quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Brasileiros realmente admiram a França e o povo francês

Luiz Fernando Paes

Os valores franceses causam admiração dos brasileiros, como sua fé na democracia, na forma como fazem política.  Podem imaginar um país onde alguns políticos, como prefeito de uma região de Paris, não recebem salário nem mordomias?  Pude ver um prefeito de uma cidade francesa, próxima de lyon, realizar um casamento num sábado a tarde.

O espírito de tolerância, também prevalesse. O interesse público, o bem coletivo sobrepõe ao particular, aplicação responsável dos recursos públicos.

Paga-se muito imposto, mas os serviços oferecidos pelo governo são de qualidade, por isso as pessoas não se revoltam.

Os índices de assassinatos são baixíssimos, como em  quase toda a Europa. Valoriza-se muito a vida.


Se a Inglaterra foi a responsável pela revolução industrial,a França marcou seu espaço na historia por contrapor o absolutismo das monarquias.  A revolução de 1789, o século das luzes, modelo que incentivou e inspirou a independência de diversas nações por todo mundo, enfim dos valores do iluminismo.  Respeito aos valores republicanos, presentes em sua cultura, visão de mundo e na pratica diária.


O laicismo também é um componente importante neste povo. A proibição do véu islâmico em prédios públicos é uma decisão sobre a laicidade da nação.  Não há imposição de religião as pessoas, nas escolas em órgãos do governo. Situação diferente acontece no Brasil, que apesar do estado se declarar laico, existem muitos feriados religiosos, tenta-se colocar aula de religião nas escolas,  e sabemos que políticos fazem cultos religiosos até na  câmara dos deputados, símbolo do poder público federal.

Berço de grande  pensadores, escritores, filmes que além de qualidade, muitos conseguem fugir do clichês hollywoodianos.

A França é consagrada por defender a liberdade, pela proteção e respeito as minorias, além de ampliar os direitos humanos.

Tomara que com os ataques a Paris, em novembro desse ano, não aconteça um retrocesso em relação a todo esse processo de valorização da liberdade na historia francesa, rompendo o delicado equilíbrio entre liberdade e segurança, como vimos acontecer no atentado de 11 de setembro nos E.U.A, quando se restringiu os direitos das pessoas à liberdade, com o Ato Patriota, declarado pelo então presidente George Bush, que a partir desse ataque as Torres Gêmeas, usou como pretexto para agir fora das convenções internacionais.

O ataque a Paris não pode justificar uma declaração de guerra brutal na Síria e no Iraque, pois sabemos que as principais vitimas serão civis indefesos, como mulheres, crianças e idosos.

A maioria dos muçulmanos são tão pacíficos como de qualquer outra religião, não existe guerra santa, são mortes de indefesos que não pode ser justificada por motivo algum, por nenhum deus.

Vingança e ódio não podem ofuscar uma nação  e apagar seu brilho.

Que os franceses não façam como o governo norte americano,  com mentiras  e falsidade, semeando o ódio entre o povo norte americano contra religiões. Más lembranças do massacre aos vietnamitas e milhares de  jovens soldados norte americanos, o ataque ao Kwait mais recentemente e ao Iraque, com o pretexto de destruir armas químicas que nunca existiram.

Queremos, como muitas outras nações, continuar admirando todo os valores construídos ao longo de anos pelos franceses, e acreditamos que, embora tenhamos de conviver com a morte de 129 inocentes dos atentados recentes, a França continue  sendo o exemplo a ser seguidos por outras nações por sua integridade e valorização da vida.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Quando Uma Nação é Efetivamente Uma Democracia Legitima? A PEC 215

Luiz Fernando Paes


A efetivação de uma democracia passa necessariamente por um governo forte ou pelo menos, que seja capaz de garantir o cumprimento das leis constitucionais ou que ela não seja modificada para
atender ao interesse de pequenos grupos, mas com grande poder econômico e politico.

Nos últimos anos, estamos vendo revogadas o direito de povos brasileiros historicamente esquecidos, que com a Constituinte de 1988 puderam ser contemplados.

Em uma democracia efetiva quem deveria ser escutado os índios, verdadeiros  donos da terra ou banqueiros, madeireiros, ruralista (  ou o verdadeiro nome seria latifundiário) que tem como único objetivo o lucro fácil, a exploração e destruição da natureza?

