domingo, 23 de dezembro de 2012

A morte de nossos jovens, vergonha nacional.

Luiz Fernando Paes Prováveis causas do aumento das mortes violentas entre crianças e jovens: - -Melhoria coletas de dados e das estatísticas -Mais investimentos em repressão do que em prevenção - naturalização” e aceitação social da violência, como a “culpabilização da vítima justificando a violência dirigida, principalmente, a setores subalternos ou particularmente vulneráveis que demandam proteção específica. -Dificuldade das escolas em manter diminuir a evasão escolar -Aumento do consumo de álcool e drogas, que tem feito da própria casa da criança e do jovem um lugar inseguro -Falta de divulgação dos dados e esclarecimento à população de que a grande desigualdade social deve ser combatida por todos, matar não resolve, apenas produz pessoas mais violentas. Assim como em alguns países acredita-se que uma “limpeza étnica” resolveria os conflitos internos da região, muitas pessoas de nossa sociedade, acreditam, de forma equivocada, que matar os jovens vai resolver o problema da violência. -Falta de implementação de políticas públicas e estratégia, que permitam a inserção do jovem na sociedade -Falta de divulgação pela imprensa de experiências que ajudem a promoção de experiências inovadoras, seja do Brasil ou no exterior Segundo pesquisa com dados do ministério da Saúde o assassinato de crianças e jovens tem aumentado significativamente nos últimos anos. Desde 1980, aumentou 376%. No mesmo período, entre 1980 e 2010, os homicídios como um todo cresceram 259%. Segundo dados são do "Mapa da Violência 2012 - Crianças e Adolescentes do Brasil". Um dado que chamou a atenção do sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, coordenador da pesquisa, foi quanto os homicídios de jovens representava no total de mortes. Em 1980, eles eram pouco mais de 11% dos casos de assassinato. Já em 2010, 43%. Para Jacobo “epidêmica”. “A taxa de homicídios entre jovens está três vezes acima da média internacional. Ainda é muito elevada se levarmos em conta o contexto externo”. As epidemias e doenças infecciosas , principais causas de morte de jovens há cinco décadas, foram gradativamente substituídas por “causas externas”, tais como acidentes de trânsito e homicídios. Segundo a pesquisa de Jacobo, (http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001351/135104porb.pdf), 93% das vitimas são homens e negros. Isso mostra claramente que nosso país ainda esta longe de superar a terrível experiência de nosso passado escravagista e que ainda pessoas são estigmatizados de forma cruel, pela cor de sua pele. De acordo com Jcobo Waiselfisz, somente políticas públicas específicas podem reduzir os índices: “A maior parte dos jovens não tem acesso a benefícios sociais básicos, como educação, trabalho, saúde. Esse tipo de exclusão provoca contornos de violência. Prova disso é que os estados mais violentos não são os mais pobres, mas aqueles onde há maior concentração de renda e conflitos entre riqueza e pobreza”. Por um lado observamos a queda dos índices de mortalidade infantil, decorrente da melhoria dos serviços referentes ao atendimento pré-natal, o mesmo não acontece com a juventude das localidades mais carentes,em cidades riquíssimas como São Paulo, ou seja, os jovens estão sendo “eliminados” antes de chegar a vida adulta. Segundo pesquisa do Instituto Sangari, o estudo “Mapa da Violência 2011 – Os Jovens do Brasil” mostra que entre 1998 e 2008 o homicídio foi a causa da morte de 39,7% dos jovens no Brasil. Na população adulta, 1,8% dos óbitos foi causado por homicídios. Segundo dados são do Mapa da Violência 2012, Crianças e Adolescentes do Brasil, publicado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais e pelo Centro Brasileiro de Estudos da América Latina 2010, 8.686 crianças e adolescentes foram vítimas de homicídios no país, o que representa 11,5% do total de mortes de pessoas com idade até 19 anos. O índice de homicídios vem aumentando vertiginosamente nos últimos anos, alcançando o patamar de 13,8 homicídios para cada 100 mil jovens. Entre aqueles com 19 anos, a taxa aumenta para 60,3 a cada 100 mil. Os números colocam o Brasil no 4º lugar no ranking de países com mais assassinatos de jovens. Nós estamos perdendo nossos jovens para o crime organizado, para a má administração do dinheiro público, para uma sociedade desigual, uma policia despreparada e desvalorizada. Nosso grande patrimônio, nossos jovens, precisam ser vistos como cidadãos de direito, com oportunidades para desenvolver seu potencial, para que possam construir um pais mais justo.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

