terça-feira, 11 de março de 2014

Avareza, Acumular para que?

Os ditames da avareza é captar, estocar, entesourar, conservar.
Imaginemos que, de repente diante da ameaça iminente de uma  catástrofe, As pessoas precisassem fugir rapidamente pelo mar para ocupar uma terra distante, longe do perigo.
Só há um problema: todos querem trazer seus pertences acumulados ao londo dos anos.
Então a questão maior a se pensar é esta: com os barcos super lotados, e toda a bagagem extra, os barcos não conseguem sair para o mar ou os poucos que conseguem afundam.

Na visão de mundo do avarento tudo se constitui em ter e não em ser.
Tudo pode se transformar em um objeto, a medida que posso possuí-lo.


De acordo com   Humberto Mariotti, 2001, Professor e Coordenador do Centro de Desenvolvimento de Lideranças da Business School São Paulo, " é possível dizer que as características fundamentais da avareza são: a) a exacerbação do controle, da previsão, da quantificação e da concentração; b) o conservadorismo e a repetitividade; c) a negação do aqui-e-agora, com a conseqüente projeção da vida para o futuro."

Trocamos a cooperação pela competição, mesmo que isso nos tire várias noites de sono. Não conheçamos nem nosso vizinhos do porta, os consumo de ante depressivo aumente a cada ano.


Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS),  transcritos aqui:
 a) hoje, as perturbações mentais e neurológicas atingem cerca de 400 milhões de pessoas em todo o mundo e essa cifra tende a aumentar nas próximas décadas; b) a OMS prevê que por volta de 2020 a depressão (com a alta taxa de suicídios a ela associada) ocupará o segundo lugar como causa de morte e incapacidade, logo atrás das doenças cardíacas isquêmicas; c) essas patologias — segundo a mesma agência — estão muito ligadas a modos de vida estressantes, à pobreza e à violência; d) a OMS observa que existe um mito de que as perturbações neurológicas e mentais são próprias dos países ricos,  na verdade elas constituem graves problemas de saúde pública no mundo inteiro. Esses dados foram apresentados no lançamento de uma campanha da OMS, cujo slogan é: stop exclusion — dare to care (“pare de excluir — “ouse cuidar”).

Agimos como se fossemos seres a superiores a natureza, e não parte dela. 
Em nossa visão utilitarista, que diz que tudo foi criado para nos servir, mesmo que isso lhes custe a própria vida.

Muitas pessoas agem pelo impulso  de comprar, a todo custo, mesmo que isso custe a destruição do planeta. 

O mundo, governado pelos seres humanos, Seriamente comprometido em sua própria existência pelo consumismo predatório, segue o modelo  econômico do chamados países desenvolvidos, passa a caminhar rumo a extinção, a medida que sonha em ter um patamar de consumo semelhante aos países de "primeiro mundo".  Não podemos ser tolo o suficiente para acreditar que  existe recursos para todos da mesma forma que fazem os  países desenvolvidos.


sexta-feira, 7 de março de 2014

Violência e Capital

 Luiz Fernando Paes

As pessoas andam cada vez mais assustadas com a violência .  As pesquisas tem mostrado que a violência já é a principal preocupação do  cidadão e cidadã.

Quando falamos sobre violência  estamos lidando com um tema da mais extrema complexidade, que envolve fatores individuais, sociais e governamentais.


A  análise de um dos temas que relaciona violência e capitalismo trás um aspecto preocupante:
a violência movimenta mais de 40 bilhões na economia do pais.

Podemos pensar no efetivo da policia militar.   Esta cada vez menor se comparado a segurança privada, com um aumento  exponencial de empresas de segurança privadas. Os governos fazem um movimento no  sentido de privatizar a segurança pública.


O medo assombra as pessoas, principalmente das grandes cidades, então se passarmos por um bairro de classe média, veremos cercas elétricas, muros altos, guaritas nas ruas com seguranças, carros blindados, a que custo?

Remédios contra depressão síndrome do pânico entre tantos outros

O custo difícil de computar esta dentro de casa, toda uma parafernália eletrônica por que temos medo de sair de casa, e saímos cada vez menos.

Mas talvez o maior dano seja o psicológico. Estes não tem como medir, esta impregnado em nosso corpo e em nossa mente. 
  
