terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Prazer, Satisfação, Felicidade e o o Capitalismo.

O combustível de nosso cérebro é o prazer. Movidos pela necessidade de alimentar nossa mente de emoções, que de sentido a nossa existência, buscamos sensações ou coisas que preencham nossa vida.

O desejo é provavelmente o mais forte dos componentes de nossa vida, ele nos move para determinar nossas ações e objetivos.

É interessante refletirmos como as coisas que mais desencadeiam sensações prazerosas em nosso cotidiano são coisas simples que nem sequer precisam de muito dinheiro para acontecer.

Por exemplo, uma comida simples, mas preparada e saboreada ao lado de quem se quer bem, seja  um amigo,  família, namorado ou namorada, regado com um bom papo, nos da uma satisfação que não podemos encontrar em um restaurante caro.

Estar em comunhão com a natureza, o contato com a terra, contemplar o belo é um excelente remédio para curar o stress.

Professar uma religião, ou somente ter uma vida espiritual, nos trás paz, ajuda a enfrentar as dificuldades.




Não é difícil entender por que  a cultura indígena praticamente foi exterminada do planeta.
O índio sabe como nem um outro povo, cultivar as coisas simples da vida.

Ela é incompatível com o capitalismo selvagem,  que insere em nosso cérebro a necessidade do consumo, a incompletude da alma e do espirito, produz a constante, inquietante ansiedade,  que sempre nos falta algo material para ser feliz.

É sempre bom lembrar:
-Para que roupas luxuosas, se o as pessoas mais querem é estar bem juntinhas, do jeito que veio ao mundo?
-Para levarmos a vida tão sério, se todos nascemos de uma gozação?


segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

O Brasil deve desculpas a Anderson Silva

Ricardo Melo (UOL)

Para defender os espetáculos de pancadaria como esporte legítimo, o pessoal das lutas de vale tudo provavelmente usará a célebre foto de Domício Pinheiro. Era novembro de 1974, interior paulista. Naquele instantâneo memorável, Domício flagra o momento quando, numa disputa de bola, o atacante Mirandinha, então no São Paulo, quebra a perna esquerda ao se chocar com o zagueiro Baldini, do América de Rio Preto.
A imagem deve estar estampada nos jornais de hoje, pela incrível semelhança plástica com os registros do momento em que, ao tentar atingir o adversário, Anderson Silva espatifa a própria canela em Las Vegas. Vai servir, com certeza, para alimentar a ladainha que todo esporte tem sua dose de violência, ou que imprevistos acontecem em qualquer atividade. A comparação soa tão verdadeira quanto usar fotos de dois corpos estatelados no chão para dizer que ambos são iguais -não importa se um deles caiu por acidente do décimo-andar e o outro foi arremessado por algum meliante durante um assalto.
A polêmica, de todo modo, não é propriamente nova, mas ferve a cada drama como o de Anderson Silva. De minha parte, mantenho a convicção de que os embates de vale tudo, mesmo repaginados como MMA, UFC ou o que o valha, são um dos eventos mais repulsivos oferecidos sob a chancela de "esportivo". A começar do objetivo maior, quando não único e exclusivo: destruir fisicamente o adversário na base da porradaria desenfreada, com chutes, pontapés, socos e outros golpes igualmente "refinados".
Muitos dirão que o boxe também é assim. É mesmo bastante parecido, talvez um pouco mais asséptico. Por isso nunca tive especial interesse pelo que acontece nos ringues, exceto quando seus personagens ficam notórios pelas sequelas da troca de murros ou ganham destaque em seções diferentes dos jornais. Geralmente trata-se de gente humilde e socialmente injustiçada –logo presa fácil de mafiosos sedentos de lucros bilionários derivados da exploração dos "instintos mais primitivos". Que o digam nomes como Cassius Clay, hoje confinado a uma cadeira de rodas de tanto bater e apanhar, e Mike Tyson, cujo prontuário dispensa apresentações.
Mesmo com toda a corrupção, ganância e tapetaços desacreditando atividades como o futebol, há, por enquanto, uma distinção fundamental. Dentro das quatro linhas, o desempenho não se mede pela aniquilação física do oponente. Nos octógonos de vale tudo, a conversa é outra. Quanto mais um lutador destroçar o outro, mais prestígio, dinheiro e "reconhecimento" ele terá -até o momento em que se tornar imprestável como um galo estropiado incapaz de abater rivais nos ringues clandestinos. Chamar isso de esporte ultrapassa o cinismo. É empulhação pura e simples.
Detalhe: no Brasil, os galos são bem mais protegidos. Por ilegais, rinhas podem dar cadeia a quem as promover. Nada que um bom advogado não resolva, mas o constrangimento pelo menos fica. No caso do MMA, a vida é bem mais mansa. Os organizadores apenas correm o risco de enriquecer, virar celebridades e festejar índices de audiência. Tudo embrulhado num discurso de "trabalho social" que salva jovens sem futuro e fadados ao crime.
Anderson Silva não tem que pedir desculpas ao Brasil, como fez depois da derrota.
O país é que tem que pedir desculpas a Anderson Silva.

domingo, 22 de dezembro de 2013

Hossexualidade e Pecado

Muitas seitas e religiões atacam pessoas por comportamentos, e até mesmo para  incitam a violência, indiretamente, como é o caso de discursos homofóbicos.
Lideres religiosos que pregam o desprezo a grupos de seres humanos, servem a interesses particulares e não conhecem fundamentos científicos ou simplesmente usam apenas  parte deles, para se chegar a conclusão de  que    algumas formas de viver a sexualidade, por serem doenças, podem ser mudado ou curado.
 A questão da homossexualidade é emblemática, pois qualquer pessoa com um pouco de esclarecimento sabe que não é uma opção ser homo ou hétero,  e que  não há cura para um comportamento que não é uma doença.
Imaginemos que  ser homossexual fosse uma opção,  então o jovem ficaria mais feliz de apresentar ao pai ou mãe,  andar de mão dada por locais públicos e apresentar ao amigos, uma jovem ou um jovem?
Porem o que vemos é forçar as pessoas a ser hétero "curá-la". Isso provavelmente, a curto prazo, vai se transformar em sofrimento para muita gente.
Como é a vida de uma jovem recém  casada, descobre que o companheiro não sente desejo por ela, e ele mesmo a amando, sofre por não deseja-lá?
O que  vemos na bíblia é um Jesus Cristo que veio lutar contra as injustiças sociais, pregou o amor e a paz. Naquele tempo, os pecadores apontados por Jesus eram aqueles que exploravam a alma humana em proveito próprio.
Passados dois mil anos, as coisas não mudaram muito, e o Jesus Cristo de hoje  continua não condenando a prostituta e o homossexual, mas sim aqueles que, ludibriam o povo, desviam e roubam o dinheiro público, que seriam usados para aliviar o sofrimento humano com a melhoria e a construção de novos hospitais, melhorar a educação e moradia.