sábado, 1 de dezembro de 2012

Educação sexual na escola é 'fundamental' para desfazer mitos; confira dúvidas dos adolescentes

Cristiane Capuchinho Do UOL, em São Paulo Apesar do aumento de fontes de informações, os adolescentes mantêm muitos fantasmas sobre a sexualidade. Essa é a conclusão do consultor de educação sexual Marcos Ribeiro, após realizar uma série de debates em colégios do Rio de Janeiro. "O que mais nos preocupou foi em relação à prevenção, ao uso de camisinha. Os garotos ainda trazem o mito (pensamento mágico) de que 'isso não vai acontecer comigo'. Usam o discurso de que 'conhecem a garota' ou, em alguns casos, disseram que o 'bom é pele a pele'. Associam a Aids, por exemplo, como algo distante, da realidade deles", afirma Ribeiro. Para o consultor, a escola é, sim, lugar para falar sobre sexo e é "fundamental ter programas de educação sexual nas escolas em parceria com os pais voltados para esse público". O consultor convidou o ator David Lucas, 17, para conversar com adolescentes e ver quais são as dúvidas mais frequentes dos jovens. Dos debates nasceu o livro "Tribo Adolescente" (Planeta Jovem), que responde perguntas coletadas e dá dicas de como o assunto pode ser tratado por professores. Confira algumas das dúvidas que atormentam os jovens: Qual a frequência certa para a pessoa se masturbar? A gente tem que ter cuidado ao dizer o que é "certo" e "errado". Isso porque cada pessoa tem um "relógio interno" muito próprio e um prazer individual que decide o que é mais apropriado. Por isso, a frequência "normal" vai depender do ritmo "ideal" para cada um. A menida pode engravidar na primeira vez? Pode sim. Se ela estiver num período fértil (o ovócito saindo do ovário e caminhando pela tuba uterina) e não usarem nenhum método para evitar uma gravidez, como a camisinha, pode acontecer de ocorrer a fecundação, mesmo que ela esteja tendo relação pela primeira vez. Uma vez só é suficiente para ocorrer uma gravidez. Qual a idade ideal para a primeira relação? Não há receita. O que se deve repetir é: tenham responsabilidade. Quando a garotada está com muita dúvida, certamente não é o momento certo. Como pedir para ele usar camisinha se é nossa primeira transa e eu tenho medo de que ele ache que não confio nele? Antes de pensar o que ele vai achar, você precisa se proteger. Diga a ele que quem ama cuida e quem cuida ama. E se o carinha desistiu de você -- ou a menina, porque o cara só transa se for de camisinha --, certamente não era a pessoa certa. Legal é o garoto e a garota que só transa de camisinha. A camisinha comigo já estourou... Talvez ela não esteja sendo usada adequadamente. A camisinha está sendo guardada de forma adequada? Será que ao abrir a embalagem com os dentes você não danificou a camisinha? Vocês estão apertando a ponta e tirando o ar? Isso é fundamental, porque se não for feito ela tem tudo para estourar por causa do ar que fica em seu interior.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O corpo Fala; saúde mental da criança

