida sexual é um tanto quanto morna. Ânimo! Procure descobrir quais são os problemas. Só assim você superá-los.
-De 40 a 21 pontos.
Sexo geralmente é motivo de desapontamento para você. Não se acomode. Tente melhorar sua vida sexual.
-20 pontos ou menos. Você deve sse sentir extremamente frustrado com a qualidade de sua vida sexual. Ver a sessão da Tarde é mais empolgante. Procure ajuda de um especialista.



TESTE SEU " QI SEXUAL". Para homens

terça-feira, 19 de março de 2013

Por que e Como Ensinar Ética aos Filhos

Por Ceres Araújo Site: UOl.com.br Vivemos em uma época tão rica em tecnologia e tão pobre em ética. Estamos criando "super bebês" e "super crianças", nascidas na era digital, precoces no seu desenvolvimento, ávidas de novidades, ligadas a muitos estímulos ao mesmo tempo e também capazes de muitas ações simultaneamente. Nossos filhos têm seus cérebros formatados pelas ricas experiências que estão vivendo, pois o cérebro é uso dependente. Ou seja, é uso dependente no sentido de que as redes neuronais se formam em função das experiências de vida. Assim é vivendo a vida, é processando estímulos repetidamente que as cadeias neuronais vão se fixando. Isso em todas as idades. Nesse sentido, eles são muito diferentes de seus pais e de seus avós e bisavós. Cumpre incluir esses últimos, pois a idade média de vida tende a aumentar e o convívio, entre quatro gerações, passa a ser algo freqüente. As diferenças na forma de viver a vida são progressivamente cada vez mais marcantes. Entretanto, princípios, normas e regras de conduta sempre foram e continuarão a ser o que distingue a humanidade no ser humano e continuarão imprescindíveis para sempre. Ética e moral são adquiridas e não inatas, são próprias do homem que cria uma natureza moral sobre a sua natureza instintiva. Uma pessoa só é ética quando se orienta por princípios e convicções. É função inalienável dos pais transmitirem uma conduta ética a seus filhos. Ética é uma matéria que faz parte do aprendizado de vida, no qual os pais devem ser os melhores professores. Então, como se ensina ética? Ensina-se aquilo que se tem e aquilo que se é. O que vai ser transmitido para os filhos não é o que se origina de um discurso verbal, mas sim o que se é e como se age. Sabe-se que a criança é um perfeito sensor para captar o que se passa na mente dos pais. A colocação dos limites adequados às atuações da criança é uma das formas importantes para se ensinar conduta ética. O "não" é um organizador fundamental da vida psíquica e necessário para que a criança se desenvolva. Receber "não" significa ter que lidar com frustração, adiar satisfação de necessidade e entreter tensão interna. Além disso, esse mesmo "não", serve também para que a criança aprenda, por insistir no seu intento, alternativas inteligentes e aceitáveis para obter o que ela deseja. Aprende, assim, a controlar impulso, a regular as emoções, a desenvolver inteligência e o respeito pelo outro. Como a psicologia vem demonstrando, em inúmeros artigos publicados, limites fazem bem e são fundamentais para que o ser humano cresça forte e feliz. Uma criança, que vive sem os limites adequados, não se transforma em um homem íntegro e livre como se acreditou, ingenuamente, décadas atrás. Ao contrário, se transforma em alguém inconsistente, desorientado e dependente. Por quê? Por que a criança que apenas recebe sim, não precisa fazer confrontos, não precisa exercitar sua inteligência para buscar alternativas para conseguir o que quer, não precisa lutar para convencer os pais de que ela está certa. Tudo é possível a priori e isso a faz fraca, muitas vezes uma tirana em casa e uma covarde fora de casa, pois não teve chance de verdadeiramente lutar pelo que queria e que foi impedido. O confronto com os pais prepara a criança para os confrontos da vida. A criança enfrenta os pais para conquistar autonomia. Essa batalha precisa ser gloriosa, logo os pais têm que ser fortes, senão não tem valor a luta. Primeiro com birras (onde tem que perder para os pais) depois com argumentações (onde pode ganhar muitas vezes). A criança e o adolescente vão lutando para se afirmarem, para ganharem autonomia. Quem não passa por isso, não sabe o que quer e fica dependente da posição, da colocação do outro ou para se submeter ou para fazer o contrário, por não ter desenvolvido referênciais próprios. Nascida ligada ao mundo dos instintos e impulsos, a criança precisa aprender a transformar impulsos em afetos discriminados e essa é uma tarefa que perdura durante toda a infância e mesmo durante a adolescência. Gostar, amar, querer, ser gentil, generoso e tolerante co-existem ao lado de odiar, detestar, ter inveja, ciúmes, etc.. Porque não se trata de pregar a velha ética, na qual se exigia que o homem devesse ser bom, nobre e sempre ativo e disponível a servir, seguindo os valores éticos de piedade, fidelidade, coragem e racionalidade. O ideal da velha ética era a perfeição e todos os componentes negativos do ser humano deveriam ser reprimidos e suprimidos. A ética segue o processo histórico e a nova ética é a do homem contemporâneo, que se confronta com a pluralidade de sua natureza e reconhece seus atributos positivos e negativos, suas qualidades e suas limitações e que muitas vezes se vê inseguro quanto a seus valores. É justamente pela integração do lado primitivo da sua natureza que o ser humano ganha tolerância e o sentimentos de pertencer à sua espécie, solidariedade e responsabilidade coletiva. Respeito pelo outro e respeito a si mesmo são condições determinantes para um comportamento ético. Assim, não se trata de ensinar ao filho ser sempre o "bonzinho", pois se corre o risco de ser o bobo, mas se trata de ensiná-lo a assumir a responsabilidade por suas ações, desde os primeiros tempos de vida. Trata-se de ensiná-lo que os limites de seu próprio espaço terminam ao começar o espaço do outro. Também, como mãe ou pai, dar um exemplo de autonomia e liberdade interna para fazer escolhas. Escolhas, não para ganhar amanhã, mas que dêem sentido ao hoje. O mundo e o nosso país precisam de famílias, onde os pais ensinem às suas "super crianças" que os bens de consumo, a liberdade individual e a própria felicidade se conquistam com condutas éticas e não tentando levar vantagem em tudo, para que no futuro não aceitem, por exemplo, a corrupção como um meio justificado por um fim. Ceres Araujo é psicóloga especializada em psicoterapia de crianças e adolescentes

