quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Educacão Pelo Medo

Luiz Fernando Paes. Governos, instituições de ensino, algumas religiões, usam como princípio, a educação pelo medo. Embora consigam, de certa forma alcançar seus objetivos, pessoas amedrontadas ficam paralisadas, fáceis de serem manipuladas, não reclamam de seus direitos, evitam situações de enfrentamento e conflito. Pessoas com medo consomem quantidades enormes de produtos de alta tecnologia de segurança, movimentando bilhões de reais ao ano a chamada indústria de artigos de segurança ou "a Indústria do medo". Mas nada é tão forte e temeroso como suspensão dos direitos civis, mediante a ameaça de alguma força maior, como por exemplo, o terrorismo. Um presidente norte americano, George W. Bush, conseguiu se reeleger usando como pano de fundo os ataques de 11 de setembro, assustando uma nação já assustada com os ataques as torres Gêmeas, e modificando leis que aumentam a vigilância sobre os cidadãos que emigram, e do próprio povo norte americano. A televisão brasileira é um bom exemplo de como a mídia pode assustar a população, tornando-a mais distante das questões sociais e politicas, dificultando as mudanças e reformas, que são tão urgentes para o avanço da democracia e melhoria da qualidade de vida, via combate às injustiças sociais, combate à corrupção. alguns pais e professores também utilizam do medo como forma de educar, por insegurança ou porque aprenderam assim, mas desta maneira somente contribuem para formação de pessoas mais dependentes e inseguras, incapazes de manifestar suas opiniões, com uma postura passiva frente as adversidades. A autonomia só pode ser conquistada no enfrentamento ao medo exagerado, que muitas vezes é imposto por pessoas ao nosso entorno, direta ou indiretamente, propositalmente ou inconscientemente mas que certamente deixara marcas profundas na personalidade.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Diga Não ao Álcool

Luiz Fernando Paes

Doenças incapacitantes cobram um preço um enorme da sociedade de qualquer nação. Hoje, o consumo de bebidas alcoólicas no Brasil, chega a ser um problema de saúde pública. O que mais entristece é o fato do consumo de bebidas alcoólicas ser cada vez maior entre os jovens.

 A rapidez com que o álcool age no sistema nervoso, além lesões no   fígado ,  doença cardiovascular,  causando a sensação de euforia e bem estar, podendo levar a dependência em pouco tempo, aliado ao fato de ser uma droga lícida, de fácil acesso, mesmo na própria casa.

Assim como o cigarro prosperou com a grande contribuição da indústria cinematográfica, associando-o ao glamour e ao sucesso, hoje as bebidas tem ocupado este espaço principalmente entre os jovens, com conseqüências devastadoras para ele e toda a sua família.

Muitos jovens iniciam o consumo de bebidas alcoólicas dentro de casa, nos finais de semana ou festas de aniversário, vendo os pais beberem ou minimizando as consequência de uma bebedeira.  Existem aqueles pais que incentivam o porre  como um rito de iniciação para a vida adulta, outros levam a questão na brincadeira e se esquecem das proporções que o alcolismo pode tomar.

Provavelmente por causa da competitiva em que a mulher também se inseriu no mercado de trabalho, a busca pelo sucesso o estres, tem levado, segundo pesquisa, o aumento do consumo de bebidas entre as mulheres.

Educadores comprometidos com o desenvolvimento físico, psíquico e social, podem contribuir para diminuir o consumo ou até mesmo evitar que os jovens e envolvam com o consumo de bebidas alcoólicas, com atividades em sala de aula que levem a esclarecer o os problemas do consumo excessivo, a intoxicação alcoólica tratamento de dependentes e uma postura crítica sobre a produção cultural e publicitária que induz as pessoas mais vulneráveis ao consumo.

Campanhas educativas para esclarecimento sobre os malefícios do consumo do álcool em toda mídia, apoio psicológico e hospitalar aos alcoolistas, restrições e maior controle  na venda de bebida alcoólica podem contribuir  para diminuir o consumo.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde ,uma pessoa morre a cada dez segundos , devido ao uso abusivo de álcool.

