segunda-feira, 28 de abril de 2014

Policiais, Heróis Brasileiros


Luiz Fernando Paes
Qualquer greve é um um problema para as pessoas, mas o que vimos em Salvador, durante a greve de policiais militares, supera o que seria o pior dos pesadelos, em poucas horas a população sentiu o que é viver sem a proteção desta instituição. O medo tomou conta da capital baiana.

Até pouco tempo seria impensável a greve de policiais militares, mas as condições de trabalho dessa classe trabalhadora, que ao meu ver são verdadeiros heróis, tem forçado a tomar posição radical, para que a própria população tenha o serviço que merece. A valorização do policial deveria estar na agenda política de qualquer estado brasileiro, por se tratar de interesse da segurança nacional.

Em nosso cotidiano, pouco pensamos nas coisas que são realmente essenciais, e a segurança é uma delas. 
A violência aparece como a principal preocupação do brasileiro, até mesmo mais que emprego e moradia.

Caso você já tenha convivido com algum policial que faz o policiamento ostensivo, já se surpreendeu ou ainda surpreenderá com a determinação desses ou dessas profissionais, envolvidos em causas que não são somente cumprimento do dever, se envolvem também em questões sociais, ajudando pessoas a resolver problemas de seu dia a dia.


Profissionais sérios, impõem respeito por sua competência, ações e conduta, não pela imposição de algemas e armas, previnem e reprimem o crime e seus autores, sem distinção de credo, cor, condição social, etnia, sem favores, e contam conta simpatia dos cidadãos de bem, trabalham em favor do bem coletivo,


Profissão desafiadora, daqueles que abrem mão de comodidades e se comprometem como "defensores da lei", buscando com o sacrifício da própria vida, em juramento, pela população que, muitas vezes os humilham, permitimos que lhe paguem um salário aviltante.
Deixam suas famílias desprotegidas e saem para proteger famílias estranhas, pessoas muitas vezes ricas, contra agressões de bandidos. Tem família, tem filhos, que precisam de roupas, alimento laser, escola entre outros.
Não bastassem toda dificuldade deste trabalho desgantante, perigoso e estressante , temos o jeitinho brasileiro que dificulta o trabalho policial, pela falta educação e respeito as leis de muitas pessoas.
É reconfortante sabermos que existem policiais sérios, comprometidos com árdua a tarefa de arriscar a própria vida pelo bem coletivo, então desejamos que a energia divina que circula no universo, proteja-os, e que a cada dia, possam voltar para casa, para seus familiares, sãos e salvos e que possam contar com a admiração da população,  dos governos e de seu superiores, que possam ter condições dignas de trabalho e salário que sejam condizente com toda responsabilidade do cargo.

Precisamos de um governo comprometido com segurança pública que pague salários dignos, de uma imprensa que saiba reconhecer os méritos das operações policiais e não fique apenas apontando falhas, destes que são heróis, sem o peito de aço do supermam, mas com coletes inadequados e o coração comprometido com as causas sociais.




domingo, 20 de abril de 2014

Todo Dia Era Dia de Indio

"Todo dia era dia de índio, Mas agora ele só tem o dia 19 de abril" , Assim dizia a canção de Baby Consuelo.

Em uma repassada pela noticias da imprensa no dia de hoje, 19 de abril notasse que os índios, senhores soberanos da terra, estão esquecidos de nós brasileiros.

É preocupante que os europeus da comunidade europeias,  discutem em suas reuniões a situação de tribos de índios  brasileiros.  Porque no brasil existe um desinteresse geral da população brasileira pelas questões indígenas, seria pelo fato dos índio serem uma sociedade alto sustentável, pouco poluem ou degradam o ambiente.

Os verdadeiros guardiões da terra, o índio, vive em perfeita harmonia,  veem a terra como parte dela.

As terras ocupadas pelos indígenas são as mais preservadas, pois eles sabem da importância da natureza para sobrevivência das espécies, inclusive a nossa.