Ética às Nossas Crianças

1.out.2010 | Atualizada em 19.out.2011 por Ceres Alves de Araújo Revista Veja São Paulo Ética é uma matéria que faz parte do aprendizado de vida, no qual os pais devem ser os melhores professores. Então, como se ensina ética? Ensina-se aquilo que se é. Ética se transmite. O que será apreendido e processado pelos filhos não é o que advém de um discurso verbal, de uma pregação ou de um sermão, mas sim o que eles captam no pensamento e na ação de seus pais. O cérebro é um leitor de mentes. As neurociências demonstram que o cérebro humano se desenvolve para captar e ser captado pelo cérebro do outro. É função inalienável dos pais transmitir condutas éticas a seus filhos, desde os primeiros tempos de vida. Não se trata de ensinar o filho a ser “bonzinho”, pois ele corre o risco de ser bobo, mas sim de torná-lo um ser responsável por suas ações, desde os primeiros tempos de vida. Como pais, cumpre dar exemplo de autonomia e liberdade interna para fazer escolhas e assumir posições e se responsabilizar por elas. Uma pessoa só é ética quando se orienta por princípios e convicções. As crianças precisam ser ensinadas à verdade. “Eu não quero que meu filho minta” — essa é a expressão do desejo de todos os pais. Mas não é fácil trabalhar essa questão com as crianças. Quantos pais saem de casa escondidos dos seus bebês para evitar berreiros? Quantas promessas são feitas às crianças sem que se tenha intenção ou possibilidade de cumpri-las? Quantas pessoas, quando toca o telefone, dizem para o filho: “Fala que eu não estou”? Quantas vezes as pessoas ensinam uma coisa e praticam outra? Quantas vezes se lida com a ética como se ela fosse algo maleável, adaptável a cada contexto? Mentindo, os adultos ensinam seus filhos a mentir, pois eles perdem a referência do que é certo ou errado. Nada justifica uma mentira, não existem “mentirinhas”, mentiras “piedosas” nem mentiras “politicamente corretas” — todas fazem mal. É falsa a dicotomia entre mentira boa e mentira ruim. Ela por si só é ruim. E isso precisa ser transmitido às crianças. Falar a verdade implica ser honesto consigo mesmo e com os outros e assumir as consequências de seus atos. Essa é a base da ética. o que é certo e o que é errado, o que faz bem e o que faz mal. Muitos pais, sem perceber, favorecem a possibilidade de o filho mentir. Sabem que a criança fez alguma coisa que não deveria ou deixou de fazer algo que deveria e a interpelam: “Você bateu no seu irmão?”; “Você quebrou tal objeto?”; “Você fez a lição?”... Por impulso, por medo das consequências ou por medo do castigo, a criança mente. Seria melhor não perguntar, mas afirmar: “Eu sei que você bateu no seu irmão”; “Eu sei que você quebrou tal objeto”; “Eu sei que você não fez a lição”; e tomar as providências cabíveis, evitando colocar a criança diante da possibilidade de mentir. Frases interrogativas, nesses casos, podem induzir à mentira. É melhor usar as afirmativas. Outro ponto importante para ensinar ética às crianças é mostrar que diferente não é sinônimo de errado. Diferente é apenas diferente. Isso ajuda e muito a criança a perceber que ela pode ter amigos respeitando eticamente as diversidades de raça, crença, sexo, nacionalidade. Fica difícil para uma criança ter o aprendizado da ética quando os pais, em casa, zombam de uma pessoa por ser de raça ou nacionalidade diferente. No esporte também se forma a ética da criança. Vencer é o objetivo. Para isso se faz a contenda. Mas jamais se deve admitir que os filhos ganhem mediante fraude. É frequente a criança com 6, 7 anos roubar no jogo. Ela quer ganhar, custe o que custar. Alguns adultos, ao jogar com as crianças, permitem o roubo e/ou deixam que elas ganhem, jogando mal de propósito. Isso não é válido e deseduca. Jogo é jogo. Deve ganhar o melhor ou quem teve mais sorte. Mesmo que seja dolorido, cumpre ao adulto mostrar que o jogo só tem graça quando jogado honestamente. Assim, quando a criança ganhar, ela saberá que, de fato, foi competente e comemorará uma vitória digna, uma vitória com ética. Nossa época é pobre em ética. Modelos de corrupção, de indignidade, de desonestidade, de sonegação são numerosos em nossa sociedade. Nossas crianças ficam inexoravelmente submetidas a eles. Porém, a ética é própria do ser humano, que cria uma natureza moral sobre sua natureza instintiva. Princípios e valores sempre foram e continuarão a ser o que caracteriza a humanidade no homem e continuarão imprescindíveis para nos manter civilizados. Ceres Alves de Araújo é psicóloga e professora da PUC-SP