 A Organização Mundial de Saúde diz que o abuso do álcool mata mais de três milhões de pessoas todos os anos e os governos precisam estar mais atentos muitas vidas se perdem direta e indiretamente.  Assim a frente de combate ao consumo de álcool deve de ordem governamental, social e individual.

Os índices da Organização Mundial de Saúde é alarmante por que indica que as bebidas alcoólicas tem causado mais dano do que a AIDS , a tuberculose e a violência juntas,   isso inclui dirigir alcoolizado, violência induzida pelo álcool e todas as doenças e distúrbios associados ao álcool ..

O relatório diz que o álcool contribui para cerca de 7,6 por cento das mortes de todos os homens e 4 por cento das mortes de mulheres . 

OMS relata menos do que 40 por cento de pessoas em todo o mundo bebem . Mas, aqueles que o fazem, e estão com 15 anos ou mais , beber uma média de 17 litros de álcool puro por ano. Isso dá em média de cerca de 6,2 litros de álcool puro por pessoa a cada ano. (Via Flickr / Kimery Davis)

O relatório também descobriu cerca de 16 por cento das pessoas participam de bebedeira episódico - mais conhecido como binge drinking . (Via Flickr / B Duss )

UM artigo copiado na integra  do portal uol .com.br , trás informações muito interessantes sobre binge drinking:

Compulsão alcoólica: Como lidar com o binge drinking?
por Danilo Baltieri,  Danilo Baltieri
Médico psiquiatra. Mestre e doutor em Medicina pelo Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Tem experiência em Psiquiatria Geral, com ênfase nas áreas de Dependências Químicas
Fico intervalos de quinze dias ou mais sem beber. Estes intervalos variam de 21, 40, 60, 70 ou até mesmo 100 dias sem beber. Mas quando bebo, tomo umas 15 latas de cerveja em 12 horas. Tenho 45 anos. Em longo prazo, de que forma isto pode comprometer minha saúde?
O que é binge drinking?
Resposta: “Binge Drinking” é um beber episódico, durante o qual uma grande soma de bebidas é consumida em um curto período de tempo. A definição mais popular para esse termo é “o consumo de mais do que 60 gramas de álcool etílico por um adulto do gênero masculino em uma mesma ocasião”.

Previamente, segundo alguns autores, esse termo pressupunha o quadro de consumo “fora de controle” de bebidas alcoólicas durante dois ou três dias, ou mesmo em um final de semana. Outros pesquisadores definiam como o consumo de mais do que 60 gramas de álcool etílico por homens e mais do que 50 gramas de álcool etílico por mulheres em um mesmo momento. Tais bebedores podem ou não se sentir intoxicados durante esses episódios, dependendo da duração do período de consumo continuado.

Hoje, o National Institute of Alcohol Abuse and Alcoholism (NIAAA) define “binge drinking” como o padrão de beber bebidas alcóolicas que provoca uma concentração alcoólica sanguínea igual ou acima de 0.8 g/L. Isso significa, em um adulto típico, um consumo de 70 gramas de etanol ou mais para homens ou de 56 gramas ou mais para mulheres em um período de 2 horas.

Outros termos como “beber periódico de alto risco” ou “beber pesado episódico” também podem ser utilizados.

De qualquer forma, o consumo pesado de bebidas alcoólicas (você bebe, de forma episódica, cerca de 170 gramas de álcool em 12 horas, dependendo da concentração alcoólica da cerveja consumida) pode trazer efeitos bastante nocivos para a sua saúde.
Beber pesado: danos e riscos

O álcool etílico é uma substância tóxica que pode causar danos à quase qualquer sistema orgânico. De fato, um corpo crescente de evidências epidemiológicas tem demonstrado, de modo consistente que o “beber pesado episódico” está associado a uma gama significativa de situações adversas tais como: danos à saúde física, comportamento sexual de risco, gravidez indesejada, infarto agudo do miocárdio, overdose alcoólica, quedas, violência (incluindo brigas, violência doméstica e homicídios), acidentes de trânsito, problemas psicossociais (ex. na família e trabalho), comportamento anti-social e dificuldades escolares, tanto em jovens como na população em geral.