O Brasil poderia ser exemplo para o mundo em termos de respeito aos verdadeiros donos da terra, Mas excetuando algum brasileiros que viveram para preservar o índio e sua cultura, como os irmãos Vilas Boas e Marechal Rondon,  o próprio governo brasileiro adotou um modelo de desenvolvimento para a floresta amazônica  baseado no desmatamento para plantio de grandes lavouras e criação de gado, ou seja o velho modelo latifundiário. O Brasil almeja ser o maior produtor de carne bovina e quer manter sua posição mundial de produção de grãos, mas a que custo?


A demarcação de terras indígenas tem sofrido uma diminuição no governo Dilma, Além do fato gravíssimo que se pretendo passar para o congresso o controle    das demarcações  de  terra.

Os países desenvolvidos destruíram os índios sistematicamente, por isso tem uma divida impagável com estas nações.


Carta do Cacique Seattle ao Presidente Norte-americano


Texto de domínio público distribuído pela ONU

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"O QUE OCORRER COM A TERRA,
RECAIRÁ SOBRE OS FILHOS DA TERRA.
HÁ UMA LIGAÇÃO EM TUDO"

NO ANO DE 1854, O PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS FEZ À UMA TRIBO INDÍGENA A PROPOSTA DE COMPRAR GRANDE PARTE DE SUAS TERRAS, OFERECENDO, EM CONTRAPARTIDA, A CONCESSÃO DE UMA OUTRA"RESERVA". O TEXTO DA RESPOSTA DO CHEFE SEATLE, DISTRIBUÍDO PELA ONU (PROGRAMA PARA O MEIO AMBIENTE) E AQUI PUBLICADO, TEM SIDO CONSIDERADO, ATRAVÉS DOS TEMPOS, COMO UM DOS MAIS BELOS E PROFUNDOS PRONUNCIAMENTOS JÁ FEITOS A RESPEITO DA DEFESA DO MEIO AMBIENTE.

Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra?

Essa idéia nos parece estranha. Se não possuímos o frescor do ar e o brilho da água, como é possível comprá-los?

Cada pedaço desta terra é sagrado para o meu povo. Cada ramo brilhante de um pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra na floresta densa, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados na memória e experiência do meu povo. A seiva que percorre o corpo das árvores carrega consigo as lembranças do homem vermelho. Os mortos do homem branco esquecem sua terra de origem quando vão caminhar entre as estrelas.

Nossos mortos jamais esquecem esta bela terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela faz parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia, são nossos irmãos. Os picos rochosos, os sucos úmidos nas campinas, o calor do corpo do potro, e o homem - todos pertencem a mesma família.

Portanto, quando o Grande Chefe em Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, pede muito de nós. O Grande Chefe diz que nos reservará um lugar onde possamos viver satisfeitos. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto, nós vamos considerar sua oferta de comprar nossa terra.

Mas isso não será fácil. Esta terra é sagrada para nós. Essa água brilhante que escorre nos riachos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos antepassados. Se lhes vendermos a terra, vocês devem lembrar-se de que ela é sagrada, e devem ensinar as suas crianças que ela é sagrada e que cada reflexo nas águas límpidas dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da vida do meu povo.

O murmúrio das águas é a voz dos meus ancestrais. Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede. Os rios carregam nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem lembrar e ensinar a seus filhos que os rios são nossos irmãos, e seus também. E, portanto,vocês devem dar aos rios a bondade que dedicariam a qualquer irmão.

Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes. Uma porção de terra, para ele, tem o mesmo significado que qualquer outra, pois é um forasteiro que vem a noite e extrai da terra aquilo que necessita. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, e quando ele a conquista, prossegue seu caminho. Deixa pra trás os túmulos de seus antepassados e não se incomoda.Rapta da terra aquilo que seria de seus filhos e não se importa. A sepultura de seu pai e os direitos de seus filhos são esquecidos. Trata sua mãe, a terra, e seu irmão, o céu, como coisas que possam ser compradas, saqueadas, vendidas como carneiros ou enfeites coloridos. Seu apetite devorará a terra, deixando somente um deserto.