sexta-feira, 15 de março de 2013

sugestões Sobre Como Falar de Sexualidade Com os Filhos

Luiz Fernando Paes A partir dos três anos as criança começam a ter curiosidade sobre o corpo humano e a sexualidade. Ninguém melhor do que os próprios pais para ajudar os pequeninos a descobrir como é importante para nossa vida conhecer nosso corpo e as novas sensações que aparecem a cada dia. Desenvolver uma visão positiva sobre as sensações que o corpo contribuirá para que a criança tenha uma vida sexual saudável, e seja menos vulnerável ao abuso sexual. Quando não temos as respostas para as dúvidas da criança, podemos pesquisar junto, ou pedir um tempo para que você se informe, mesmo para se sentir mais seguro. Não minta para a criança, mais cedo ou mais tarde ela saberá a verdade e não perguntará mais a você. Não finja ter esquecido da pergunta, ela buscará a resposta com outras pessoas. Antes de responder as crianças pergunte,onde você ouviu, quem foi que falou sobre o assunto, o quê você sabe sobre isto? Os pré adolescentes já tem um bom conhecimento sobre o corpo, use os nomes certos dos órgãos sexuais. A partir dos 14 anos as questões relativas ao sexo e sexualidade devem ser tratadas da forma mais clara possível. Evite passar opiniões pessoais, tabus e preconceitos. Temas como homossexualidade e aborto costumam causar muita polêmica, pesquise junto com seu filho, mas estimule-o ater suas próprias opiniões e a respeitar as diferenças. As crianças geralmente se satisfazem com respostas simples, não adianta "florear" demais. Meninos e meninas precisam aprender a respeitar-se, a brincadeira contribui para que convivam com harmonia. Abuso sexual de crianças deve ser prevenido. Lembre as crianças que ninguém pode mexer em seu corpo, que não deve aceitar doces nem presentes de estranhos ou acompanha-los. Assuntos como menstruação e namoro deve estar em pauta, mesmo que a menina não tenha menstruado ou o menina e a menina estejam namorando. O diálogo espontâneo ainda é o melhor recurso para o desenvolvimento de uma sexualidade saudável e feliz.

quarta-feira, 13 de março de 2013

A música pode colaborar com o aumento do vocabulário da criança, entre outros benefícios