Mas essa conta entre a quantidade de dinheiro que a violência gera e a o quanto se perde, principalmente o governo, não fecha,  por que os prejuízos  são imensos para todos os que sofrem a violência, psicológico ou material. Ela não vem com uma marca registrada, nem sempre é prática por
um    bandido mal encarado,  pode acontecer do agressor ser uma pessoa comum, tida até então como pacífica.

A violência urbana destrói aquilo que é essencial no ser humano que é viver em sociedade, torna a vida estressante  e ameaçadora.   A violência   semeia desconfiança, inviabiliza o conceito de espaço público.  

Mulheres com mais de 70 têm 'o melhor sexo de suas vidas'


BBC Brasil Texto de Iris Krasnow

Segundo a crença popular, o desejo e a atividade sexual diminuem com a idade, especialmente nas mulheres. Mas uma acadêmica da American University, de Washington, sugere que mulheres com mais de 70, 80 ou até 90 desfrutam a melhor atividade sexual de suas vidas.
Iris Krasnow, professora de Jornalismo e Estudos Femininos, entrevistou 150 mulheres entre 20 e 90 anos sobre os seus segredos mais íntimos e teve conversas surpreendentes e reveladoras - que acabada de publicar no livro Sex After...: Women Share How Intimacy Changes as Life Changes ("Sexo depois dos...: Mulheres compartilham como a intimidade muda com as mudanças da vida",
Krasnow abordou o assunto de vários ângulos, indagando sobre a atividade sexual em diferentes fases da vida: depois da faculdade, da maternidade, da menopausa e da viuvez.
Descobriu que as mulheres mais velhas eram mais aventureiras e mais confiantes na sua sexualidade que as jovens que estão em fase de "envolvimento" ou namoro. "A era da senhora", diz.

'Frágil, enrugada e seca'

Suas entrevistadas eram de diferentes idades, classes sociais, raças, culturas e religiões. Mas o fator comum é que relatos de sexo bom estavam sempre ligados ao desenvolvimento de intimidade e conexão emocional.
"As pessoas pensam sobre o sexo até o momento em que morrem", disse Iris Krasnow, em entrevista à BBC Mundo (serviço espanhol).
E, de acordo com o que dizem, não estão só pensando, mas também praticando e se divertindo. "A era da mulher de 78 anos, frágil, enrugada e seca é coisa do passado", disse a autora.
Ela acrescentou que as mulheres entre 80 e 90 anos estão na faixa etária que mais cresce dentro da população idosa, em muitos países ocidentais. O que estamos vendo agora é não só um aumento na longevidade, mas o aumento da atividade sexual neste setor da sociedade.
Este crescimento da expectativa de vida vem com melhores remédios, mais vigor, mais exercício, melhor dieta e saúde - o que resulta numa população de terceira idade mais sexual e saudável do que antes.
Igualmente arcaico, indica Krasnow, é o mito de que as mudanças fisiológicas, como a menopausa, cirurgias de câncer ou histerectomia (retirada do útero), não permitem o desenvolvimento da atividade sexual saudável.
"Uma das minhas entrevistadas fez uma histerectomia aos 30 e, depois disso, melhorou sua vida sexual", deu como exemplo. "Também inclui no livro as histórias de mulheres de 90 que estão iniciando relacionamentos", destacou.
Segundo a especialista em Estudos Femininos, a alegada incapacidade das mulheres permanecerem sexualmente ativas na velhice é um mito perpetuado por homens mais velhos que querem firmar sua juventude e, com a ajuda de Viagra, buscam relacionamentos com mulheres mais novas.
Embora não seja necessariamente defensora do uso de medicamentos, que podem ter efeitos colaterais graves, a acadêmica argumenta que hoje há acesso a uma gama de opções de tratamentos, desde os hormonais e lubrificantes aos antidepressivos, que podem devolver o entusiasmo e a capacidade de desfrutar do sexo.