Eu não sei, nossos costumes são diferentes dos seus. A visão de suas cidades fere os olhos do homem vermelho. Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e não compreenda.
Não há um lugar quieto nas cidades do homem branco. Nenhum lugar onde se possa ouvir o desabrochar de folhas a primavera ou o bater das asas de um inseto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não compreendo. O ruído parece somente insultar os ouvidos.

E o que resta da vida se um homem não pode ouvir um choro solitário de uma ave ou o debate dos sapos ao redor de uma lagoa, a noite? eu sou um homem vermelho e não compreendo. O índio prefere o suave murmúrio do vento encrespando a face do lago, e o próprio vento, limpo por uma chuva diurna ou perfumado pelos pinheiros.

O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o mesmo sopro - o animal, a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo sopro. Parece que o homem branco não sente o ar que respira. Como um homem agonizante há vários dias, é insensível ao mau cheiro. Mas se vendermos nossa terra ao homem branco, ele deve lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar compartilha seu espírito com toda vida que mantém. O vento que deu a nosso avô seu primeiro inspirar também recebi seu último suspiro. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem mantê-la intacta e sagrada, como um lugar onde até mesmo o homem branco possa ir saborear o vento açucarado pelas flores dos prados.

Portanto, vamos meditar sobre sua oferta de comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais desta terra como seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo qualquer outra forma de agir. Vi um milhar de búfalos apodrecendo na planície, abandonados pelo homem branco que os alvejou de um trem ao passar. Eu sou um selvagem e não compreendo como é que o fumegante cavalo de ferro pode ser mais importante que o búfalo, que sacrificamos somente para permanecer vivos.

O que é o homem sem os animais? Se todos os animais se fossem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Pois o que ocorre com os animais, breve acontece com o homem. Há uma ligação em tudo.

Vocês devem ensinar as suas crianças que o solo a seus pés, é a cinza de nossos avós. Para que respeitem a terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida com as vidas de nosso povo. Ensinem as suas crianças, o que ensinamos as nossas, que a terra é nossa mãe. Tudo que acontecer a terra, acontecerá aos seus filhos da terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos.

Isto sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem pertence a terra.

Isto sabemos: todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo. O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo.
Mas quando de sua desaparição, vocês brilharão intensamente, iluminados pela força do Deus que os trouxe a esta terra e por alguma razão especial lhes deu o domínio sobre a terra e sobre o homem vermelho. Este destino é um mistério para nós, pois não compreendemos que todos os búfalos sejam exterminados, os cavalos bravios sejam todos domados, os recantos secretos da floresta densa impregnados do cheiro de muitos homens, e a visão dos morros obstruída por fios que falam.

Onde está o arvoredo? Desapareceu.
Onde está a águia? Desapareceu.

É o final da vida e o início da sobrevivência.


terça-feira, 8 de abril de 2014

Eu era uma jovem infratora; hoje, quero ajudar a polícia'


Para Natalie, os jovens precisam de apoio ao deixar a prisão e ela sugere um 'mentor'
Infratora na adolescência, a britânica Natalie Atkinson, de 24 anos, tornou-se uma referência de ressocialização ao mudar de vida e se dedicar aos estudos de criminologia, com ambição de se tornar policial.
Natalie foi detida ainda quando era menor de idade, por crimes como roubo, agressão e depredação, e, depois, chegou a ir para uma penitenciária.