"Respira. Serás mãe por toda a vida. Ensine as coisas importantes, de verdade, pular poças de água, observar os bichinhos, dar beijos de borboleta e abraços bem fortes. Não se esqueça desses abraços e não os negue nunca. Pode ser que daqui a alguns anos, os abraços que você sinta falta, sejam aqueles que você não deu. Diga ao seu filho o quanto você o ama, sempre que pensar nisso. Deixe ele imaginar. Imagine com ele. As paredes podem ser pintadas de novo, as coisas quebram e são substituídas. Os gritos da mãe ficam. Muitas vezes você pode lavar os pratos mais tarde. Enquanto você limpa, ele cresce. Ele não precisa de tantos brinquedos. Trabalhe menos e ame mais.Menos presente e mais presença! E, acima de tudo, respire. Serás mãe por toda a vida. Ele será criança só uma vez" (Anonimo) Pesquisa no Reino Unido, Children's Society, organização de proteção infância, apontam para um problema que deve fazer parte das conversas entre os pais e educadores:saúde dos nossos pequeninos. Aqui no Brasil são poucas pesquisas, mas as que existem apontam na mesma direção, os meninos e meninas estão sofrendo problemas de saúde semelhante ao dos adultos, como depressão e ansiedade. De acordo com a pediatra e pesquisadora, Ana Maria Escobar, do Instituto da Criança, do Hospital das Clinicas de São Paulo,foram entrevistas pais de 959 de 5 a 9 anos de idade, o resultado da pesquisa surpreendeu a pesquisadora, ao invés de doenças comuns infância como gripe, alergia e resfriado, descobriu-se que as crianças estão sofrendo de doenças que afetam sua saúde mental: 22% responderam sofrer de ansiedade e quase 2% manifestaram sinais de depressão. Um observador mais atento percebera que o stress não passa despercebido pelas crianças, e os sinais devem ser analisados com cuidado, pois o medo exagerado dos pais também podem contribuir para gerar ansiedade nos pequeninos e ajudar a desconectar da realidade; por exemplo ao andar de carro, os pais ficam lembrando constantemente que não pode abrir os vidros, ou que brincar com coleguinhas em lugares abertos é perigoso. Agenda repleta de atividade também podem antecipar as preocupações comuns da vida de adulto. Outra questão importante quanto a saúde mental da criança, acompanhada em consultório de psicologia se refere as redes sociais, não só referente as informações pessoais que os usuários colocam em suas postagens, mas também a prioridade que elas estão dando entre o virtual e o real. Os personagens que se desenvolvem no dia a dia da rede social é um recorte do que tem de melhor em suas vidas, não há lugar neste espaço, tão valorizado atualmente, para as frustrações. Esta relação entre o real e o virtual deve ser acompanhada pelos pais, pois serve de referencia para a passagem da infância para a vida adulta. O estabelecimento de regras claras quanto ao uso do computador, assim omo uma orientação quanto ao seu uso, contribui para que a criança tenha uma infância mais feliz e segura de suas responsabilidades.

domingo, 9 de setembro de 2012

Escola e Tecnologia, suporte para o desenvolvimento.

Luiz Fernando Paes
O Brasil tem se  mostrado despreparado para enfrentar os desafios tecnológicos da atualidade, tornar sustentável nosso desenvolvimento, e nossos produtos mais competitivos.
O governo brasileiro estuda a possibilidade de facilitar a entrada de profissionais estrangeiros para atender a demanda brasileira, em um momento que outros países procuraram proteger seus empregos de estrangeiros.
Por meio do programa Ciência Sem  Fronteira, o governo brasileiro tem comprado milhares de vagas nas melhores universidades do mundo, assinando convênios de cooperação com o MIT (Massachusetts Institute of Technology), em São José dos Campos, e Campinas.
Essas vagas compradas pelo governo chegam até os estudantes das Universidades sob a forma de bolsas de estudos.
Nunca foi tão fácil estudar no exterior, porém esta iniciativa pode se mostrar pouco eficaz na prática, pois nossos estudantes não possuem fluência em uma segunda língua, requisito essencial para estudar no exterior.
Somente os estudantes que frequentam as melhores escolas, aqueles que  tem melhor poder aquisitivo, podem usufruir dos benefícios governamentais.
 Muito talento é desperdiçado, estudantes brilhantas das escolas públicas do ensino fundamental e médio,  não poderão contribuir de forma eficiente para o desenvolvimento tecnológico do Brasil.
Curiosamente quem estudou até o ensino médio em escola pública, não tem acesso a escola pública superior, que  em sua maioria, é ocupada por aqueles que estudaram na escola particular.
Há uma inversão no ensino brasileiro, super valorizando os últimos anos e  dando pouca atenção aos anos iniciais, que são os mais importantes.
O salto qualitativo no ensino brasileiro acontecerá quando houver vontade politica para valorização da escola pública, não apenas como parte de discurso político, que se preocupa apenas com números estatísticos, distante das práticas pedagógicas. 





sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Somos seres completos

Luiz Fernando Paes
A busca pela felicidade é constante no ser humano. Somos seres sociais, porém completos.
A companhia nos faz viver melhor, e com mais saúde, porém muitas pessoas acreditam que só podem ser felizes se tiverem uma outra pessoa para completa-la, a cara metade, a tampa da panela, a outra metade da laranja.
Cada ser humano é único, e precisa ser respeitado em sua individualidade.
 Casais que vivem bem geralmente respeitam o espaço e  o tempo do outro.
A ideia de complementariedade tende gerar neuroses e uma dependência afetiva que pode sufocar  o outro.

domingo, 2 de setembro de 2012

Famílias "diferentes"

Luiz Fernando Paes

 Amor sem possessividade.
Famílias com configurações diferentes das tradicionais, pai, mãe, filhos(as) a tempos vem se modificando:  pais homossexuais, duas mães, ha também o caso de mães solteiras, mães viúvas, pais viúvos, pai solteiro que opta por criar seus filhos (as),  pai com filho (a)  de mãe de outro casamento se une a mãe com filho(a) de outro relacionamento.
Independente de como seja constituída a família, o desejo de ser pai ou mãe aparece conforme o relacionamento amadurece. Esse desejo pode trazer muitos conflitos principalmente quanto a dúvida se a criança terá dificuldades em seu desenvolvimento por ser filha de pais "diferentes ".
O medo,  a ansiedade, a culpa, por estar diante desta situação é parte do desafio que a sociedade nos impõe quando ousamos quebrar regras estabelecidas a muito tempo. Muitos ainda acreditam que tal ato põe em risco a própria existência  desta instituição.
Mas a família, seja  qual for, esta sujeita a crises,  pois ela é o reflexo de toda a sociedade, suas amenidades, pressões enfim todos os riscos comuns ao ser humano.
É importante que reflitamos sobre uma pessoa que optou por ser pai ou mãe na sua fase mais madura da vida, provavelmente, já  discutiu muitas vezes o assunto, mensurou por diversas vezes  sobre sua condição  financeira e outras, portanto não nasceu de um ato impensado inconsequente.
O que pode haver de mais sensato do que querer alguém para amar e proteger sem exigir nada em troca, somente o beneficio do outro, principalmente se este se encontra em condições difíceis?
Tantas crianças  são espancadas e até mortas por pessoas que deveriam protege-las, seu pai, sua mãe ou outro membro da família; muitas vezes são colocadas em abrigos ou como a maioria, acabam na rua. Talvez essas crianças não motivem tanta preocupação da sociedade.
Uma criança pode superar seu conflito de origem se for amada, for educada com ética,  independente de qual seja a formação dessa família, no diálogo,  na sinceridade desde o início do  relacionamento.
A criança pode por si, compreender e  desenvolver uma visão de mundo saudável, se sentir em seu ambiente que é amada, respeitada e integrada, isso lhe proporciona a saúde mental necessária para que ela seja feliz. Provavelmente nos surpreenderemos com a capacidade da criança enxergar o mundo de forma diferente do adulto, sem preconceito, sem ódio  ou rancores.