Luiz Fernando Paes
O tempo é tudo e é nada.
É a grande armadilha, pois todos estão sujeitos a ele.
Estamos aqui no presente, mas esperamos o dia seguinte... da festa, da viagem, da chegada de alguém, do feriado, assim presente no hoje, com a cabeça no amanhã.... envelhecemos...
E o tempo passa rápido, mais rápidos do que podemos suportar.
E a infância já foi, a juventude ficou para trás.
Quando se é criança, queremos ser jovem, quando jovem, queremos o status de adulto.
Idoso nem pensar, prefiro morrer jovem... será mesmo?
Não viemos preparados neste mundo para envelhecer, talvez seja por isso que é tão difícil aceitar as pessoas mais velhas.
Precisamos parar para pensar que um dia não será como o outro.
A partir do momento que nascemos começamos a contagem regressiva, a cada dia, a cada aniversário.
A cada dia que vivemos é um dia a mais ou um dia a menos?
De manhã, um dia a mais, de noite, um dia a menos.
Contar o tempo não é como contar dinheiro. Dinheiro vem dinheiro vai, se perde se ganha.
O tempo se soma a quantidade de vezes que você foi gentil, amou, conquistou, fez alguém mais feliz.
O tempo feliz não é aquele que é só seu, é aquele que se dedica ao com outro, cuidando, celebrando, aliviando a dor do outro, mesmo que está seja a dor de alma, ouvindo juntos uma música do passado, que habita no esconderijo, num cantinho da mente, fugindo do tempo.
Tempo é tudo e nada, a marca no rosto, mas pode ser também ser a marca da experiência, dos dias ensolarados ou nem tanto.
Perguntamos quanto tempo ainda viveremos? Poderemos substituir essa pergunta por outra, o que faremos com o tempo nos próximos dias da minha vida?
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