Atualizado: 29/01/2014 17:09 | Por EFE Brasil, EFE Multimedia

Brasil lidera número de mortes de travestis e transexuais, aponta ONG


São Paulo, 29 jan (EFE).- O Brasil, que nesta quarta-feira celebra o Dia da Visibilidade Trans, é o país onde mais ocorrem assassinatos de travestis e transexuais em todo o mundo, segundo um relatório da ONG internacional Transgender Europe.
Entre janeiro de 2008 e abril de 2013, foram 486 mortes, quatro vezes a mais que no México, segundo país com mais casos registrados.
O relatório é baseado no número de casos reportados, o que indica que ele pode ser ainda maior e não só no Brasil, mas em todo mundo, já que países como Irã e Sudão não possuem dados disponíveis sobre este tipo de crime.
Para Keila Simpson, da Associação Nacional de Travestis e Transsexuais (Antra), o elevado número de mortes no país reflete a falta de uma lei que puna crimes de ódio contra travestis e homossexuais.
'A população LGBTT, principalmente travestis e transexuais, estão sendo dizimados neste país e isso só vai acabar com uma lei que puna estes assassinos', declarou Simpson à Agência Efe durante as ações para o Dia da Visibilidade Trans em Porto Alegre.
De acordo com a militante, a população LGBTT precisa denunciar a situação do Brasil nas Cortes Internacionais para pressioanr o poder público.
'A gente vai acabar fazendo isso por conta destes assassinatos absurdos que vemos acontecer toda hora e todo dia. Tínhamos um projeto de lei no Congresso Nacional e ele virou uma moeda de troca', criticou Keila ao se referir ao projeto de lei complementar 122/06, que tornaria a homofobia crime.
O projeto foi anexado em 2013, passando a tramitar dentro das propostas de reforma do Código Penal após forte embate político dentro da comissão de direitos humanos da Câmara, então presidida pelo deputado evangélico Marco Feliciano (PSC-SP).
'A gente vive no Brasil uma ditadura moral cristã religiosa que está enterrando todos os nossos direitos', ressalta Keila.
De acordo com os dados da Antra, somente em 2013 foram 121 casos de travestis assassinados em todo o Brasil, mas o número pode ser ainda maior devido ao alto índice de subnotificação.
'Outros homossexuais já estão com a violência tão interiorizada que quando são atacados na rua sequer pensam em denunciar porque acham que isso é muito natural', aponta Keila Simpson.
De acordo com Keila, o dia 29, data em que o país celebra o Dia da Visibilidade Trans, é importante para chamar atenção para que estas pessoas denunciem os casos de violência.
'Só tendo números expressivos vamos conseguir constituir políticas públicas e talvez uma lei federal para punir estes assassinatos e essa violência', lamentou a militante.
Copyright (c) Agencia EFE, S.A. 2010, todos os direitos reservados.



Um homossexual é morto a cada 28 horas, diz relatório

Outro dado apresentado pela organização é de que penas 30% dos casos de assassinato por homofobia tem seus autores identificados

iG Minas Gerais | DA REDAÇÃO 
Mais de 310 pessoas foram assassinadas por homofobia em 2013. O número foi revelado nesta sexta-feira (14) pelo Grupo Gay da Bahia, que divulgou nova edição do Relatório Anual de Assassinato de Homossexuais no Brasil. Isso indica que, a cada 28 horas, um homossexual é morto.
Segundo a organização, houve uma queda de 7,7% na comparação com o números de assassinatos de 2012. Para o grupo, os governos federal e estaduais não apresentam propostas efetivas para a proteção e na garantia de segurança da comunidade LGBT.
Outro dado apresentado pela organização é de que penas 30% dos casos de assassinato por homofobia tem seus autores identificados.
No geral, a região Nordeste é a que mais registre crimes desse tipo de natureza, com 43% do total de casos. O relatório também inclui na lista 10 casos de suicídios, onde a pressão homofóbica teria levado a pessoa a cometer o ato.







sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Educação, Ética e o Dedo Duro

Uma mãe apreensiva quanto a educação de seu filho, ficou em dúvida quanto a atitude dele perante uma situação conflitante entre ele e o um  amigo: ao perceber que o coleguinha havia colocado um objeto na cadeira que a professora ia senta-se, com o intuito de causar uma situação de vexame para a professora, o filho avisou-a da situação.
O amigo, que já o havia ameaçado que romperia a amizade, caso ele contasse  para a professora, realmente o fez.

O filho estava sentindo a falta a perda do amigo de escola.

Um homem adulto da família, chamou a atenção da  criança dizendo que não podemos ser "dedo duro" e que isto lhe custou  uma amizade.

Mas a criança agiu com base nos valores nos quais foi educado, isto  pode indicar uma firmeza de caráter, por que ele optou pelo caminho mais difícil, arriscar a  perder a amizade do amigo.





O Poder da Palavra

A palavra é, simplesmente implacável. Não é a toa que todo grande líder, tem um especialista em letras. A ele  confia a tarefa de escrever seu discurso, necessariamente
 uma pessoas extremamente persuasivas e grande conhecedor da língua. Enquanto muitos lideres,  preferem não cofiar  a ninguém, ele próprio escolhe  as palavras que constrói  ou desmoraliza,  com apenas uma frase mal escrita ou mal falada  .

