sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O Poder da Palavra

A palavra é, simplesmente implacável. Não é a toa que todo grande líder, tem um especialista em letras. A ele  confia a tarefa de escrever seu discurso, necessariamente
 uma pessoas extremamente persuasivas e grande conhecedor da língua. Enquanto muitos lideres,  preferem não cofiar  a ninguém, ele próprio escolhe  as palavras que constrói  ou desmoraliza,  com apenas uma frase mal escrita ou mal falada  .

Alguns exemplos são significativos na hora de se apropriar das palavras para validar ações ou explicar acontecimentos históricos:
Os impérios existem a milhares de anos, desde as primeiras cidades humanas, como os babilônios, que já dominavam os povos vizinhos, isto a três mil anos atrás.

No mundo contemporâneo, quando um império, um povo, invadia uma outra terra, seja por questão de perseguição religiosa, politica,  exploração de matéria prima, ou outras,  usava-se uma palavra para amenizar o impacto causado pela agressão: colonização.
Como se pode "Colonizar" , um lugar que já é habitado por muitos seres vivos,  inclusive seres humanos?Nesta forma do império construir sua visão de mundo,  esta sub entendido, em sua prepotência, a ideia de sua superioridade étnica, "eu mereço esta terra mais do que você".

O povo dominado, muitas vezes tinha superioridade cultural e organização social mais aprimorado  ao povo que o dominou, o que provavelmente  não tinham eram armas tão mortíferas quanto os invasores, e  principalmente, ao ser dominado, não tiveram a mesma possibilidade de contar os fatos.
 O  "colonizador é o que conta  o seu lado da história,  muitas vezes até de forma romanceada.  Talvez por isso, as cartas de Pero Vaz de Caminha tenha uma importância  grande para nós.

Quando um político comete uma falta, que muitas vezes significa apropriação indevida do dinheiro público,
ele corre o risco de ser pego e sofrer punição, mas a palavra usada no processo  é suavizada para que não arranhe definitivamente a imagem do parlamentar, ele não é simplesmente um criminoso,  é alguém que  faltou com decoro parlamentar.

A busca de palavras convenientes para interpretar a lei, faz toda diferença na hora de uma personalidade endinheirada  determinar qual o advogado vai  vai defende-lo, perante o juiz.

Um exemplo de como toda uma luta da sociedade pode ser manipulada pela mudança de apenas um tempo verbal, em um projeto de iniciativa popular, que impede a candidatura de políticos condenados pela justiça, foi aprovado pelo senado em 19 de maio de de 2010 e sancionado pelo então presidente Lula.
Porem, após a aprovação da lei,  uma emenda criada pelo senador Francisco Dornelles, PP do Rio De Janeiro, alterou um tempo verbal do texto original, com a má intenção de proteger aqueles políticos corruptos que foram condenados antes da sansão da lei.

O texto original dizia que seriam inelegíveis os políticos que " tenham sido condenados" e os que "foram condenados" pela justiça.  Com a alteração de Francisco Dornelles, o texto ficou " os que forem condenados". Pela alteração do texto Proposto por Dornelles, só estarão impedidos de se candidatar aqueles que condenados pela justiça, após a publicação da lei.

A questão desta alteração do texto da ficha limpa aponta para questões  éticas e práticas.
Os envolvidos  interpretarão a lei a luz de seus interesses, que embora saibamos não são muito apegados na nossa língua portuguesa, mas que possuem poder suficiente e assessores e advogados bem pagos com o dinheiro público, muito maiores que qualquer cidadão comum.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Que bom que você visitou o meu blog!

OBRIGADO PELA SUA VISITA.