Saúde e aparência

Iris Krasnow divide as mulheres que se reencontram com sua sexualidade após os 65 anos em duas categorias:
A primeira é a do "ninho vazio" - aquela mulher que terminou de criar os filhos, adolescentes e estudantes universitários, e estes já saíram de casa.
Se antes estavam sobrecarregadas pela agitação doméstica, ocupadas em levar as crianças para lá e para cá ou preocupadas com que alguma delas a surpreendesse fazendo amor com seu parceiro, agora estão comemorando as possibilidades oferecidas por esta última fase da vida.
Essas mulheres e seus parceiros estão geralmente aposentados, mas ativos e conectados com o mundo exterior por meio de dispositivos modernos e redes de comunicação. Mas, principalmente, eles estão relaxados.
"Uma mulher me disse que, pela primeira vez, fez sexo na cozinha e estava experimentando um vibrador", disse Krasnow.
A outra categoria é a viúva. A mulher que foi casada por 55 anos e cuja vida sexual passou de ardente a aborrecida e, finalmente, inexistente. A que cuidou de seu marido doente por dez anos e o viu morrer.
"Agora essa viúva conhece outro viúvo - jogando golfe ou cartas - e os dois começam a praticar carícias de formas que nunca fizeram. Isso torna-se o melhor sexo de suas vidas", disse ela.


Uma vida ativa e saudável é importante para o sexo
Um aspecto importante é a boa saúde, conseguida através de atividade e dieta adequadas.

As pessoas que vivem um estilo de vida sedentário e comendo demais não só se sentem mal, como não gostam como se vêem, afirma Krasnow.
"Alguém com sobrepeso geralmente têm outros problemas, come para preencher um buraco em sua alma", disse ela. "Se você estiver com sobrepeso, certamente não tem boa circulação e não há irrigação para os órgãos genitais. Sexo é a irrigação", observa.
"100% das mulheres em seus 70 e 80 anos que disseram que estavam tendo um bom sexo estão em excelente condição física", contou.
Sexo, por sua vez, prolonga a vida, assegura a pesquisadora. "Fisiologicamente, mantém o coração andando, as entranhas andando, o corpo andando, a vida andando".

Intimidade

Mas o mais importante no desenvolvimento de uma boa prática sexual é a conexão emocional. O sexo é melhor quando há uma emoção igualmente profunda.
Krasnow chegou a essa conclusão depois de entrevistar milhares de casais ao longo de mais de três décadas.
"A pessoa que diz que só quer sexo sem amor mente. Todo mundo quer amar e ser amado. Isso é uma sensação primária que todos buscamos, sentir-se único nos olhos do amante", diz.
"Tudo parte de uma química sexual, explica, e, se essa química converte-se em compromisso e amor, o casal tem uma boa chance de sucesso e uma vida longa juntos. E se os dois estão de acordo com a evolução sexual de ambos, tudo fluirá bem", nota.
"Se você escolhe um parceiro desejado e sua mente pode se adaptar a um corpo envelhecido, sexualmente qualquer coisa é possível", acrescenta.
Nem tudo tem que ser sexo na cozinha ou de alta intensidade, Krasnow explica. Pode ser uma boa sessão de amasso ou uma massagem lenta e concentrada.
"O que pode ser melhor que isso? Sexo é o vínculo que temos com a nossa juventude. Nos mantém feliz, jovens e vivos".




sábado, 1 de março de 2014

Vulnerabilidade e Saúde


Luiz Fernando Paes
Coordenado  pelo cientista norte americano Johnattan Mann surgiu na época em que  a AIDS , Síndrome da Imuno Deficiência Adquirida, o conceito de vulnerabilidade, com o objetivo de  entender melhor toda a complexidade que envolve a AIDS e todas as outras doenças  sexualmente transmissíveis.
Hoje a AIDS  é melhor compreendida  e a contribuição de Johnattan sobre o conceito de vulnerabilidade, ajudou também a diminuir as doenças sexualmente transmissíveis, por reduzir preconceitos e informações erradas, além da ignorância.

No passado, na década de 80, na tentativa de diminuir a expansão da doença, difundiu-se o conceito de "grupo de risco".
Com este conceito, baseado em julgamentos morais, elegeu-se  dois grupos de risco: homossexuais e usuários de drogas.

A partir de, informações moralista passaram a orientar  comportamentos, atitudes e condutas, que as estatísticas  demonstraram não ser verdadeiras.  Desviou atenção e recursos, quando, na verdade descobri-se que toda população está exposta ao vírus e a outras doenças sexualmente transmissíveis.

