Luiz Fernando Paes
Existe realmente uma separação entre espaço público e o privado?
Qual o limite de cada um desses espaços?
Será a cultura da individualismo que gera violência ou é a violência que gera individualismo?
Podemos pensar em público e privado dentro de uma casa? E no planeta como as pessoas vêem essas diferenças?
Um país deve se ocupar somente de seus desafios ou as preocupações que deterioram o planeta devem ser pensados em conjunto, pois são de responsabilidade de todos, como a degradação ambiental, crises econômicas mundiais?
Usando a lógica que o problema de uma cidade é de todos e que as soluções devem envolver todo o coletivo.
As soluções encontradas para diminuir a violência contemplam medidas individuais ou de pequenos grupos, como por exemplo, as cidades se transformam em ilhas, rodeadas de muros, os condomínios fechados que, como na idade média, os senhores feudais se fecham em seus castelos magníficos.
Nesta mentalidade individualista, o espaço público é de todos, mas ninguém cuida, não é um lugar prestigiado, pode se fazer dele o que quiser jogar lixo, quebrar. Enquanto que o espaço privado é valorizado, conservado.
A cidade do primeiro mundo ainda valoriza os espaços coletivos: preferência aos pedestres no transito, respeito aos ciclistas, muitos quilômetros de ciclovias, transporte público de altíssima qualidade, prédios públicos muito bem conservados, escolas do governo de alto nível. Não existe escola para rico, escola para pobre, hospital bem equipado para rico, e hospital para pobres.
O que é mais triste neste pais: o que é público e tem qualidade é ocupado por pessoas de alto poder aquisitivo, como universidades hospitais de referencia.
Neste contexto, a violência toma contornos sutis, onde aquele que pode pagar mais tem privilégios e sente mais protegido, e usam de seu prestigio para morar em lugares onde o poder público esta mais presente, como policiamento das ruas, limpeza publica, entre outros.
Assim algumas pessoas se fazem diferentes pela sua forma de vestir, morar, estilo de vida, num mundo a parte onde conviver com a diversidade não faz parte de seus princípios. Todos somos iguais, mais alguns são mais “iguais “ que os outros.
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