Além disso, o “beber pesado episódico” está associado a um aumento da mortalidade por todas as causas de doenças cardíacas e está relacionado a um risco maior para transtornos psiquiátricos, câncer e doenças gastrointestinais. Além disso, freqüentes episódios de desintoxicação podem induzir aberrante plasticidade neuronal, provocando alterações nas atividades cognitiva e afetiva.

Recomendo a leitura do seguinte artigo científico:
1. Farke, W., & Anderson, P. (2007). Binge drinking in Europe. Adicciones, 19(4), 333-339.
2. Stephens, D. N., Ripley, T. L., Borlikova, G., Schubert, M., Albrecht, D., Hogarth, L., & Duka, T. (2005). Repeated ethanol exposure and withdrawal impairs human fear conditioning and depresses long-term potentiation in rat amygdala and hippocampus. Biol Psychiatry, 58(5), 392-400.



Quando os filhos começam a beber... Como os pais devem lidar com situação?
por Danilo Baltieri
Como devo me comportar ou reagir quando perceber que meu filho de 17 anos anda bebendo?
"Mantenha o vínculo com seu filho, respeitando a liberdade dele para que ele não ache que você está tentando controlá-lo ou reprimi-lo. Quanto mais próxima do seu filho, menos ele cederá às pressões do grupo"Resposta: Nesta faixa etária, os jovens pouco se preocupam com o que os seus pais pensam sobre o assunto “beber”. Eles são bastante influenciados pela pressão do grupo de amigos/pares, bem como pela publicidade que associa o álcool com momentos de lazer e prazer.
Contudo, devemos também ter em mente que no Brasil, é proibida a venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos de idade.

De qualquer forma, não tenha medo de conversar com o seu filho sobre o consumo de bebidas alcoólicas, de forma clara e franca. Mesmo que ele seja fisicamente maior do que você, a sua opinião deve ter valor.

Sempre durante a conversa, certifique-se de que tanto você quanto o seu filho estão sendo ouvidos e têm a chance de externar opiniões. Converse com ele sobre as conseqüências do consumo de bebidas na escola, no trabalho, enquanto pratica esportes ou desempenha outras atividades.

Mantenha o vínculo com seu filho, respeitando a liberdade dele para que ele não ache que você está tentando controlá-lo ou reprimi-lo. Quanto mais próxima do seu filho, menos ele cederá às pressões do grupo.

Você deverá ter alguns fatores a seu favor, tais como: o bom e adequado relacionamento com o seu filho e confiáveis informações sobre o consumo de bebidas alcoólicas nesta faixa etária. O conhecimento de boa qualidade associado com a adequada vinculação com o seu filho contribuirão para um melhor desenlace do fato.

É importante saber como está o desempenho do seu filho: na escola, trabalho e demais atividades. Além disso, quais estão sendo os modelos seguidos pelo jovem, quais estão sendo as suas principais dificuldades (relacionamentos, amigos, desempenhos), como estão sendo desenvolvidas as suas expectativas, como o seu pensamento/idéia está sendo organizado.

Existem fatores protetores e de risco para o abuso de substâncias psicoativas, como o álcool. Dentre os fatores protetores estão: o estreito e adequado vínculo com os pais, os próprios hábitos saudáveis dos genitores, o bom desempenho acadêmico do jovem, bem como habilidades acadêmicas e sociais adequadas.

Dentre os fatores de risco estão: falta de suporte familiar, pobre desempenho acadêmico e falta de expectativas realistas, precoce comportamento impulsivo/ agressivo, facilidade no acesso às drogas na própria comunidade ou entre os pares.