Outro conceito que dificultou o monitoramento e controle da AIDS, foi "comportamento de risco",  que reduziu a responsabilidade da transmissão  apenas ao indivíduo.

Um conceito mais amplo contribuiu significativamente para o enfrentamento da infecção e a criação de políticas públicas, chamada de situação de risco, que permitiu ver as pessoas mais expostas ao vírus, como cidadãos e cidadãs,  com direito a  educação, condições dignas de vida, acesso aos serviços de saúde.


O conceito de Mann sobre vulnerabilidade abrange três questões essenciais, nos quais as responsabilidades
não estão restritas apenas ao indivíduo, mas também a sociedade e as instituições. Portanto cabe a pessoa, a sociedade e e todo poder constituído para gerar politicas públicas, que garantam acesso a informação, tratamento a toda população.

A pessoa mais vulnerável é aquela que acha que nada vai acontecer com ela.
Ao pensar assim, ignora cuidados mínimos com sua relação sexual.

A música de Maria Bethânia "cada um sabe a beleza de ser o que é", mas é importante estarmos preparados para o novo, para sabermos lidar com preconceitos, nossos medos, nossas escolhas,  para isso é importante que tenhamos uma pessoa de confiança para podermos conversar sobre nossas dificuldades.
Mostrar o que sinto, não ter vergonha de dizer que não sei sobre determinado assunto.
Muitas relações fracassam porque se espera que o homem saiba de tudo, não demonstre seus sentimentos e muito menos chore.

Muitas vezes o medo é nosso único conselheiro, então podemos tomar uma atitude precipitada, da qual poderemos nos arrepender. Assim podemos ouvir opiniões, procurar informações. Mas é importante lembrar que a reflexão pessoal no momento de tomar a decisão  é o imprescindível. Baseado apenas no que aprendemos dos outros podemos repetir erros. Somos únicos, o que serve para o outro nem sempre servirá para mim.

 Ela é "A garota dos meus sonhos" ou ele é "meu príncipe encantado", pode levar muitos pessoas a fazer escolhas apenas pela emoção, ignorando muitas vezes o fato de que fazer qualquer coisa para que ela(a) gostar de mim, as vezes pode nos expor a riscos, nos tornar mais vulneráveis. Homem também pode ser passivo, afetivo, emotivo, tolerante.

















segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Resiliência, um Conceito da Física, atualmente usado em Psicologia e Em empresas

Para a física, a resiliência é a capacidade de um determinado material, após sofrem a ação de uma força, voltar ao formato anterior.

Resiliência, na psicologia é aquela   pessoa  que, mesmo em situação adversa, consegue avançar e seguir em frente e ser bem sucedido.

Existe uma frase muito usada, que exemplifica como é a pessoa resiliente:
Quando a vida lhe da um limão faça uma boa limonada.



Desde de pequenos, somos desafiados por exemplo, a andar, mesmo com tantos tombos, não desistimos.

Mas parece que com o tempo, o medo passa a ocupar uma grande parte de nossa vida.

Ao invés de nos fortalecermos, o medo muitas vezes passa a governar nossa vidas e nos impede de chegar mais longe, mas a capacidade do ser humano de se reinventar é fantástica, e de descobrir, enxergar não só obstáculos, mas oportunidades, crescimento.



Muitos de nós conhecemos pessoas que tinham tudo para não dar certo, nascida de família muito humilde e sem estudo, inserida em um mundo hostil, violento, injusto e cruel, em vez de viver em lamentações e lamúrias, se transformou na pessoa mais determinada da escola, a melhor aluna. Fez da educação e de alguém querido, que se dedicou integralmente a ela, a motivação para alcançar o bem estar social necessário para sua felicidade, com humildade e orgulho.



Não é simplesmente ter uma atitude positiva perante os problemas, é a ação, é na maior parte do tempo ativo e não vítima dos problemas. 

É   aprender com o erro e não apenas ficar se justificando, ou tentando achar um culpado, reconhecer a própria falha, ter a mente aberta para aprender com os tombos, estar pronto a enfrentar o que vem em seguida
 Reconhecer o erro,  descobrir o que precisamos melhorar, e adaptarmos a nova situação para nos transformar .