Se qualquer um me perguntasse o que eu gostaria de ser quando eu crescesse, eu diria: policial.
A jovem agora defende uma nova Justiça, focada na ressocialização de infratores na Grã-Bretanha. Leia o depoimento dado a ela para a BBC:
Atualmente, estudo criminologia e estudos forenses na Universidade de Cumbria (Grã-Bretanha) e espero conseguir um mestrado em política penal na London School of Economics, com o objetivo de me dedicar a políticas criminais para jovens.
Há apenas alguns anos, eu não estava estudando o sistema criminal, eu estava presa por ele.
Eu cometi mais de cem crimes e tive mais de 50 condenações por agressão. Cumpri penas em unidades para menores infratores e, em uma prisão assim, que completei 18 anos.
Comecei a receber assistência quando tinha 13 anos e, aos 18, já tinha morado em cerca de 25 endereços diferentes. Comecei a perambular pelo centro da cidade de Lancaster e a me envolver em brigas. Me sinto culpada agora por ter sido desse jeito, mas não havia como me controlar ou me convencer.
Acho que eu me rebelava contra a autoridade e eu realmente tinha muitos ataques de raiva. Quando comecei a receber ajuda, senti como se minha família tivesse perdido o direito de me dizer o que fazer. Policiais são figuras de autoridade e, no momento em que eu me comuniquei com um policial, eu pensei que eles não iriam me controlar.
A maioria dos meus crimes também foi cometida sob a influência de álcool.

Círculo vicioso

Eu acabei em um círculo vicioso e tinha vontade de voltar para as unidades de segurança, porque era o único lugar onde eu me sentia resolvida, segura e não precisava me preocupar com a vida.
Quando completei 18 anos, saí das unidades para menores e fui para uma prisão para mulheres adultas, a HMP Styal. Com meu histórico de crimes, fui colocada na mesma ala de criminosas graves, como estupradoras e assassinas. Havia agressão constante e violência.
Quase metade das mulheres e quase um quarto dos homens na prisão sofrem de ansiedade ou depressão. Uma mulher tirou a própria vida nos primeiros dias da minha condenação. Na prisão, eu fiquei deprimida, solitária e com medo. Comecei a me flagelar. Eu também me tornei viciada em um substituto da heroína chamado Subutex.
Quase 60% dos adultos que cumprem condenações mais curtas vão reincidir no prazo de um ano após serem soltos. Virei a minha vida graças ao incentivo positivo fora da prisão.
A educação também me ajudou a começar a acreditar que eu poderia usar minhas próprias experiências de vida para beneficiar outras pessoas. Assim, comecei a ir para a faculdade.
Eu fui libertada da prisão com um auxílio mensal de 46 libras (R$ 171), minhas roupas na mochila e nenhuma ajuda para encontrar uma casa. Tive a sorte de ficar com amigos quando fui libertada, mas quase 40% dos infratores saem da prisão sem ter um lugar para morar.
Não é fácil conseguir um emprego tendo um histórico criminal. Eu odiava contar a história a recrutadores e ver a expressão de horror no rosto deles.
No começo, eu ia e voltava de centros de empregos, mas depois acabei indo para o trabalho voluntário, que me ajudou a ter confiança e autoestima. Atualmente, trabalho em um albergue para sem-teto que abriga adultos, incluindo alguns jovens infratores, e quero usar o meu passado para ajudar aqueles que estão passando pelas mesmas coisas que eu fiz.
Eu acho que para entender o seu passado você tem que enfrentar o seu passado e tem que entender o efeito que seu comportamento teve sobre outras pessoas.

Ressocialização

Eu gostaria de ver um maior foco na Justiça que promove a ressocialização, na qual o infrator seja encorajado a assumir a responsabilidade por suas ações. Também é preciso dar mais apoio a adultos com problemas na comunidade, em vez de apenas colocá-los na prisão, liberá-los e esperar que eles mudem de vida.
A prisão funciona para algumas pessoas, mas para alguns dos jovens que conheci, só cria mais raiva e uma divisão maior entre esses jovens e a sociedade.
Acho que precisamos de um sistema de Justiça completamente diferente para jovens de 18 a 25 anos, com mentores, que seriam, de preferência, ex-reclusos, para estarem ao lado dos infratores assim que esses deixassem o sistema prisional. Mas também não há uma receita única. Nós nunca vamos conseguir um sistema de Justiça que funcione para todos.
A questão também é sobre o indivíduo. Não importa o quanto de apoio é oferecido, se esse indivíduo não estiver pronto para fazer uma mudança.
Foi só quando eu assumi a responsabilidade pelos meus atos e aceitei o que tinha feito de errado que eu comecei a mudar. Acho que todo mundo pode usar a sua própria experiência de vida para realmente fazer algo positivo.
Muitos ex-detentos pensam que eles não têm conserto e que não vão conseguir na vida, então eu gostaria de ficar como um exemplo.

domingo, 6 de abril de 2014

NASCEMOS SÓ , MORREMOS SÓ. NO ESPAÇO DE TEMPO ENTRE UM E O OUTRO ACONTECIMENTO, CHAMAMOS VIDA.