Alguns exemplos são significativos na hora de se apropriar das palavras para validar ações ou explicar acontecimentos históricos:
Os impérios existem a milhares de anos, desde as primeiras cidades humanas, como os babilônios, que já dominavam os povos vizinhos, isto a três mil anos atrás.

No mundo contemporâneo, quando um império, um povo, invadia uma outra terra, seja por questão de perseguição religiosa, politica,  exploração de matéria prima, ou outras,  usava-se uma palavra para amenizar o impacto causado pela agressão: colonização.
Como se pode "Colonizar" , um lugar que já é habitado por muitos seres vivos,  inclusive seres humanos?Nesta forma do império construir sua visão de mundo,  esta sub entendido, em sua prepotência, a ideia de sua superioridade étnica, "eu mereço esta terra mais do que você".

O povo dominado, muitas vezes tinha superioridade cultural e organização social mais aprimorado  ao povo que o dominou, o que provavelmente  não tinham eram armas tão mortíferas quanto os invasores, e  principalmente, ao ser dominado, não tiveram a mesma possibilidade de contar os fatos.
 O  "colonizador é o que conta  o seu lado da história,  muitas vezes até de forma romanceada.  Talvez por isso, as cartas de Pero Vaz de Caminha tenha uma importância  grande para nós.

Quando um político comete uma falta, que muitas vezes significa apropriação indevida do dinheiro público,
ele corre o risco de ser pego e sofrer punição, mas a palavra usada no processo  é suavizada para que não arranhe definitivamente a imagem do parlamentar, ele não é simplesmente um criminoso,  é alguém que  faltou com decoro parlamentar.

A busca de palavras convenientes para interpretar a lei, faz toda diferença na hora de uma personalidade endinheirada  determinar qual o advogado vai  vai defende-lo, perante o juiz.

Um exemplo de como toda uma luta da sociedade pode ser manipulada pela mudança de apenas um tempo verbal, em um projeto de iniciativa popular, que impede a candidatura de políticos condenados pela justiça, foi aprovado pelo senado em 19 de maio de de 2010 e sancionado pelo então presidente Lula.
Porem, após a aprovação da lei,  uma emenda criada pelo senador Francisco Dornelles, PP do Rio De Janeiro, alterou um tempo verbal do texto original, com a má intenção de proteger aqueles políticos corruptos que foram condenados antes da sansão da lei.

O texto original dizia que seriam inelegíveis os políticos que " tenham sido condenados" e os que "foram condenados" pela justiça.  Com a alteração de Francisco Dornelles, o texto ficou " os que forem condenados". Pela alteração do texto Proposto por Dornelles, só estarão impedidos de se candidatar aqueles que condenados pela justiça, após a publicação da lei.

A questão desta alteração do texto da ficha limpa aponta para questões  éticas e práticas.
Os envolvidos  interpretarão a lei a luz de seus interesses, que embora saibamos não são muito apegados na nossa língua portuguesa, mas que possuem poder suficiente e assessores e advogados bem pagos com o dinheiro público, muito maiores que qualquer cidadão comum.


domingo, 6 de outubro de 2013

Ricos de São Paulo, Fujam Para as Montanhas


blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br
Uma amiga postou este artigo publicado no New York Times que trata dos paulistanos que vão para Nova Iorque produzir suas caras festas: São Paulo Parties on the Hudson.
Viajar é legal. Balada é legal. Mas bom senso também seria legal.
De acordo com um dos entrevistados: “Pessoas gostam de ir a festas em Nova Iorque porque podem colocar suas jóias e vestir suas bolsas legais e não se preocupar”.
Leonardo Sakamoto
A ideia presente na frase não é novidade. Ricos podem fugir, o resto que se vire. Mas é sempre incômoda quando lembrada.
Como já disse aqui, não há uma única causa para a violência mas, com certeza, a desigualdade social e mesmo a sensação de desigualdade está entre elas. Os ricos se isolam, deixando-os alheios ao resto da cidade. Corta-se com isso a dimensão de reconhecer no outro um semelhante, com necessidades, e procurar um diálogo que construa algo e não destrua pontes. Há riscos? Sempre há, ainda mais em um território que muitos têm e outros minguam. Mas segregação piora o quadro.
Carros blindados levam para as ruas da cidade a sensação de encastelamento das mansões muradas e dos condomínios fechados. Sentimento falso, pois não são muros, arames farpados e chapas de aço que garantirão efetiva segurança aos moradores de uma metrópole como São Paulo. Creio que, no final das contas, funciona como efeito placebo, mas, mais dia ou menos dia, a bomba estoura por perto.
Não estou culpando o proprietário da residência de buscar mais segurança para a família (é bom reforçar, considerando que há leitores com graves problemas cognitivos), mas se o arame não for suficiente qual será o próximo item instalado? Adotará técnicas já testadas e conhecidas, como caldeirões de chumbo derretido e arqueiros, ou abraçará de vez a tecnologia com o uso de canhões laser? O fato é que essa escalada, que caminha de mãos dadas com o discurso do medo, não tem limites. O que é ruim para os moradores e ruim para a cidade.
Temos que garantir liberdades individuais e a segurança de usufruí-las para todo mundo, ricos e pobres. Contudo, garantir o direito de sair sem ser molestado passa por ter uma sociedade menos desigual. As “hordas bárbaras” um dia vão se voltar contra os “cidadãos de bem”, ah vão. Ou o país será bom para todos ou a aristocracia que sobrar após o caos não conseguirá aproveitar o butim.
Dinheiro compra quase tudo, mas liberdade de verdade é tão barata…

domingo, 22 de setembro de 2013

Senado Aprova Projeto que Garante Atendimento Imediato Após Violência Sexual






Por Agência Estado 

Texto assegura às vítimas atendimento nos hospitais do SUS com medidas de precaução de gravidez, incluindo distribuição de pílula do dia seguinte

O Senado aprovou nesta quinta-feira (4) projeto que assegura atendimento e tratamento imediato nos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) a vítimas de violência sexual. De acordo com o texto, que agora segue para sanção da presidente Dilma Rousseff, as unidades de saúde públicas ou conveniadas ao SUS precisam oferecer atendimento "emergencial, integral e multidisciplinar" quando ocorrer "qualquer forma de atividade sexual não consentida".
A partir da sanção presidencial, a futura lei ainda levará 90 dias para entrar em vigor. Segundo a norma, os hospitais precisam oferecer medidas de precaução de gravidez, incluindo aí a distribuição da chamada pílula do dia seguinte, quando for o caso. A atuação preventiva dos médicos também se estende a doenças sexualmente transmissíveis. Lesões também deverão receber tratamento da unidade de saúde.