Com a PEC 215  (PEC é Proposta de Emenda à Constituição (PEC) é uma atualização, uma emenda à Constituição Federal. É uma das propostas que exige mais tempo para preparo, elaboração e votação, uma vez que modificará a Constituição Federal), Que na pratica representa uma brecha na lei para ação de lobistas de grupos poderosos defenderem seus interesses, que muitas vezes fere o direito de toda a população e  coloca em risco um grande avanço da constituição promulgada em 1988, no qual estabelece que demarcação  de terras indígenas seja feita pelo poder executivo ou seja, o governo federal.

Desde então, após a cosntituuição de 1988, muitas terras foram devolvidas aos seus verdadeiros donos, os índios, e está em andamento novos processos de devolução ( demarcação), que serão prejudicados, caso seja aprovada. a PEC 215 

Com a PEC 215, passaria para o legislativo essa incumbência de votar pela demarcação ou não terras para a população indígena.

A grande questão levantada pela população brasileira mais esclarecida é que o legislativo passa por uma crise ética sem precedente. Nunca se legislou em causa própria como nos últimos anos. Conforme consta nos tribunais eleitorais, muitos dos deputados receberam dinheiro para suas campanhas politicas de empresas interessadas em terras  indígenas, o que compromete a isenção ética necessária para o Câmara de deputados julgar a demarcação de terras.

Pela lógica histórica, além de serem os verdadeiros donos da terra, são os índios que sabem cuidar como ninguém dela. Para os índios, a terra é parte de sua própria identidade, sem ela não tem como sobreviverem, isso podemos observar no alto índice de suicídio entre os jovens indígenas, que veem  sendo expulsos de suas terras há 515 anos .   E por acaso estariam os grandes grupos econômicos se esquecendo que sem  água e  vegetação, não há com ter o agronegócio?

As grandes corporações devem ceder à sua ganancia desenfreada e pensar nas consequências  da busca do lucro fácil e a qualquer custo,  amenos que sejam totalmente acéfalos ou não vão deixar qualquer descendentes sobre a terra.

   

Site da comissão ca câmara federal sobre a PEC 215/ 2000 :http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-temporarias/especiais/55a-legislatura/pec-215-00-demarcacao-de-terras-indigenas

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Brasil, pais Feliz?

Luiz Fernando Paes

Quando os primeiros europeus chegaram ao Brasil pela primeira vez, com o objetivo de ocupar a nova conquista da Coroa portuguesa, os navegantes ficaram vislumbrados com o que viram.

O primeiro impacto foi acharem que tinham chegado ao paraíso terrestre.

Deste momento em diante, começa a se delinear os contornos do que seria mais tarde, a nação brasileira.

Hoje, passados 515 anos, muitos traços desta época permanecem intactos, e marcaram definitivamente o perfil do "caráter" do  brasileiro.

Uma dela é como foi distribuído o espaço e para quem foram dadas a terras, que se constituíram, ao longo do tempo em propriedades.

Grandes latifúndios se formaram, Famílias começaram a dominar o cenário politico e econômico, consolidando seu poder ao longo de todos esses anos, coordenados por um patriarca, chamado com orgulho de "coronel", influenciou a formação de instituições, politicas econômicas e sociais.

Os conflitos de interesse foram se consolidando entre o direito de poucas pessoas ou corporações a um grandes porções de terra e o direito da grande maioria possuir um pedaço pequeno de terra para plantar ou construir sua casa?

É interessante refletir que o Brasil tendo um dos maiores territórios do planeta, milhões de pessoas
não tem uma casa para morar, enquanto uma única pessoa é dona de 80  fazendas, algumas delas maiores que cidades.

Longas e antigas discussões se fazem em torno da questão sobre como seria este pais se não tivessem sido os portugueses   a dominarem estas terras, visto que chegaram aqui também franceses, holandeses, na tentativa também terem suas partes de território.

A pergunta mais acertada a se fazer sobre o povo que ocupa outra terra seria qual o motivo da ocupação e nem tanto qual o povo. No caso brasileiro, a intenção de Portugal era de exploração de recursos naturais e mesmo para enviar para cá pessoas com problemas na justiça, órfãos entre outros,
Não consta que outras nações europeias tinhas intenções diferentes dos portugueses.

A ocupação do território ao norte do continente americano se deu de forma diferente, ingleses irlandeses, vinham da Europa fugindo de perseguição religiosa e enquanto na America do   Sul,     padres vieram ensinar prioritariamente a religião e em segundo plano, outros conhecimentos, no Norte,    professores vinham para ensinar e preparar para a formação de uma  nova nação e em  segundo plano, a religião.