Os cientistas Steven Southwick e Dennis Charney, da Yale University School of Medicine, recomendam 4 estratégias comprovadas cientificamente para melhorar sua resiliência:

Faça exercícios  Físicos, pelo menos uma vez por semana. 

Aceite desafios.


Faça meditação.


Passe mais tempo com pessoas queridas que você admira.  




Muitas vezes só ouvimos pessoas que tem posição e pensamento iguais ao nosso. Temos dificuldade para ouvir opiniões contrárias daquilo que acreditamos e isso pode ser a persistência que no levará ao fracasso.



Em um artigo da BBC, de  Sydney Finkestein escreveu: "O desafio de resistência não é apenas sobre as nossas vidas de trabalho. Se você é como eu, você já pensou onde resiliência vem e se perguntou se estamos ajudando nossos filhos construir esta capacidade vital para seu futuro.

Acredito que temos motivo para se preocupar . Quando os pais ajudam seus filhos a navegar, a cada situação desafiadora , de ajuda "extra" com a lição de casa, para completar aplicações da faculdade para eles, os pais estão fazendo um desserviço incrível para seus filhos.


Os pais querem proteger seus filhos de falha, mas isso priva da oportunidade de praticar e não apenas uma habilidade de vida , mas uma habilidade trabalho essencial . Quando a auto-estima torna-se mais importante do que os resultados , estamos inadvertidamente treinando os jovens a tornar-se menos adaptável, não mais".





terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Ensino de igualdade de gênero gera boicote a escolas na França


Atualizado em  29 de janeiro, 2014 -
Crianças em escola | Foto: BBC
Projeto do governo quer ensinar que não existem atividades específicas para meninos ou meninas
Alunos de escolas primárias francesas estão boicotando aulas, por iniciativa dos pais, após rumores difundidos por veículos de comunicação de que o governo criou um programa de ensino que visaria "negar as diferenças sexuais entre homens e mulheres".
Uma centena de escolas na França sofrem com um índice elevado de alunos ausentes desde a sexta-feira.
O programa pretende pôr fim a ideias homofóbicas e misóginas e mostrar que não existem atividades, inclusive recreativas, específicas para meninos ou meninas - que uma garota pode desejar ser engenheira ou bombeira e um garoto pode querer ser parteiro, por exemplo.A polêmica surgiu após a criação recente do "ABCD Igualdade", um programa dos ministérios da educação e dos direitos das mulheres e testado em mais de 600 salas de aula em todo o país, com o objetivo de transmitir às crianças o conceito de igualdade entre homens e mulheres e lutar contra os estereótipos que envolvem ambos os sexos.
Mas grupos ligados à extrema direita difundiram na internet rumores de que o governo teria tornado obrigatório nas escolas primárias o suposto ensino da "teoria do gênero", interpretado por eles como sendo algo que visa eliminar as diferenças biológicas e sociais entre os homens e mulheres e promover a homossexualidade.

Igualdade

Especialistas ressaltam que não existe uma "teoria do gênero" e sim os estudos sobre gênero (gender studies), iniciados nos Estados Unidos nos anos 60 e 70, que analisam a construção social da identidade sexual e a questão das desigualdades entre homens e mulheres.
O ministro da Educação, Vincent Peillon, declarou que o ministério "rejeita totalmente a teoria do gênero e a instrumentalização feita por pessoas da extrema direita, que estão difundindo uma ideia que causa medo aos pais de alunos".
"Queremos promover a igualdade entre homens e mulheres", afirmou Peillon.
Nesta quarta-feira, o ministro pediu a diretores de escolas para convocar os pais que não levaram seus filhos às aulas após o início dos rumores.
Muitos pais receberam mensagens pelo celular pedindo que não levassem seus filhos à escola na sexta-feira passada e também na segunda-feira desta semana para protestar contra o ensino da "teoria do gênero" e publicaram as mensagens nas redes sociais.
"Eles vão ensinar aos nossos filhos que eles não nascem meninos ou meninas, mas sim que eles escolherão seu sexo depois. Isso sem mencionar a educação sexual desde a escola maternal", diz uma mensagem reproduzida pelo jornal francês Le Monde.
O Instituto Civitas, ligado a católicos conservadores, também apoia o boicote às aulas, afirmando que o ministério da Educação estaria difundindo a "ideologia do gênero às escondidas sob pressão de movimentos gays e lésbicos".
Os boatos chegaram a afirmar ainda que o governo estaria promovendo nas escolas primárias uma introdução à sexualidade, com aulas que fariam demonstrações "explícitas" às crianças.
"Nós não falamos nada sobre sexualidade no primário. Na escola, ensinamos a igualdade entre garotos e garotas e não a teoria do gênero", declarou nesta quarta-feira Najat Vallaud-Belkacem, porta-voz do governo e ministra dos Direitos das Mulheres.
"Falamos que os meninos e meninas podem ter ambições de igualdade em relação às suas escolhas profissionais e aos seus sonhos", diz a ministra, se referindo ao programa "ABCD Igualdade".