O projeto aprovado ontem determina que médicos  e policiais atuem em conjunto. Uma das possibilidades seria a coleta de material genético para que serviços de perícia consigam identificar o agressor via exame de DNA. A medida já é adotada e regulada por um protocolo do SUS, com a aprovação do texto pelo Senado a prática torna-se lei. O atendimento é gratuito.
Vítima
O projeto não restringe a garantia de atendimento a mulheres, mas estende esse direito a todas as possíveis vítimas de violência sexual, como homossexuais, transexuais, travestis. O texto também não faz restrição de idade ou gênero. Segundo o senador Wellington Dias (PT-PI), a falta de uma legislação disciplinando a matéria dificultava o trabalho da polícia, uma vez que não seria tão comum a prática de coletar o material genético para auxiliar na identificação do agressor. (AE)

Dilma sanciona lei que garante atendimento a vítimas de violência sexual

Por Agência Brasil 

Atendimento deve incluir o diagnóstico, tratamento e a realização de exames de gravidez e para detectar doenças



A O atendimento a vítimas de violência deve incluir o diagnóstico e tratamento de lesões, a realização de exames para detectar doenças sexualmente transmissíveis e gravidez. A lei também determina a preservação do material coletado no exame médico-legal.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que a sanção transforma em lei práticas que já eram recomendadas pelo Ministério da Saúde. “Ao ser sancionado, [o projeto] transforma em lei aquilo que já é uma política estabelecida em portaria, que garante o atendimento humanizado, respeitoso a qualquer vitima de estupro. Estou falando de crianças, adolescentes, pessoas com deficiência mental, homens e mulheres, qualquer cidadão brasileiro.”
O governo manteve na lei a previsão de oferecer às vítimas de estupro contraceptivos de emergência – a chamada pílula do dia seguinte – e vai encaminhar ao Congresso Nacional um projeto de lei complementando a forma como a prescrição está descrita na lei. De acordo com Padilha, o termo “profilaxia da gravidez” será complementado com uma explicação sobre a “administração da medicação com eficiência precoce para a gravidez decorrente de estupro”, que estava no projeto original.

 O complemento, segundo o ministro, corrige qualquer interpretação de que a medida poderia estimular abortos na rede pública.presidenta Dilma Rousseff sancionou  quinta-feira (1°) integralmente, sem vetos, a lei que obriga os hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) a prestar atendimento emergencial e multidisciplinar às vítimas de violência sexual. O projeto que deu origem à lei foi aprovado pelo Senado no começo de julho .

Sexualidade, de acordo com o MEC

   MEC. Governo brasileirode Assim, o tema Orientação Sexual deve se organizar para que os alunos, ao fim do ensino fundamental, sejam capazes:


-respeitar a diversidade de valores, crenças e comportamentos existentes e relativos à sexualidade, desde que seja garantida a dignidade do
ser humano;
• compreender a busca de prazer como uma dimensão saudável da
sexualidade humana;
• conhecer seu corpo, valorizar e cuidar de sua saúde como condição
necessária para usufruir de prazer sexual;
• reconhecer como determinações culturais as características socialmente
atribuídas ao masculino e ao feminino, posicionando-se contra discriminações a eles associadas;
• identificar e expressar seus sentimentos e desejos, respeitando os
sentimentos e desejos do outro;
• proteger-se de relacionamentos sexuais coercitivos ou exploradores;
• reconhecer o consentimento mútuo como necessário para usufruir de
prazer numa relação a dois;
• agir de modo solidário em relação aos portadores do HIV e de modo
propositivo na implementação de políticas públicas voltadas para prevenção e tratamento das doenças sexualmente transmissíveis/AIDS;
• conhecer e adotar práticas de sexo protegido, ao iniciar relacionamento
sexual.
• evitar contrair ou transmitir doenças sexualmente transmissíveis, inclusive o vírus da AIDS;
• desenvolver consciência crítica e tomar decisões responsáveis a respeito de sua sexualidade;
• procurar orientação para a adoção de métodos contraceptivo

Educação Sexual Ainda é Tabu

Especialistas defendem inclusão dos temas nos currículos de todas as escolas do País e alertam: professores não são preparados para lidar com o tema.

