Luiz Fernando Paes
Dois fatos marcantes nos dois primeiros meses do ano de 2016 com relação ao aborto.
Um fato é microcefálite e sua relação com Zica, e formação fetal. O outro, o relacionamento do ex presidente Fernando Henrique Cardoso e as declarações de sua amante, sobre os abortos feitos por ela, com pagamento do político.
Em questão da doença Zica expõe de forma visceral a questão da falta de diálogo da sociedade em relação a temática, todo o tabu que envolve, além do machismo brasileiro, que coloca o papel do homem longe das questões envolvendo saúde sexual e reprodutiva, como se o homem não fosse parte deste processo.
No caso do ex presidente, é um caso que simboliza a hipocrisia social, pois mostra o que nós já sabemos, os ricos fazem aborto sem qualquer problema, seja financeiro, de saúde. As pessoas pobres também praticam o aborto, mas correm risco de morte, perda da saúde ou de serem presas.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016
terça-feira, 23 de fevereiro de 2016
Fidelidade e felicidade
Luiz Fernando Paes
Em nossa sociedade contemporânea, as formas de viver e pensar o amor, se tornaram infinitas, estão em constante movimento.
Mari tem dois maridos. Cada um mora três ou quatro dias na casa dela. Eles sabem dessa situação e não se importam. Além destes relacionamentos ela diz que continua amando um terceiro, seu amante.
Nas sociedades patriarcais como a nossa, sempre houve um padrão duplo de moral. A infidelidade, apesar de condenada pela Igreja, foi aceita socialmente para o homem.
Após a revolução sexual iniciada na década de 60, as mulheres ocidentais passaram a considerar seus direitos iguais aos dos homens e o sexo extraconjugal passou a fazer parte de suas vidas.
A pílula anticoncepcional permitiu que elas só engravidassem se quisessem e de quem quisessem, embora seu acesso sempre foi restrito apenas a algumas mulheres.
Entre outras mudanças que ocorressem para estas alterações comportamentais, quebra de tabus, diminuição da religiosidade e poder das igrejas sobre a população, as mulheres passaram a trabalhar fora de casa, gerando maior independência econômica, maior discussão sobre o papel social feminino entre outros.
A poligamia existe em 84% das sociedades humanas. Um imperador do Marrocos foi até agora o homem que teve o maior harém. O livro Guiness dos recordes relata que ele teve 888 filhos com suas esposas.
Alguns Imperadores chineses tiveram relações sexuais com mais de mil mulheres. Elas participavam de um rodízio cuidadoso, que as colocava no quarto do imperador quando estavam no período fértil.
Na África Ocidental a poligamia é muito comum. Os homens mais velhos têm duas ou três mulheres ao mesmo tempo.
O contra ponto de toda a questão relacionada a fidelidade é a questão de pessoas que se dedicam a um único relacionamento.
Dentre os vários fatores que determinaram o sucesso dos seres humanos no planeta, um dos mais importantes é o cuidado com os filhos, como defesa, alimentação. habitação entre outros.
Mas o mais importante é refletir sobre como as relações de pessoas que se dizem monogâmicas se desenrolam. Partindo do principio que toda relação, para que de certo, demanda uma grande quantidade de energia. de diálogo, é difícil de entender como pessoas que constituem um lar podem almejar a felicidade, se envolvendo em casos extraconjugais, mesmo com toda a complexidade que uma relação afetiva.
Em uma relação monogâmica, em em que um dos dois trai, o sofrimento do outro se transforma em ressentimento que, em em um período de tempo, terminará com uma separação dolorosa para todos.
O comportamento das pessoal em relação ao relacionamento amoroso e sexual tem se mostrado cada vez mais fluído. O encontro sexual tem acontecido cada vez mais cedo, ou seja, no primeiro encontro.
Longe de interpretar os comportamentos atuais por uma visão moralista, a questão é que, os relacionamentos estão cada vez mais curtos, o que os mais antigos diriam, fogo de palha, acende rápido, fogo ardente mas em segundos acaba.
Dentre os vários fatores que determinaram o sucesso dos seres humanos no planeta, um dos mais importantes é o cuidado com os filhos, como defesa, alimentação. habitação entre outros.
Mas o mais importante é refletir sobre como as relações de pessoas que se dizem monogâmicas se desenrolam. Partindo do principio que toda relação, para que de certo, demanda uma grande quantidade de energia. de diálogo, é difícil de entender como pessoas que constituem um lar podem almejar a felicidade, se envolvendo em casos extraconjugais, mesmo com toda a complexidade que uma relação afetiva.
Em uma relação monogâmica, em em que um dos dois trai, o sofrimento do outro se transforma em ressentimento que, em em um período de tempo, terminará com uma separação dolorosa para todos.
O comportamento das pessoal em relação ao relacionamento amoroso e sexual tem se mostrado cada vez mais fluído. O encontro sexual tem acontecido cada vez mais cedo, ou seja, no primeiro encontro.