De qualquer estilo, boa música ajuda a criança a se desenvolver Comentários 5 Rita Trevisan Do UOL, em São Paulo 13/03/20130 Thinkstock A música pode colaborar com o aumento do vocabulário da criança, entre outros benefícios Uma pesquisa do instituto Ipsos Marplan, que envolveu quase 3.000 crianças com idade entre dez e 12 anos e foi divulgada no primeiro semestre de 2012, mostrou que ouvir música é o principal passatempo desse público. E a boa notícia é que, muito além de entreter, o hábito ajuda no desenvolvimento infantil como um todo. "A música favorece a aquisição de vocabulário, dá noção de ritmo, trabalha a socialização e a afetividade. Quando associada a gestos e a coreografias ou à manipulação de instrumentos, há um grande ganho para a parte psicomotora também", afirma a psicopedagoga Teresa Helena Schoen, do Departamento de Pediatria da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). A capacidade de estimulação, a partir do contato com os sons, é imensa. "São muitos os elementos que constituem uma música e isso explica porque ela é tão rica. Estamos falando de melodia, harmonia, altura, duração, timbre e intensidade, entre outros", diz a doutora em ciências da saúde Cláudia Zanini, professora e coordenadora do mestrado em música da UFG (Universidade Federal de Goiás). O ganho para a parte cognitiva também é grande. A música estimula o raciocínio lógico e o abstrato, a memória e pode acalmar e diminuir a ansiedade, desde que se escolha o som correto para a ocasião. "A música ajuda ainda na compreensão de regras sociais. Quando uma criança brinca de roda, por exemplo, ela tem a oportunidade de vivenciar, de forma lúdica, situações de perda, de escolha, de decepção, de dúvida e de afirmação", afirma o mestre em performance musical Cássio Henrique Martins, coordenador do curso de música da UFPI (Universidade Federal do Piauí). E para colher todos esses benefícios, quanto mais música a criança tiver em sua rotina, melhor. "A música pode servir, inclusive, como um elemento para ajudar a organizar o dia a dia dos menores. Muitas famílias usam canções para sinalizar o momento de acordar, de se alimentar, de dormir e de escovar os dentes. Assim, as crianças entram na brincadeira e os pais economizam nos sermões", fala Teresa. Ampliar Com ajuda de ilustrações de bichos, livro ensina ioga para crianças11 fotos Um macaco executa a posição Navasana, ou a do Barco, no livro "Aprendendo com os Bichos - Yoga para Crianças". Para fazê-la, a criança, deitada de barriga para cima com os braços estendidos ao longo do corpo, tem de elevar o tronco e as pernas. "A posição reforça a musculatura abdominal e recarrega o centro de energia do nosso corpo", afirma João Caré, autor da obra Joãocaré/WMF Martins Fontes Repertório eclético É claro que a qualidade da música oferecida à criança faz toda a diferença. Na maior parte do tempo, o ideal é que ela escute melodias especificamente desenvolvidas para a sua faixa etária. "A música infantil é geralmente pensada para promover a sociabilidade, a afetividade, a motricidade, a psicomotricidade, o lado lúdico e a fantasia das crianças", declara Martins. Além disso, esse tipo de canção traz estruturas musicais mais simples, com melodias e harmonias que serão captadas com facilidade. "Quando se pensa em ritmos mais elaborados, por exemplo, a movimentação espacial e o nível de desenvolvimento da psicomotricidade da criança pode não estar à altura da dificuldade dos movimentos requeridos. Uma música com intervalos musicais mais amplos é muito mais difícil de cantar", afirma Claudia. Isso não significa, no entanto, que os pais não devam apresentar ao filho outros estilos musicais. E, segundo os especialistas, todo o tipo de música faz bem e serve para estimular. "Os pais devem mostrar aquilo que eles gostam. O único cuidado é com as letras, que devem trabalhar conceitos que estão alinhados aos valores da família", diz Cláudia. Batidas muito pesadas ou som alto demais podem deixar os menores excessivamente excitados e irritadiços. À parte o gosto pessoal, inserir música clássica e canções tradicionais no repertório infantil é sempre uma boa pedida. "A música clássica é muita rica em todos os elementos que a compõem, o que significa que ela oferece uma gama de estímulos muito grande. Já as músicas tradicionais têm a vantagem extra de ajudar a assimilar o repertório cultural do povo ao qual a criança pertence", diz Teresa. Por fim, além de comprar CDs e DVDs para os filhos, os pais também podem estimulá-los a manipular instrumentos e fazer brincadeiras musicais com eles. As que envolvem movimentos, como "Ciranda Cirandinha", e a adição de novas palavras, a exemplo da "Canoa Virou", costumam manter as crianças e os adultos motivados por mais tempo. Assim, a diversão e o aprendizado estarão garantidos. Ampliar.