quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Brasil, pais Feliz?

Luiz Fernando Paes

Quando os primeiros europeus chegaram ao Brasil pela primeira vez, com o objetivo de ocupar a nova conquista da Coroa portuguesa, os navegantes ficaram vislumbrados com o que viram.

O primeiro impacto foi acharem que tinham chegado ao paraíso terrestre.

Deste momento em diante, começa a se delinear os contornos do que seria mais tarde, a nação brasileira.

Hoje, passados 515 anos, muitos traços desta época permanecem intactos, e marcaram definitivamente o perfil do "caráter" do  brasileiro.

Uma dela é como foi distribuído o espaço e para quem foram dadas a terras, que se constituíram, ao longo do tempo em propriedades.

Grandes latifúndios se formaram, Famílias começaram a dominar o cenário politico e econômico, consolidando seu poder ao longo de todos esses anos, coordenados por um patriarca, chamado com orgulho de "coronel", influenciou a formação de instituições, politicas econômicas e sociais.

Os conflitos de interesse foram se consolidando entre o direito de poucas pessoas ou corporações a um grandes porções de terra e o direito da grande maioria possuir um pedaço pequeno de terra para plantar ou construir sua casa?

É interessante refletir que o Brasil tendo um dos maiores territórios do planeta, milhões de pessoas
não tem uma casa para morar, enquanto uma única pessoa é dona de 80  fazendas, algumas delas maiores que cidades.

Longas e antigas discussões se fazem em torno da questão sobre como seria este pais se não tivessem sido os portugueses   a dominarem estas terras, visto que chegaram aqui também franceses, holandeses, na tentativa também terem suas partes de território.

A pergunta mais acertada a se fazer sobre o povo que ocupa outra terra seria qual o motivo da ocupação e nem tanto qual o povo. No caso brasileiro, a intenção de Portugal era de exploração de recursos naturais e mesmo para enviar para cá pessoas com problemas na justiça, órfãos entre outros,
Não consta que outras nações europeias tinhas intenções diferentes dos portugueses.

A ocupação do território ao norte do continente americano se deu de forma diferente, ingleses irlandeses, vinham da Europa fugindo de perseguição religiosa e enquanto na America do   Sul,     padres vieram ensinar prioritariamente a religião e em segundo plano, outros conhecimentos, no Norte,    professores vinham para ensinar e preparar para a formação de uma  nova nação e em  segundo plano, a religião.

É muito interessante pensarmos em um pais multi étnico, que com o passar dos anos foi se tornando cada vez mais complexo culturalmente e muitas nações tem sua cumplicidade, em todos os aspectos de sua formação se juntaram aos índios  nativos e africanos e portugueses.

Se no incio ela foi uma colonia de exploração, posteriormente, principalmente próximo ao século XVIII,  o Brasil passou a receber pessoas de toda a Europa, Asia, por motivos variados, mas principalmente fome e guerra. exemplo Americana, Nossa Odessa e Santa Barbara, vindos dos E.U.A por motivos políticos e guerra separatista ,   Castro e Holambra vindos da holanda, Comunidade Helvétia (Indaiatuba) Suiços, Penedo vindo da Irlanda, Valinhos, Vinhedo,  Itatiba e várias cidade do sul, Blumenau, Pomerode,Alemães,

Toda essa variedade étnica e cultural se incorporou na formação da nação brasileira, com suas contribuições na culinária, linguagem,dança, muitas entre tantas outras características.



www.Pesquisa.com

O Café e a Imigração - Que História É Esta?   Autor: Freitas, Sonia Maria de
   Editora: Saraiva

 Cem Anos de Imigração Japonesa - História , Memória e Arte   Autor: Tanno, Janete Leiko; Okamoto, Monica Setuyo; Hashimoto, Francisco
   Editora: UNESP

 Os Judeus no Brasil - Inquisição, Imigração e Identidade   Autor: Grinberg, Keila
   Editora: Civilização Brasileira

 Sobô - Uma Saga da Imigração Japonesa   Autor: Ishikawa, Tatsuzo
   Editora: Ateliê

 Atlas da Imigração Internacional de São Paulo 1850-1950   Autor: Bassanezi, Maria; Scott, Ana; Bacellar, Carlos A. Prado
   Editora: UNESP

 Cartografias da Imigração - Interculturalidade e Políticas Públicas   Autor: Jardim, Denise Fagundes
   Editora: UFRGS

 Políticas de Imigração na França e nos Estados Unidos   Autor: Reis, Rossana Rocha
   Editora: Hucitec

 Sol Nascente - Um Relato Foto - Histórico - Geográfico da Imigração Japonesa   Autor: Kuazaqui, Edmir; Kuazaqui, Edna
   Editora: Marco Zero

 A Grande Emigração - O Êxodo dos Italianos do Vêneto para o Brasil   Autor: Franzina, Emilio
   Editora: UNICAMP

 A Imigração Italiana no Brasil - Coleção Que História É Esta ?   Autor: Bertonha, Joao Fabio
   Editora: Saraiva

 A Política Portuguesa de Emigração - Coleção História   Autor: Pereira, Mirian Halpern
   Editora: EDUSC

 História oral da imigração libanesa   Autor: Gattaz, A. C.
   Editora: Pontocom

 História oral de Chilenos em Campinas   Autor: Fernandez, V. P. R.
   Editora: Pontocom

 Centenário da Imigração Japonesa no Brasil   Autor: Faccio, Matheus; Ohno, Massao
   Editora: Larrouse Brasil






quinta-feira, 15 de outubro de 2015

A CONSTRUÇÃO DA AUTO ESTIMA

LUIZ FERNANDO PAES

A construção da auto estima é extremamente interessante e compõe uma complexidade imensa de elementos psíquicos emocionais, culturais, antropológicos entre outros.

