domingo, 30 de novembro de 2014

O Ciberprofessor, Orientador para um Grande Passo.

Luiz Fernando Paes

O ciberprofessor, professor orientador para um mundo digitalizado, onde se da um grande passo, da quantidade para a qualidade.

As fronteiras do conhecimento não existem mais, não há limites, desafiando o professor a se adequar as novas formas de ensinar.

Antes sua função centrada na transmissão de conhecimento, o qual era o detentor absoluto do conhecimento, assume a função de orientar o estudante como encontrar do que há em informação, organiza-la, selecionar o que é essencial, apontar caminhos que permitam adquirir saberes que contribuam de fato para seu crescimento pessoal e desenvolva uma visão de mundo que contribua também para uma sociedade mais justa.

O livro migrou das prateleiras das livrarias e bibliotecas para o ciberespaço, a região imaterial da realidade virtual dos bytes.

O Google digitalizou e colocou na rede de internet, mais de 10 milhões de volumes, a maioria em inglês.

O professor pode, a partir de um tema gerador, como um texto científico, algum acontecimento histórico ou atual, com uma visão crítica, preparar o estudante para ter a competência de examinar informações, refletir sobre o teor do conteúdo, comparar sites, pesquisar se a fonte é confiável.



sábado, 29 de novembro de 2014

Pessoas Controladoras

Luiz Fernando Paes

Existem pessoas que acreditam que é possível manipular  a vida de outras pessoas a qualquer custo, seja com mentiras, chantagem emocional, pressão ou  influência de poder.

Trata-se de um equívoco, pois as complexidade dos relacionamentos humanos é imensurável e toda forma de controle é impossível e pode trazer consequências nefastas para todas as pessoas envolvidas.

Quem tenta controlar a vida de outra, acredita que sua verdade é absoluta, que tem a resposta para resolver o problema dela, e que vale a pena se valer de qualquer recurso para atingir seus objetivos, mesmo que escusos.

Se o argumento  da pessoa que tem esse perfil é incipiente, provavelmente ela esta equivocada mas tentará influenciar todas a pessoas envolvidas a qualquer custo e um bom recurso é apelar para a pressão emocional, como acredite em mim, eu te amo muito, ou se você ficar com ele/ ela não te ajudarei mais financeiramente.

Não há nada que substitua a liberdade de escolha, o direito a ser responsável pelo  próprio destino.


Como disse ogrande mestre Foulcalt:

 “Não há exercício do poder sem uma certa economia dos discursos de verdade que funcionam nesse poder, a partir e através dele. Somos submetidos à produção da verdade e só podemos exercer o poder mediante a produção da verdade.” [1] (Foucault, 2000, p. 28-29).




FALSIDADE

Luiz Fernando Paes

A cultura ocidental, marcada pela pela desigualdade, competitividade exagerada, estimula sentimentos e comportamentos que nem sempre nos orgulhamos de cultivar.

A falsidade é um é um desses comportamentos. Talvez a falsidade seja a que mais destrói relacionamentos, incomoda pessoas, principalmente os jovens.
Por muitos anos, fazendo dinâmicas com os jovens, uma das perguntas que sempre fiz foi: o que mais o incomoda nas pessoas. A resposta em sua grande maioria é a falsidade, principalmente dos adultos.

A necessidade que as pessoas tem de se projetar, se sentir pertencente a um grupo ou comunidade, muitas vezes faz uma pessoas desenvolver atitudes de deslealdade com seu semelhante e até mesmo de crueldade.

Talvez uma das nossas maiores dificuldades seja reconhecer nossas imperfeições, seres capazes de errar e acertar. Muitas vezes mostrar quem realmente  somos pode ser visto como sinal de fraqueza, uma questão provavelmente de baixa auto estima, mas a verdadeira fraqueza de caráter é trair, fingir-se amigo de alguém para benefício próprio.

 Não precisamos passar grande parte do tempo fingindo ser o que não somos, demonstrar sentimentos que não sentimentos,  colocar relacionamento um precioso em risco.

Honestidade, sinceridade, ética, são valeres universais desejáveis a todos cidadãos e cidadãs e que nos aproxima dos ideais cristão ou de qualquer religião séria. Faz bem ao espirito e a alma.

Uma sociedade mais justa só é possível se nós cultivamos valores como altruísmo sinceridade e se somos exemplos para nossos filhos seja em casa, no trabalho ou na rua.




terça-feira, 11 de novembro de 2014

MOTOBOY

Luiz Fernando Paes

 Cidadão ligeiro, muito atento, não é uma vida fácil, até  120 km rodados no dia.  Provavelmente o personagem mais versátil do  ambiente urbano.

Solidários com as pessoas em geral, merecem o respeito da sociedade, como outros personagem reconhecidos.

 A Vida de motoboy vale 8 reais. Motociclistas profissionais estão entre 25% e 40% dos acidentados no RS. Trabalham até 18 horas por dia

A morte,  encarada como parte do cotidiano ,sempre desafiadora, não o impede de avançar, construir possibilidades de mobilidade no caos, na barbárie automotiva.

Para aqueles que veem o motoboy apenas como um motociclista imprudente, se esquece que, provavelmente, aquele pai ou mãe de família, arrisca sua vida, sem nenhum reconhecimento pelo trabalho. Em uma grande cidade, se cada motoboy fosse substituído por um carro de entrega, o transito seria bem pior do que já é.

Almejamos que os governantes olhem com mais cuidado esse profissional, reconheça e faça valer seus direitos ,como pessoas que contribuem para o desenvolvimento econômico e social.






sábado, 8 de novembro de 2014

Quanto tempo uma pessoa idosa pode viver?