Mais do que ensinar conteúdos de Português, Matemática ou Geografia, a escola tem a grande tarefa de formar cidadãos. Por isso, especialistas defendem a inclusão de educação sexual nos currículos escolares das crianças e dos adolescentes brasileiros de forma sistemática, a exemplo do que ocorre fora do país. Mas fazem um alerta: primeiro, será preciso formar professores capazes de lidar com o tema.
A partir do ano que vem, todos os colégios da Inglaterra terão obrigatoriamente de incluir o tema nas aulas para crianças com mais de 7 anos. A ideia do governo inglês é que elas tenham informações sobre as mudanças do próprio corpo, os riscos de uma gravidez indesejada e aprendam a identificar possíveis violências e abusos sexuais. Com isso, o governo espera aumentar a prevenção desses casos. Na Holanda, isso já acontece com os alunos de cinco anos.
No Brasil, não há determinações para que a educação sexual faça parte dos currículos escolares. Há, sim, recomendações. Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), documentos elaborados em 1997 para orientar as escolas a montar as grades curriculares dos alunos de toda a educação básica, há um livro dedicado exclusivamente ao tema. Na introdução, fala-se da importância de se incluir a Orientação Sexual como tema transversal nos currículos.
Cada colégio, a partir daí, tem a liberdade de inserir o tema em sala de aula da forma que considerar mais eficaz. O documento enumera conteúdos a serem trabalhados com os alunos, já a partir das séries iniciais do ensino fundamental. Recomendam que as informações abordem tanto as transformações do corpo quanto os aspectos sociais e culturais, por exemplo, que envolvem a sexualidade. Os PCNs são claros ao afirmar que os aspectos biológicos do tema não devem ser os únicos tratados nas aulas.
Apesar de tudo isso, os especialistas afirmam que a educação sexual nas escolas brasileiras está longe do modelo ideal. Coletivamente, a educação sexual deve ser abordada a partir do 5° ano do ensino fundamental. Mas antes disso deve ser abordada individualmente, de acordo com a curiosidade de cada criança, opina Cláudia Bonfim, doutora e pesquisadora pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
O mais importante para Cláudia, que é também vice-presidente da Associação Brasileira de Educação Sexual (Abrades), é ampliar a abordagem feita hoje na escola e pela sociedade, que banalizou o tema na visão dela. Quando se fala do tema na escola é sempre sobre as doenças sexualmente transmissíveis, a gravidez indesejada, comenta.
Para ela, é preciso mostrar aos estudantes, além disso, que a sexualidade faz parte da natureza e da cultura do ser humano. Precisamos abordá-la de forma natural, conscientizando os adolescentes que ela exige maturidade física, psicológica e tem tempo certo para acontecer, afirma.
Além disso, é importante que a educação sexual seja trabalhada por todas as escolas. A criança e o adolescente têm direito à saúde e à educação. Para isso, eles precisam de informação. Precisamos desmistificar a educação sexual. Falar disso, não é falar de sexo explícito, ressalta a professora do Departamento de Enfermagem da Universidade de Brasília, Regina Griboski. Ela lembra que os conhecimentos sejam repassados aos estudantes de acordo com a maturidade deles. E defende a participação familiar nessa tarefa de orientação.
Resistências e entraves 
Para que a educação sexual seja uma realidade nas escolas brasileiras, é preciso superar a resistência da sociedade e a falta de preparo dos educadores. A família condicionada pela visão histórica da sociedade patriarcal e dogmática, não tem, em sua maioria, contribuído para a educação sexual, critica Cláudia. A especialista ressalta que muitas famílias preferem ignorar o tema em casa. A família precisa se reeducar também, diz.
Para Cláudia, a sociedade tem de reconstruir valores: acabar com o preconceito, combater a homofobia, rediscutir os papéis do homem e da mulher no mundo. Por isso, as mudanças na escolas e nas famílias são tão necessárias. Ao mesmo tempo em que o país precisa criar políticas específicas para a área, precisamos investir na formação do professor. Esse é um entrave para a entrada do tema nos currículos, completa Rejane.
Durante o doutorado na Unicamp, Cláudia analisou a formação dos professores da educação básica e constatou: eles não estão preparados para lidar com a educação sexual de forma completa em sala de aula. Durante a graduação, eles são formados apenas sobre os aspectos biológicos. As dimensões psicológicas e sociais que envolvem o tema são colocadas de lado.
A especialista defende a necessidade de se criar disciplinas sobre o assunto para professores de Biologia, Pedagogia e Licenciaturas antes mesmo de incluí-las nos currículos dos alunos. Não podemos desconsiderar a importância do conteúdo biológico, que é fundamental. Mas ele não é suficiente para superar as problemáticas atuais da sociedade, comenta.
    Priscilla Borges, iG Brasília 

    Escolas e Colegas São Hostis a Homossexuais, Aponta Pesquisa

    Travestis não podem usar nome feminino e frequentar o banheiro das mulheres

    Agência Brasil 

    Travestis não podem usar nome feminino e frequentar o banheiro das mulheres

    Agência Brasil 

    Travestis não podem usar nome feminino e frequentar o banheiro das mulheres

    Agência Brasil 
    As escolas brasileiras são hostis aos homossexuais e o tema da sexualidade continua sendo pouco discutido nas salas de aula. Essas são as principais constatações da pesquisa Homofobia nas Escolas, realizada em 11 capitais brasileiras pela organização não governamental Reprolatina, com apoio do Ministério da Educação.

    "A homofobia é negada pelo discurso de que não existe estudantes LGBT [lésbicas, gays, bissexuais e travestis] na escola. Mas quando a gente ia conversar com os estudantes, a percepção, em relação aos colegas LGBT, era outra", contou uma das pesquisadoras, Magda Chinaglia.

    Parte dos dados, com destaque sobre a situação na cidade do Rio, foi divulgada nesta segunda-feira, dia 4, na própria capital. Os dados completos, com informações sobre a visita a 44 escolas de todas as regiões do país e trechos de 236 entrevistas feitas com professores, coordenadores de ensino, alunos do 6º ao 9º ano, além de funcionários da rede, devem ser divulgados até o final do ano.

    De acordo com a pesquisa, os homossexuais são bastante reprimidos no ambiente escolar, onde qualquer comportamento diferenciado "interfere nas normas disciplinares da escola". "Ouvimos muito que as pessoas não se dão ao respeito. Então, os LGBT têm que se conter, não podem [se mostrar], é melhor não se mostrarem para serem respeitados", contou a pesquisadora.

    No caso dos travestis, a situação é mais grave. Além da invisibilidade, fenômeno que faz com que os alunos e as alunas homossexuais não sejam reconhecidos, nenhuma escola autorizava o uso do nome social (feminino) e tampouco o uso do banheiro de mulheres. "Os travestis não estão nas escolas. A escola exige uniforme, não deixa os meninos usarem maquiagem. Os casos de evasão são por causa dessas regras rígidas", explicou Magda.

    De acordo com a vice-presidente do Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT, Marjorie Marchi, que assistiu à divulgação dos dados, é principalmente a exclusão educacional que leva muitos travestis à prostituição. "Aquele quadro do travesti exposto ali na esquina é o resultado da falta da escola. Da exclusão", disse.