Fatores passivos e ativos se incorporam a formação psíquica da criança desde sua concepção.
O quanto ela é desejada  já no ventre, como o tom da palavra que lhe é dirigida, sons afagos na barriga.

Fatores geográficos como onde nasceu e onde ira viver,  um exemplo tipico: uma criança com dons especiais, terá mesma chance de se expressar, se tiver nascido e viver na Africa ou na  Europa Ocidental?

Questões como sexo masculino e feminino, inserida em questões de gênero, favorecem um ou outro sexo, e já sabemos qual é o privilegiado.

Na primeira infância, a dependência de  outras pessoas para nos dizer quem somos, quais nossas habilidades  e de que somos capazes é quase que total, é uma reação quase que passiva à construção de nossa auto estima.

A medida que crescemos, nos tornamos mais um pouco mais independentes, Mais ativos quanto a descobrirmos quem somos no mundo e nossa importância.

A partir desta fase, podemos nos deixarmos influenciar  em maior ou menor grau  as pessoas com quem convivemos.

Qual a importância de lidarmos com maior autonomia com  nossa auto estima?
Provavelmente a resposta mais ponderada seria nos importarmos mais com quem realmente se importa conosco  e não nos aprofundarmos com aquelas que pouco nos conhece ou acumula sentimentos controversos em relação a nossa pessoa.

Isso não quer dizer que só ouviremos ou conviveremos com quem só fala bem de nós, aqueles aduladores, chamados baba ovo, comuns nos meios das "celebridades", que só servem para alimentar um ego frágil e que causa tanta deformação nas relações humanas. A construção de uma auto estima saudável passa, necessariamente, pela critica de nossas falhas, nos momentos adequados.












 

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Imagem Corporal e Auto Estima

Luiz Fernando Paes

A auto estima é construída, a partir do  momento em que nascemos ou até mesmo antes, na gestação, a criança já  capaz de sentir os estímulos do ambiente.
E assim vamos mentalizando  e incorporando como as pessoas nos tratam e que falam para nós.

Em um mundo midiático e visual, os modelos propostos socialmente são cada vez mais difíceis de ser alcançados e neste aspecto a família tem um papel essencial, juntamente com a escola, pois são estas as principais referencias  da criança para a na sua caminhada em formação a sua auto imagem.
As pesquisas com crianças do Reino Unido, apontam que, existem crianças com 7 anos que já querem fazer dieta, pois estão insatisfeitas com seu corpo, por acharem que não se enquadram nos padrões dominantes.


Já a um tempo atrás pensadores de marketing e propaganda descobriram a criança como forma de impulsionar o consumo, colocando a criança em uma posição de impor seu gosto e preferencia acima da autoridade dos pais.

As consequências que vieram depois não fora muito animadoras, pois a partir de programa infantis, cujo melhor exemplo no Brasil foi da Rede Globo de Televisão, que com   o comando De Xuxa Menegel, passou a mostrar a criança como um adulto em miniatura, esmerando com cuidado a produção de uma criança sexualizada precocemente, reforçando que para ser feliz é essencial ter uma aparência, impregnando na mente da criança que você só esta bem se for magro(a) e esbelto(a) e balança o indicador principal de bem estar dele (a).

Os pais e a escola podem mostrar os verdadeiros valores para a criança, reforçando suas qualidades e indicando que o peso deve ser pensado como uma questão de saúde, por meio de uma alimentação saúde e equilibrada, de exercícios físicos em substituição ao tempo gasto em excesso com TV e computadores. Essa talvez seja forma mais correta para educar para uma vida mais segura e equilibrada.

 Uma vez que os pais que, consciente ou inconscientemente são os modelos
das crianças,  que por sua vez também sofrem constantemente a influencia da publicidade, em sua preocupação exagerada com o corpo, com frases do tipo "preciso emagrecer,"pessoas gordas são feias", influenciam seus pequenos, desenvolvendo um sentimento de insegurança quanto ao desenvolvimento do corpo.

A criança pode, assim como o adulto extravasar  e exprimir suas emoções e frustrações por meio do consumo de alimentos, que muitas vezes acalma, como a mamadeira do bebê, que o faz sentir-se melhor. Assim sentimentos confusos e antagônicos podem estar presentes na vida da criança, a mesma comida que o faz sentir mais calmo, em excesso o faz engordar e criar frustração, criando a sensação de que ele não tem controle sobre a própria vida, por não saber quando parar de comer.