Luiz Fernando Paes

Uma pergunta que me foi feita recentemente: quanto tempo uma pessoa idosa pode viver? Parece-me uma pergunta não tão difícil de responder.

Se pensarmos pelo lado da ciência, nos ateremos apenas em aspectos fisiológicos complexos, ligados a toda a cadeia de DNA que organiza, reproduz entre outras tantas variáveis,  as nossas células.

Com todo avanço cientifico, se prolongou a vida das pessoas, porém a qualidade de vida não tem sido adequada para tantas pessoas idosas.

Viver mais,  pode se tornar uma dificuldade, um peso, para muitas pessoas que vivem em um ambiente em que não são respeitadas e amadas.

Como ser humano que venceu tantas dificuldades, como educar filhos, dar conta de todas as despesas, doar-se totalmente ao bem estar do outro, não foi o suficiente para ter o direito  de viver dignamente a velhice, contando com o carinho de quem tanto recebeu, passa a ser muito doloroso viver, talvez esse seja o motivo da depressão atingir tantas pessoas idosas.

Bom seria se a vida de uma pessoa pudesse ser como um conta bancária, em que se deposita por um bom tempo, para em seguida, viver da conta que nunca esta em débito, tamanho é o deposito que foi feito durante tantos anos.

Muitas vezes escutamos: vamos levar para uma instituição, papai ou mamãe , lá ele/ela, vão ser bem tratados, vão ter todo o conforto. E sempre há um motivo para justificar-se, falta de tempo, falta de dinheiro...... falta de amor.


O amor verdadeiro consiste em continuar amando o outro, mesmo que ele já não possa ser tão útil a nós.

O ser humano se acostumou a ver o outro como objeto a ser utilizado para beneficio próprio,e quando já não pode produzir como antes, pode ser descartado.


Certo dia, na UTI de um grande hospital, um enfermeiro disse-me que algumas famílias ricas, internam o parente idoso, seja um pai, mãe, avô ou outro, na época de festas de fim de ano e férias, mesmo sem estar doentes.

As pessoas que tem muita experiencia de vida pode dividir com outras toda essa vivencia. compartilhar uma riqueza de sensações e emoções, como comidas mais elaboradas e saudáveis, tantas, histórias da família, mãe, pai,tios...... referencias espaciais e geográficas, como onde moravam, como era a casa as aventuras, os relacionamentos, para os menores.

Muitos pais privam seus filhos da convivência com os avós. Seja qual seja  o motivo desta privação, não nos parece justo tirar este direito da criança, visto que ela não tem oportunidade de escolha, e nem é uma propriedade. Ambos perdem; criança e avos, por não poder desfrutar deste relacionamento, que inclusive pode trazer conforto emocional para todos.



Tamanha crueldade, é desmedida, e nos  faz lembrar de uma história antiga: um certa noite fria, um homem disse a seu pai: meu pai, você já esta velho, não pode mais me ajudar na lavoura, não há mais lugar para você nesta casa, toma este cobertor e segue teu caminho.
Quando o pai já estava distante da casa, o neto vai a seu encontro com uma tesoura na mão e diz ao avô:
Querido vovô, eu lhe tenho um pedido, que me dê um pedaço de seu cobertor, porque meu pai um dia ficará também velhinho, então eu guardarei para ele.

Muitas pessoas desprezam pessoas mais velhas, mas um dia passarão pelos mesmos caminhos, viverão as mesmas dores e desprezo ou a alegria de conviver com quem o ama, feliz, até os seus últimos dias.

Voltando a pergunta, quanto tempo uma pessoa idosa pode viver, muitas serão as respostas, mas eu prefiro ficar com aquela que acredito ser a mais apropriada: o tempo de vida dela será proporcional
a atenção e ao amor dedicado a ele/ela.
É desta lembrança que se eternizará para sempre em nossas vidas, alguém que foi tão significativo e maravilhoso  pra nós.

Se você der chance a sua vozinha ou vovozinho  queridos, descobrirá coisas incríveis sobre eles e na intimidade de suas almas, você se sentirá ao lado dela/ dele como em um porto seguro e sentirá um sussurrar em seu ouvidos palavras como:

Vem comigo, senta a meu lado, eu não te direi nada  que há em livros, mas te direi de tudo que existe no coração, curar a dor que médico nenhum é capaz e te dizer palavras doces que aliviam a alma, mesmo que sua dor seja de cotovelo.

 Palavras acolhedoras  e encorajadoras também contribuem para o bem estar. Elas precisam saber que em qualquer situação estarão envolvidas com seu cuidado. Dizer a elas palavras como: aconteça o que for, eu estarei ao teu lado, não te deixarei faltar nada, ligue para mim a hora que precisar, tudo vai dar certo.

 A qualidade de vida de uma pessoa com mais idade passa necessariamente por um bom monitoramento da saúde, boa alimentação e exercício, mas o grande diferencial para tornar a vida dessas pessoas mais especial é uma ter uma vida social ativa, conhecer gente nova, ir ao clube, cuidar do corpo, ter a companhia de quem ama para ir ao cabeleireiro, fazer compras. Essa é a melhor forma de dizer a elas como realmente a amamos.

E o que dizer dos abraços apertados, beijos, que parecem que nunca vão terminar, parece falam mais do que mil palavras, qual o efeito disso para a vida de qualquer pessoa?

Pequenas coisas como fazer um telefonema regularmente também é muito importante.

Tenho uma carência afetiva, que parece grande, mas ela é pequenina perto de todo afeto que posso dar.   Um  coração semelhante ao ciberespaço, cabe tudo, Porque  lá não há matéria, apenas um espaço imenso para acolher todas as pessoas que amo.