Longe de interpretar os comportamentos atuais por uma visão moralista, a questão é que, os relacionamentos estão cada vez mais curtos, o que os mais antigos diriam, fogo de palha, acende rápido, fogo ardente mas em segundos acaba.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016
Muitas vezes, nossos maiores inimigos somos nos mesmos
Luiz Fernando Paes
As dificuldades dos seres humanos em lidar com seus próprios sentimentos, com o sofrimento diário, nos leva a interpretar o mundo de uma forma distorcida, como alguém que tem a visão normal, mas utiliza de um óculos de míope para enxergar.
Tais pessoas, que não são poucas, colocam mais empecilhos, barreiras, além das que já normalmente existem, para realizar suas tarefas cotidianas.
Em seu livro a neurologista Suzanne O’Sullivan no livro It’s All in Your Head (está tudo na sua cabeça, na tradução literal, ainda inédito no Brasil), descreve sua experincia com pacientes que necessitam de ser diagnosticado com uma doença mesmo sem te-la: "Às vezes, os pacientes desejam desesperadamente que você encontre um resultado ruim nos exames, que dê um nome para sua doença e receite alguns comprimidos que justifiquem suas dores”, conta a neurologista. Esse problema é muito mais comum do que se imagina. Cerca de 30% das pessoas sofrem disso, e a imensa maioria nem sequer fica sabendo."
Precisamos estar atentos aos nossos sentimentos e sensações, pois nosso cérebro é mais poderoso que se pode imaginar, a ponto de eu considerar a teoria que o corpo e parte do cérebro e não o contrário.
Outra questão que considero importante para uma reflexão mais profunda é que, se já que vivemos em um mundo violento e algumas vezes deparamos com situações de perigo, avaliar a situação mais próximo do real, nos ajuda a tomar a decisão mais apropriada, e não entrarmos em panico.
Uma tendencia comum é exagerarmos em uma análise mais pessimista, o que nos impede de tirar conclusões mais apropriadas.
O medo de animais também gera situações de desconforto desnecessária em muitos casos, um exemplo é pavor que algumas pessoas tem de bichos inofensivos, como a lagartixa doméstica. Fazem do bicho um monstro, como uma senhora contou-me que a vizinha foi envenenada com uma lagartixa que caiu no feijão que comia. Eu questionei-a por que se podemos deparar em nossas casas, com uma cobra peçonhenta, uma aranha armadeira ou escorpião, por que nossa mente tem de criar mais "monstros" do que os que já nos incomodam?
Pessoas, mesmo que de boa escolaridade, não questionam seus medos, não buscam informações mais precisas, talvez por que seria mais fácil pensar nas falsa ameaças do que enfrentar o que realmente nos incomodam e ameaçam?
As dificuldades dos seres humanos em lidar com seus próprios sentimentos, com o sofrimento diário, nos leva a interpretar o mundo de uma forma distorcida, como alguém que tem a visão normal, mas utiliza de um óculos de míope para enxergar.
Tais pessoas, que não são poucas, colocam mais empecilhos, barreiras, além das que já normalmente existem, para realizar suas tarefas cotidianas.
Em seu livro a neurologista Suzanne O’Sullivan no livro It’s All in Your Head (está tudo na sua cabeça, na tradução literal, ainda inédito no Brasil), descreve sua experincia com pacientes que necessitam de ser diagnosticado com uma doença mesmo sem te-la: "Às vezes, os pacientes desejam desesperadamente que você encontre um resultado ruim nos exames, que dê um nome para sua doença e receite alguns comprimidos que justifiquem suas dores”, conta a neurologista. Esse problema é muito mais comum do que se imagina. Cerca de 30% das pessoas sofrem disso, e a imensa maioria nem sequer fica sabendo."
Precisamos estar atentos aos nossos sentimentos e sensações, pois nosso cérebro é mais poderoso que se pode imaginar, a ponto de eu considerar a teoria que o corpo e parte do cérebro e não o contrário.
Outra questão que considero importante para uma reflexão mais profunda é que, se já que vivemos em um mundo violento e algumas vezes deparamos com situações de perigo, avaliar a situação mais próximo do real, nos ajuda a tomar a decisão mais apropriada, e não entrarmos em panico.
Uma tendencia comum é exagerarmos em uma análise mais pessimista, o que nos impede de tirar conclusões mais apropriadas.
O medo de animais também gera situações de desconforto desnecessária em muitos casos, um exemplo é pavor que algumas pessoas tem de bichos inofensivos, como a lagartixa doméstica. Fazem do bicho um monstro, como uma senhora contou-me que a vizinha foi envenenada com uma lagartixa que caiu no feijão que comia. Eu questionei-a por que se podemos deparar em nossas casas, com uma cobra peçonhenta, uma aranha armadeira ou escorpião, por que nossa mente tem de criar mais "monstros" do que os que já nos incomodam?
Pessoas, mesmo que de boa escolaridade, não questionam seus medos, não buscam informações mais precisas, talvez por que seria mais fácil pensar nas falsa ameaças do que enfrentar o que realmente nos incomodam e ameaçam?
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