    Em relação à educação sexual, os professores alegam que o tema não é muito discutido porque as famílias podem não aprovar a abordagem. "Existe um temor da reação desfavorável das famílias, Mas isso é o que eles [os professores] dizem", afirmou Magda. "Os estudantes não colocam a família como um problema. Aqui, cabe outra pesquisa para saber se as famílias interferem", completou.

    A pesquisa não analisou especificamente os casos de violência, embora os especialistas tenham citado a ocorrência de brigas motivadas pela orientação sexual da vítima e colhido inúmeros relatos de episódios de homofobia. O objetivo é que o documento auxilie Estados e municípios a desenvolver políticas públicas para essa população.

    No Rio, as secretarias estaduais de Assistência Social e de Educação trabalham juntas num projeto de capacitação de professores multiplicadores em direitos humanos com foco no combate à homofobia. A meta é capacitar cerca de 8 mil dos 75 mil professores da rede até 2014.

    Especialistas Defendem Educação Sexual contra pornografia

    Por BBC Brasil | 21/09/2013

    Para professora da Universidade de Middlesex, educação sexual abre espaço para questões e reduz apetite por material explícito.

    Pais sempre se preocuparam com a possibilidade de seus filhos acessarem material e imagens inapropriados na internet, mas a popularização dos smartphones e dos tablets significa que os pais têm cada vez menos controle sobre as atividades online dos filhos.
    No que se refere às atitudes dos adolescentes diante da pornografia online, a educação sexual na escola seria a chave para afastá-los do risco?
    A especialista Miranda Horvarth, professora de psicologia da Universidade de Middlesex, na Grã-Bretanha, e autora de um recente estudo sobre o tema, acredita que sim.
    Para ela, a educação sexual nas escolas seria um primeiro passo fundamental para fazer com que as crianças falem mais sobre sexo e relacionamentos, o que poderia reduzir o apetite delas por materiais sexualmente explícitos.
    Segundo a pesquisa coordenada por Horvarth, a pornografia influencia as atitudes dos adolescentes em relação ao sexo e aos relacionamentos e pode levar os jovens a se iniciar sexualmente mais cedo.
    A pesquisa mostra que meninos e jovens do sexo masculino procuram pornografia muito mais que as meninas e as jovens do sexo feminino. As mulheres têm mais chances de serem expostas à pornografia de forma não intencional.
    As motivações para acessar conteúdo pornigráfico incluem curiosidade, prazer, influência dos pares e como fonte de informação.
    Espaço para questões
    BBC
    Internet tornou mais fácil o acesso de material pornográfico por crianças e adolescentes
    Horvarth diz que a chave para evitar a influência negativa da pornografia é prover às crianças e aos adolescentes um espaço para que eles formulem questões sobre pornografia e falem sobre suas experiências.
    "Os jovens têm muito a dizer sobre o tema", diz. Segundo ela, as aulas de educação sexual "não deveriam fazer juízo de valor".
    Mark Limmer, professor de Saúde Pública na Universidade de Lancaster, também na Grã-Bretanha, concorda que a educação sexual e de relacionamentos nas escolas poderia passar mensagens positivas sobre sexo.
    "Precisamos que as crianças e os jovens entendam que o sexo tem lugar em um relacionamento, que é prazeiroso e íntimo. As escolas deveriam adotar uma perspectiva saudável sobre isso", diz.
    "De certa forma, estamos sempre dizendo às crianças: 'Não faça isso'... Deveríamos ajudá-las e apoiá-las em vez de dizer não faça isso", afirma.
    Ele sugere que meninos e meninas podem ser atraídos para a pornografia se suas questões sobre sexo e relacionamentos não são respondidas na sala de aula, da mesma maneira que mensagens fortes sobre o fumo podem estimulá-las, ao invés de desestimulá-las, a provar o cigarro.
    Ele diz que isso deveria começar com aulas sobre igualdade de gênero na pré-escola e com conversas diferentes sobre sexo.
    "Se acertamos com isso no começo, as conversas depois ficam mais fáceis", diz Limmer.
    Partes do corpo
    Lucy Emmerson, da ONG Sex Education Forum, diz que "aprender sobre essas questões pode dar condições aos jovens de estar mais no controle e reduz as chances de que eles procurem respostas sobre sexo e relacionamento em outros lugares".
    Em sua opinião, tudo deve começar ensinando às crianças de escolas primárias os nomes corretos das partes de seus corpos, para que os adultos possam se sentir mais confortáveis em conversar com elas sobre isso.
    As crianças deveriam então aprender sobre o que é legal e o que é ilegal e também sobre os perigos de atitudes como o chamado "sexting" - o envio de mensagens e imagens explícitas por telefones celulares.
    "É muito importante ser proativo. Não podemos esperar que eles encontrem pornografia. Em vez disso, é melhor conversar sobre o assunto abertamente", diz.

      quarta-feira, 24 de julho de 2013

      Grã-Bretanha Proibirá Pornografia que Simula Estupro

      BBC Brasil
      Busca por site pornô - Foto: BBC
      Premiê britânico segue passos já adotados pela Escócia
      Todos os lares da Grã-Bretanha terão o acesso a sites de pornografia bloqueados por seu provedor de internet, a menos que escolham acessá-los, segundo anúncio que o primeiro-ministro, David Cameron, fará em breve.
      Além disso, Cameron tornará ilegal a posse de pornografia online mostrando imitações de estupro, colocando Inglaterra e País de Gales em linha com a Escócia, onde já havia legislação neste sentido.
      O ministro adiantou as medidas em uma entrevista à BBC neste domingo.
      Em discurso, o primeiro-ministro afirmará que o acesso à pornografia online está "corroendo a infância".
      As medidas serão aplicadas para clientes existentes e novos dos provedores -
      e caberá a estes aplicar as barreiras.
      Filtros serão ativados automaticamente para todos os novos clientes, embora eles possam optar por desligá-los.
      Milhões de usuários de computadores serão contactados pelos seus provedores de internet e informarão se querem ativar filtros para evitar que seus filhos acessem material inadequado.