Luiz Fernando Paes



O fato inegável da vida é que não vivemos só.
Não podemos ser complemento um do outro, pois cada um é único e completo, mas não há como negar que sem o outro, seríamos muito menos do que somos,  sempre estamos esquecendo disso. Basta uma simples dor de barriga quando eramos bebês e pronto púnhamos a boca no mundo.

Entre tantos acontecimentos naturais neste trajeto, chamado vida, nos relacionamos com milhões de pessoas; vínculos, amizades, companheiros, amigos, parentes, é tanta gente que não conseguimos nos lembrar.

Basta pensarmos em um único dia, do momento que levantamos até o término do dia, e perceberemos como tudo e todos estão interligados. Do café ao pão, bolacha, ou suco, quantas mãos estiveram envolvidas para que o alimento chegasse até nossas nossas mesa?
É interessante pensarmos como nossa vida pode ser melhor, dependendo de como lidamos com o outro, quem escolhemos para nos relacionarmos ,e como aceitamos aqueles que estão ao nosso lado sem ter sido escolhido, como por exemplo, colegas de trabalho, parentes... Podemos dizer que aquela pessoa que, por ser diferente, rejeitamos, poderia ser aquela que nos acolherá em um momento difícil.

Muitas vezes já escutamos esta frase, nascemos só e morremos só, mas uma reflexão um pouco mais demorada perceberemos que não é bem assim.
Nossa vida é feita de encontros que dependem, duas ou mais pessoas.
O próprio fenômeno biológico que deu origem a  uma nova vida, foi o encontro de duas célula reprodutoras, a feminina, o óvulo, e a masculina, os espermatozoide.
Durante os nove meses de gestação, aconteceu o fenômeno biológico mais intimo e pessoal que pode existir entre dois seres humanos, nos formamos, desenvolvemos dentro de outro ser humano, retirando dele tudo que precisávamos para crescer, mesmo que a mãe não tivesse todo os nutrientes de necessitávamos de seu sangue, vinda de sua alimentação, retirávamos de sua reserva óssea ou dos dentes. É o caso do cálcio, por isso, mães  que tiveram muitos filhos, sem uma alimentação adequada, tem dentes e ossos mais frágeis.

Não estávamos sós, estávamos totalmente dependente e ligados, física e emocionalmente a outra pessoa.
Ao nascermos não estávamos sós, nossa mãe, toda a equipe médica, e provavelmente, parentes e amigos esperava do lado de fora por informações e novidades.
Deferente dos animais,  somos seres dependentes e necessitamos o tempo todo de atenção e cuidados.

Como diz os poetas da banda Paralamas do sucesso: “Cuide bem do seu amor seja quem for....”, essa é a frase que precisamos levar a sério, pois o amor não é somente um encontro de corpos, é um encontro de almas.
Muitas pessoas se esquecem disso, não valorizam daqueles ou daquelas que fizeram mais do que puderam para sermos as pessoas que somos e que muitas vezes deixaram seus sonhos de lado para que lutar pelo nosso e quando elas vão embora, cansadas de nossas ingratidão e indiferença, só nos resta lamentarmos a perda, e viver da lembrança do que ficou para trás.

Talvez, por receio de nos decepcionarmos com o outro, nos colocamos em uma posição defensiva, com medo de um contato mais próximo, mas nos deparamos com pessoas que realmente nos amam e se importam conosco. Estas estarão ao nosso lado sempre, salvo alguma situação alheia a sua vontade.