Os ditames da avareza é captar, estocar, entesourar, conservar.
Imaginemos que, de repente diante da ameaça iminente de uma catástrofe, As pessoas precisassem fugir rapidamente pelo mar para ocupar uma terra distante, longe do perigo.
Só há um problema: todos querem trazer seus pertences acumulados ao londo dos anos.
Então a questão maior a se pensar é esta: com os barcos super lotados, e toda a bagagem extra, os barcos não conseguem sair para o mar ou os poucos que conseguem afundam.
Na visão de mundo do avarento tudo se constitui em ter e não em ser.
Tudo pode se transformar em um objeto, a medida que posso possuí-lo.
De acordo com Humberto Mariotti, 2001, Professor e Coordenador do Centro de Desenvolvimento de Lideranças da Business School São Paulo, " é possível dizer que as características fundamentais da avareza são: a) a exacerbação do controle, da previsão, da quantificação e da concentração; b) o conservadorismo e a repetitividade; c) a negação do aqui-e-agora, com a conseqüente projeção da vida para o futuro."
Trocamos a cooperação pela competição, mesmo que isso nos tire várias noites de sono. Não conheçamos nem nosso vizinhos do porta, os consumo de ante depressivo aumente a cada ano.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), transcritos aqui:
a) hoje, as perturbações mentais e neurológicas atingem cerca de 400 milhões de pessoas em todo o mundo e essa cifra tende a aumentar nas próximas décadas; b) a OMS prevê que por volta de 2020 a depressão (com a alta taxa de suicídios a ela associada) ocupará o segundo lugar como causa de morte e incapacidade, logo atrás das doenças cardíacas isquêmicas; c) essas patologias — segundo a mesma agência — estão muito ligadas a modos de vida estressantes, à pobreza e à violência; d) a OMS observa que existe um mito de que as perturbações neurológicas e mentais são próprias dos países ricos, na verdade elas constituem graves problemas de saúde pública no mundo inteiro. Esses dados foram apresentados no lançamento de uma campanha da OMS, cujo slogan é: stop exclusion — dare to care (“pare de excluir — “ouse cuidar”).
Agimos como se fossemos seres a superiores a natureza, e não parte dela.
Em nossa visão utilitarista, que diz que tudo foi criado para nos servir, mesmo que isso lhes custe a própria vida.
Muitas pessoas agem pelo impulso de comprar, a todo custo, mesmo que isso custe a destruição do planeta.
O mundo, governado pelos seres humanos, Seriamente comprometido em sua própria existência pelo consumismo predatório, segue o modelo econômico do chamados países desenvolvidos, passa a caminhar rumo a extinção, a medida que sonha em ter um patamar de consumo semelhante aos países de "primeiro mundo". Não podemos ser tolo o suficiente para acreditar que existe recursos para todos da mesma forma que fazem os países desenvolvidos.

Projeto do governo quer ensinar que não existem atividades específicas para meninos ou meninas
Alunos de escolas primárias francesas estão boicotando aulas, por iniciativa dos pais, após rumores difundidos por veículos de comunicação de que o governo criou um programa de ensino que visaria "negar as diferenças sexuais entre homens e mulheres".
Uma centena de escolas na França sofrem com um índice elevado de alunos ausentes desde a sexta-feira.
O programa pretende pôr fim a ideias homofóbicas e misóginas e mostrar que não existem atividades, inclusive recreativas, específicas para meninos ou meninas - que uma garota pode desejar ser engenheira ou bombeira e um garoto pode querer ser parteiro, por exemplo.A polêmica surgiu após a criação recente do "ABCD Igualdade", um programa dos ministérios da educação e dos direitos das mulheres e testado em mais de 600 salas de aula em todo o país, com o objetivo de transmitir às crianças o conceito de igualdade entre homens e mulheres e lutar contra os estereótipos que envolvem ambos os sexos.
Mas grupos ligados à extrema direita difundiram na internet rumores de que o governo teria tornado obrigatório nas escolas primárias o suposto ensino da "teoria do gênero", interpretado por eles como sendo algo que visa eliminar as diferenças biológicas e sociais entre os homens e mulheres e promover a homossexualidade.
Igualdade
Especialistas ressaltam que não existe uma "teoria do gênero" e sim os estudos sobre gênero (gender studies), iniciados nos Estados Unidos nos anos 60 e 70, que analisam a construção social da identidade sexual e a questão das desigualdades entre homens e mulheres.
O ministro da Educação, Vincent Peillon, declarou que o ministério "rejeita totalmente a teoria do gênero e a instrumentalização feita por pessoas da extrema direita, que estão difundindo uma ideia que causa medo aos pais de alunos".
"Queremos promover a igualdade entre homens e mulheres", afirmou Peillon.
Nesta quarta-feira, o ministro pediu a diretores de escolas para convocar os pais que não levaram seus filhos às aulas após o início dos rumores.
Muitos pais receberam mensagens pelo celular pedindo que não levassem seus filhos à escola na sexta-feira passada e também na segunda-feira desta semana para protestar contra o ensino da "teoria do gênero" e publicaram as mensagens nas redes sociais.
"Eles vão ensinar aos nossos filhos que eles não nascem meninos ou meninas, mas sim que eles escolherão seu sexo depois. Isso sem mencionar a educação sexual desde a escola maternal", diz uma mensagem reproduzida pelo jornal francês Le Monde.
O Instituto Civitas, ligado a católicos conservadores, também apoia o boicote às aulas, afirmando que o ministério da Educação estaria difundindo a "ideologia do gênero às escondidas sob pressão de movimentos gays e lésbicos".
Os boatos chegaram a afirmar ainda que o governo estaria promovendo nas escolas primárias uma introdução à sexualidade, com aulas que fariam demonstrações "explícitas" às crianças.
"Nós não falamos nada sobre sexualidade no primário. Na escola, ensinamos a igualdade entre garotos e garotas e não a teoria do gênero", declarou nesta quarta-feira Najat Vallaud-Belkacem, porta-voz do governo e ministra dos Direitos das Mulheres.
"Falamos que os meninos e meninas podem ter ambições de igualdade em relação às suas escolhas profissionais e aos seus sonhos", diz a ministra, se referindo ao programa "ABCD Igualdade".
Boicote organizado
A ideia dos opositores que difundiram os rumores é lançar um dia de boicote às aulas por mês. Na próxima semana, pedidos para faltar às aulas em algumas escolas já foram lançados.
O rumor teria ganhado força, segundo a imprensa francesa, principalmente junto aos pais com baixo nível de instrução e de religião muçulmana.
Em uma escola em Estrasburgo, no leste da França, um terço dos alunos faltou às aulas, sendo quase 90 turcos, ciganos e de origem árabe, segundo o jornal Le Figaro.
Em Meaux, periferia pobre nos arredores de Paris, considerada "zona urbana sensível", 20% dos alunos faltaram na sexta-feira, segundo a imprensa.
O governo minimiza o impacto dos rumores, afirmando que apenas uma centena das 48 mil escolas francesas foi afetada. Mas o assunto vem ganhando força no país.