      'Corrosão da infância'

      "Eu quero falar do impacto da internet sobre a inocência de nossas crianças e sobre como a pornografia online está corroendo a infância... E como, nos cantos mais escuros da internet, há coisas acontecendo que são um perigo direto para os nossos filhos, o que deve ser erradicado."
      "Eu não estou fazendo este discurso por moralismo ou alarmismo, mas porque sinto, profundamente, como político e como pai, que o tempo para a ação chegou. Isto é, simplesmente, proteger os nossos filhos e sua inocência. "

      Cameron anunciará que a posse de pornografia online retratando estupro será considerada ilegal.
      Ele também pedirá que páginas de alerta apareçam quando as pessoas tentarem procurar conteúdo ilegal.
      A legislação em vigor apenas proíbe a publicação - em papel - de representações pornográficas de estupro, e não a posse.

      'Estupro pornô'

      A iniciativa foi bem recebida por grupos e acadêmicos que fazem campanha pela proibição do "estupro pornô" de mulheres.
      Holly Dustin, diretora da ONG End Violence Against Women Coalition, disse que o grupo estava "encantado".

      "A coligação do governo se comprometeu a evitar o abuso de mulheres e meninas. E, para isso, é fundamental enfrentar uma cultura que glorifica o abuso", disse ela.
      "O próximo passo é trabalhar com especialistas para garantir a elaboração cuidadosa da lei e um financiamento adequado para garantir a lei seja cumprida integralmente."

      sexta-feira, 28 de junho de 2013

      Melhorar a Vida dos brasileiros é importante, Mas Precisamos Valorizar Mais a Vida.

      Luiz Fernando Paes

      O Brasil tem conseguido avançar e melhorar as condições
      das pessoas menos favorecidas, diminuição da mortalidade infantil, acesso a bens de consumo essenciais entre outros. Enfim os pobres estão menos pobres. 

      Em países desenvolvidos como os Estados Unidos,   a diferença entre as classes sociais tem se acentuado desde a  década de 70,  conforme pesquisa do congresso, 1% dos ricos americanos, tiveram suas rendas aumentadas em 300% entre 1979 e 2009.

      O motivo do aumento da diferença entre ricos e pobres, nos Estados Unidos é devido impostos  recaem para as pessoas menos favorecidas, que pagam proporcionalmente mais impostos.

      A elite americana que tem um forte influencia politica, apoiada pelo partido republicano, mais conservador, evita aumentar os impostos dos mais ricos,
      e para  diminuir os gastos públicos,  cortam gastos  em  programas sociais, ao contrário da proposta do Presidente Obama, que prefere um aumento de impostos para os mais ricos.



       No Brasil,a classe média aumentou 50% desde o ano   2000 e 28 milhões de pessoas saíram da pobreza   extrema.

      O aumento do salário mínimo, o bolsa família, estão sendo fundamentais para que o  Brasil tenha mais igualdade social além de mais acesso das pessoas mais humildes  a universidade,  contribui para que as pessoas sejam mais produtivas e melhorem o PIB brasileiro.


      Porém, uma das prioridades para a melhoria da dignidade dos brasileiros:  mais valorização da vida.

      A violência é citada em todas as  pesquisas como a principal preocupação do Brasileiro, cuja principal vítima é o o adolescente e o jovem, das populações mais humildes.

      Os acidentes de transito, principalmente  de motos, tem tirado a vida de tantos brasileiros.

      O crescimento econômico sustentável é o sonho de todos nós brasileiros, desde que traga qualidade de vida para todos e que venha acompanhado por esforços de toda a sociedade em tornar-lo  menos violento.  

       
       

      sábado, 15 de junho de 2013

      Generosidade é a Medida de Nossa Felicidade e Satisfação de Viver

      Luiz Fernando Paes

      O  ato de alguém estender suas mãos  tem um significado importante na vida das pessoas, é o que nos faz mais humano.

      Estender as mãos é estar pronto para ajudar o outro em suas necessidades e assim faze-lo também mais humano, em seu momento de desespero, recupera sua esperança na humanidade.

      Os seres humanos que marcaram a história foram extremamente generosos, é o caso de Ghandi, que libertou seu povo sem derramar uma gota de sangue.

      Quanta generosidade de Betinho, o "Irmão do Henfil" , que dedicou sua vida a lutar pela erradicação da fo
      me no Brasil.

      É talvez por isso que a lei maior do cristão seja "amar ao próximo como a ti mesmo" ou a fé sem obras é morta, e também um grande santo  " quem tira dos pobres para  enriquecer-se, não tem direito a felicidade".

      Triste é aquele que tem as duas mão estendidas, mas receber, mesmo com a barriga cheia, e conta bancaria "gorda".

      A felicidade que você tem é proporcional ao tamanho de sua vontade de dividir com o outro, esta lei divina é universal e incontestável.

      quinta-feira, 13 de junho de 2013

      Não Podemos Ser Uma Fraude






      Luiz Fernando Paes



      Os adultos tem se manifestado de varias formas sobre o comportamento das crianças, dos adolescentes e dos jovens, no entanto podemos dizer que o comportamento daqueles que deveriam dar o exemplo, e contribuir de forma significativa para a formação das gerações seguintes.

      Fala-se muito em crise econômica, mas a origem de todas as crises tem sua gênese na mudança dos valores ou melhor, na falta dele.



      Afinal não são os adultos que governam o pais, algumas grandes empresas, banqueiros, investidores e que estão constantemente sendo investigados por ações ilícitas, que tanto lesam a sociedade?



      Como podemos exigir dos outros comportamentos éticos quando muitas vezes não agimos de forma correta frente a tantas situações diárias?



      Podemos observar pessoas que são ótimas como pais, mas que no ambiente social ou no trabalho

      são verdadeiras fraudes ambulantes, fingindo ser o que não são ou buscando o poder e o lucro a todo custo.



      Outras pessoas são extremamente gentis e honestas, mas quando estão em casa se tornam agressivas e arrogantes, faltando com respeito com todos e muitas vezes se orgulhando de ter casos extraconjugais.



