domingo, 6 de abril de 2014

NASCEMOS SÓ , MORREMOS SÓ. NO ESPAÇO DE TEMPO ENTRE UM E O OUTRO ACONTECIMENTO, CHAMAMOS VIDA.


Luiz Fernando Paes



O fato inegável da vida é que não vivemos só.
Não podemos ser complemento um do outro, pois cada um é único e completo, mas não há como negar que sem o outro, seríamos muito menos do que somos,  sempre estamos esquecendo disso. Basta uma simples dor de barriga quando eramos bebês e pronto púnhamos a boca no mundo.

Entre tantos acontecimentos naturais neste trajeto, chamado vida, nos relacionamos com milhões de pessoas; vínculos, amizades, companheiros, amigos, parentes, é tanta gente que não conseguimos nos lembrar.

Basta pensarmos em um único dia, do momento que levantamos até o término do dia, e perceberemos como tudo e todos estão interligados. Do café ao pão, bolacha, ou suco, quantas mãos estiveram envolvidas para que o alimento chegasse até nossas nossas mesa?
É interessante pensarmos como nossa vida pode ser melhor, dependendo de como lidamos com o outro, quem escolhemos para nos relacionarmos ,e como aceitamos aqueles que estão ao nosso lado sem ter sido escolhido, como por exemplo, colegas de trabalho, parentes... Podemos dizer que aquela pessoa que, por ser diferente, rejeitamos, poderia ser aquela que nos acolherá em um momento difícil.

Muitas vezes já escutamos esta frase, nascemos só e morremos só, mas uma reflexão um pouco mais demorada perceberemos que não é bem assim.
Nossa vida é feita de encontros que dependem, duas ou mais pessoas.
O próprio fenômeno biológico que deu origem a  uma nova vida, foi o encontro de duas célula reprodutoras, a feminina, o óvulo, e a masculina, os espermatozoide.
Durante os nove meses de gestação, aconteceu o fenômeno biológico mais intimo e pessoal que pode existir entre dois seres humanos, nos formamos, desenvolvemos dentro de outro ser humano, retirando dele tudo que precisávamos para crescer, mesmo que a mãe não tivesse todo os nutrientes de necessitávamos de seu sangue, vinda de sua alimentação, retirávamos de sua reserva óssea ou dos dentes. É o caso do cálcio, por isso, mães  que tiveram muitos filhos, sem uma alimentação adequada, tem dentes e ossos mais frágeis.

Não estávamos sós, estávamos totalmente dependente e ligados, física e emocionalmente a outra pessoa.
Ao nascermos não estávamos sós, nossa mãe, toda a equipe médica, e provavelmente, parentes e amigos esperava do lado de fora por informações e novidades.
Deferente dos animais,  somos seres dependentes e necessitamos o tempo todo de atenção e cuidados.

Como diz os poetas da banda Paralamas do sucesso: “Cuide bem do seu amor seja quem for....”, essa é a frase que precisamos levar a sério, pois o amor não é somente um encontro de corpos, é um encontro de almas.
Muitas pessoas se esquecem disso, não valorizam daqueles ou daquelas que fizeram mais do que puderam para sermos as pessoas que somos e que muitas vezes deixaram seus sonhos de lado para que lutar pelo nosso e quando elas vão embora, cansadas de nossas ingratidão e indiferença, só nos resta lamentarmos a perda, e viver da lembrança do que ficou para trás.

Talvez, por receio de nos decepcionarmos com o outro, nos colocamos em uma posição defensiva, com medo de um contato mais próximo, mas nos deparamos com pessoas que realmente nos amam e se importam conosco. Estas estarão ao nosso lado sempre, salvo alguma situação alheia a sua vontade.







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