Boicote organizado

A ideia dos opositores que difundiram os rumores é lançar um dia de boicote às aulas por mês. Na próxima semana, pedidos para faltar às aulas em algumas escolas já foram lançados.
O rumor teria ganhado força, segundo a imprensa francesa, principalmente junto aos pais com baixo nível de instrução e de religião muçulmana.
Em uma escola em Estrasburgo, no leste da França, um terço dos alunos faltou às aulas, sendo quase 90 turcos, ciganos e de origem árabe, segundo o jornal Le Figaro.
Em Meaux, periferia pobre nos arredores de Paris, considerada "zona urbana sensível", 20% dos alunos faltaram na sexta-feira, segundo a imprensa.
O governo minimiza o impacto dos rumores, afirmando que apenas uma centena das 48 mil escolas francesas foi afetada. Mas o assunto vem ganhando força no país.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Amor Meia Boca, Compromisso Meia Fase.

Impressionante como muitas pessoas, mal começam uma relação já pensando que não vai dar certo, ou na primeira dificuldade, desistem de investir em um sentimento, que poderia resultar em um relacionamento interessante para ambos.


Outras pessoas, chegam a se  casar, já pensando na possível separação, caso aconteça algo que não sai como o planejado.

Vivemos atualmente, a cultura do descarte, da reciclagem indiscriminada, onde, sem entrar na discussão de ser a favor ou contra o aborto, até mesmo um filho pode ser descartado, antes de se refletir melhor sobre o que fazer de uma gravidez inesperada.


Um exemplo, um rapaz resolveu separar-se de sua jovem esposa, em um momento que ela mais precisava dele, pois seu pai estava com um câncer. Para ele, um jovem rapaz, não interessava perder seu tempo com o problema dos "outros", sendo tão jovem e precisa aproveitar o tempo. Mas a questão que fica é: não e na tempestade que se conhece o talento do capitão do navio, para livrar todos das tormentas?

Amor meia boca, é aquele superficial, frágil, inseguro. É meia boca porque é feito pela metade, mal acabado, mal construído.



 Viver o amor profundo demanda entrega, apoio incondicional  de ambos, cumplicidade.
 É também se preparar para um grande viagem, em que a bagagem principal é a emoção. É estar com o outro pelo puro prazer de desfrutar da companhia, do dialogo, das diversidades e dissabores que podem ocorrer no decorrer desta viagem.

Amor meia boca anda de mãos dadas com o compromisso meia fase, morno, materialista, somente para as horas boas da vida. É meia fase porque, como diz a gíria, não ata nem desata, chove mas não molha.
Como quando, há falha da energia elétrica em em nossa casa, as lâmpadas piscam mas não se apagam, os aparelhos eletro eletrônicos, hora funcionam, hora falham.

Outra situação adversa,  é aquela pessoa que gasta seu tempo e energia em uma relação sem futuro.  É o caso de se ligar a pessoas violentas ou com algum vício,   no qual a pessoa não quer se tratar,  onde amor não é recíproco, entre outras.

Cada um escolhe seus caminhos e assume suas consequências mas o tempo é o grande conselheiro.
 Ele nos dirá se nossas escolhas foram boas ou se apenas, durante nossa jornada, nadamos na superfície da água, e nunca mergulhamos, passando a vida toda sem nunca descobrimos os tesouros   que nos   agradavam no leito do rio