      Estamos em um tempo em que propõe homenagear as pessoas sinceras competentes, porém devemos lembrar que tais comportamentos não são méritos, deveriam ser a atitude mais comuns a qualquer cidadão ou cidadã, quando se espera que tenhamos uma sociedade mais justa e solidária.













      sexta-feira, 24 de maio de 2013

      Lucas Mendes: Status no lixo




      Gorjeta do carteiro? Confere. Gorjeta do zelador? Confere. Gorjeta do estacionamento? 8 pessoas. Putz! Confere.
      Gorjeta do entregador do jornal? Confere. Gorjeta da diarista? Confere. Do engraxate? Confere. Do garçom? Confere.
      Gorjeta do lixeiro? Nem vem qui num tem.
      O lixeiro é tão ou mais essencial no nosso dia a dia do que a maioria dos que nos servem, mas continua invisível e pouco apreciado. Chama atenção quando faz barulho ou bloqueia a rua com seu caminhão. Então mandamos recados para a mãe dele e fazemos coro de insulto na buzina.
      Nova York viveu 200 anos sem eles. Quando os moradores começaram a morrer de doenças contagiosas e intoxicações, foi criado o Departamento de Saneamento Público. Sucesso. Até então, o lixo era entregue aos porcos que viviam soltos na cidade.
      A limpeza e o fim do mau cheiro trouxeram alívio e alegria. Os lixeiros foram homenageados num desfile pela Quinta Avenida como fazem hoje com os astronautas, times campeões e outros heróis. Com suas vassouras nos ombros, foram aplaudidos do começo ao fim e não houve arremesso de papel picado das janelas.
      Quando o atual prefeito de Nova York disse que era mais perigoso ser lixeiro do que policial, levou cacetadas nos editorais e dos sindicatos, mas quando saiu o relato anual das profissões mais perigosas do país, os lixeiros apareceram em quarto lugar.
      A lista varia de ano para ano, mas a coleta de lixo está sempre entre as dez profissões mais perigosas. Lixeiros são vítimas de atropelamentos e produtos tóxicos. Policiais e bombeiros nunca entram na lista das 10 mais perigosas. Estão mais perto das profissões mais seguras do país.
      Quantos filhos ou mulheres batem no peito com orgulho para anunciar que o pai ou o marido é lixeiro? A maioria esconde, nos conta a ex-lixeira e antropóloga do lixo, Robin Nagle, que acaba de lançar o livro Picking Up, com um raio-X do lixo e dos lixeiros de Nova York. Ela passou nos testes, viveu o cheiro, os perigos, subiu na carreira, dirigiu os caminhões, enfim, fez de tudo no mundo do lixo durante dois anos.
      Com o salário, pagou parte dos estudos e hoje é professora de antropologia e estudos urbanos da New York University, mas nas várias entrevistas informa que limpar o lixo oferece gratificações pessoais mais imediatas do que o magistério. Também tem o posto de "antropóloga residente" no DSNY, Departamento de Saneamento de Nova York.
      O salário inicial da universidade é mais alto, mas empatam depois de cinco anos, na faixa de US$ 5 mil por mês (US$ 10 mil). Em ano de furacão e nevascas, com as horas extras, o salário chega a US$ 90 mil. Supervisores estão na faixa de US$ 100 mil ou pouco acima. Só 10% dos americanos ganham mais do que US$ 111 mil por ano e a maioria não têm os benefícios dos lixeiros.
      Esta semana, depois de 5 anos, a prefeitura abriu concurso para os "san men", como preferem ser chamados. Há menos do que mil vagas e mais de 32 mil candidatos dispostos a pagar US$ 49 para fazer o teste.
      A prefeitura achou que era injusto e sorteou 12 mil nomes para o concurso, entre eles um número recordista de mulheres. No momento, elas são apenas 196 numa força de 7.200 que coleta 10 mil toneladas de lixo residencial por dia e outras 2 mil toneladas de recicláveis.
      Quem ficou fora do sorteio protestou. Entre os candidatos, há filhos de lixeiros que se orgulham da profissão e do padrão de vida que receberam dos pais. Ainda são poucos, mas cada vez mais numerosos.
      Além das estatísticas, sempre importantes e quase sempre chatas, Robin conta boas histórias, inclusive sobre o vocabulário dos lixeiros. "Mongo", como substantivo, significa o lixo que tanto a população quanto lixeiros levam das ruas para casa. A rigor, o lixo pertence à cidade, mas ninguém foi preso pelo crime. O verbo, to mongo, é a prática de "mongar".
      Para os lixeiros, a primavera é "maggot", porque os vermes enchem as lixeiras; "air mail", via aérea, é lixo arremessado do alto pelos preguiçosos que não querem descer e subir escadas. Tentam arremessar os sacos na carroceria do caminhão. Raramente acertam.
      Um livro não vai transformar lixeiros em heróis, mas acelera um processo rumo ao respeito e status que merecem. Os "mongadores" não vão encontrar o livro de Robin nas latas de lixo.

      quarta-feira, 22 de maio de 2013

      bullying

       Luiz Fernando Paes
       Alguns pais e outros educadores usam a humilhação pública como forma de ensinar ou evitar alguma conduta que se considere inadequada.



       Jennifer A. Leigh, Psy.D., disse à She Knows blogue Parenting. "No entanto, a vergonha pode prejudicar o relacionamento pai-filho. As crianças aprendem rapidamente que não podem confiar em seus pais. 

       A criança precisa se sentir segura e ser capaz de confiar em seus pais. Sem essa segurança e confiança, o cérebro das crianças não crescem e se organizam de forma otimizada. Isso significa que as crianças estão em risco de pensar, de agir e de se comportar de forma prejudicial. "
      A Associação Nacional de Psicólogos Escolares, dos Estados Unidos, diz que os pais que descobrem que seu filho pratica o bullying devem adotar medidas ativas para reduzir o comportamento.

       NASP sugere explicar à criança por que o bullying é errado, discutindo alternativas para o comportamento agressivo de role-playing, que estabelece regras sobre esse tipo de comportamento e comunicação de incidentes para os funcionários da escola.

      Uma alternativa interessante  é mostrar aquele que pratica o bullying não esta prejudicando somente o outro,  mas a si mesmo, ele frequentemente  não é  bem visto  pelos colegas e a até mesmo considerado um desajustado social.