É muito interessante pensarmos em um pais multi étnico, que com o passar dos anos foi se tornando cada vez mais complexo culturalmente e muitas nações tem sua cumplicidade, em todos os aspectos de sua formação se juntaram aos índios  nativos e africanos e portugueses.

Se no incio ela foi uma colonia de exploração, posteriormente, principalmente próximo ao século XVIII,  o Brasil passou a receber pessoas de toda a Europa, Asia, por motivos variados, mas principalmente fome e guerra. exemplo Americana, Nossa Odessa e Santa Barbara, vindos dos E.U.A por motivos políticos e guerra separatista ,   Castro e Holambra vindos da holanda, Comunidade Helvétia (Indaiatuba) Suiços, Penedo vindo da Irlanda, Valinhos, Vinhedo,  Itatiba e várias cidade do sul, Blumenau, Pomerode,Alemães,

Toda essa variedade étnica e cultural se incorporou na formação da nação brasileira, com suas contribuições na culinária, linguagem,dança, muitas entre tantas outras características.



www.Pesquisa.com

O Café e a Imigração - Que História É Esta?   Autor: Freitas, Sonia Maria de
   Editora: Saraiva

 Cem Anos de Imigração Japonesa - História , Memória e Arte   Autor: Tanno, Janete Leiko; Okamoto, Monica Setuyo; Hashimoto, Francisco
   Editora: UNESP

 Os Judeus no Brasil - Inquisição, Imigração e Identidade   Autor: Grinberg, Keila
   Editora: Civilização Brasileira

 Sobô - Uma Saga da Imigração Japonesa   Autor: Ishikawa, Tatsuzo
   Editora: Ateliê

 Atlas da Imigração Internacional de São Paulo 1850-1950   Autor: Bassanezi, Maria; Scott, Ana; Bacellar, Carlos A. Prado
   Editora: UNESP

 Cartografias da Imigração - Interculturalidade e Políticas Públicas   Autor: Jardim, Denise Fagundes
   Editora: UFRGS

 Políticas de Imigração na França e nos Estados Unidos   Autor: Reis, Rossana Rocha
   Editora: Hucitec

 Sol Nascente - Um Relato Foto - Histórico - Geográfico da Imigração Japonesa   Autor: Kuazaqui, Edmir; Kuazaqui, Edna
   Editora: Marco Zero

 A Grande Emigração - O Êxodo dos Italianos do Vêneto para o Brasil   Autor: Franzina, Emilio
   Editora: UNICAMP

 A Imigração Italiana no Brasil - Coleção Que História É Esta ?   Autor: Bertonha, Joao Fabio
   Editora: Saraiva

 A Política Portuguesa de Emigração - Coleção História   Autor: Pereira, Mirian Halpern
   Editora: EDUSC

 História oral da imigração libanesa   Autor: Gattaz, A. C.
   Editora: Pontocom

 História oral de Chilenos em Campinas   Autor: Fernandez, V. P. R.
   Editora: Pontocom

 Centenário da Imigração Japonesa no Brasil   Autor: Faccio, Matheus; Ohno, Massao
   Editora: Larrouse Brasil






quinta-feira, 15 de outubro de 2015

A CONSTRUÇÃO DA AUTO ESTIMA

LUIZ FERNANDO PAES

A construção da auto estima é extremamente interessante e compõe uma complexidade imensa de elementos psíquicos emocionais, culturais, antropológicos entre outros.

Fatores passivos e ativos se incorporam a formação psíquica da criança desde sua concepção.
O quanto ela é desejada  já no ventre, como o tom da palavra que lhe é dirigida, sons afagos na barriga.

Fatores geográficos como onde nasceu e onde ira viver,  um exemplo tipico: uma criança com dons especiais, terá mesma chance de se expressar, se tiver nascido e viver na Africa ou na  Europa Ocidental?

Questões como sexo masculino e feminino, inserida em questões de gênero, favorecem um ou outro sexo, e já sabemos qual é o privilegiado.

Na primeira infância, a dependência de  outras pessoas para nos dizer quem somos, quais nossas habilidades  e de que somos capazes é quase que total, é uma reação quase que passiva à construção de nossa auto estima.

A medida que crescemos, nos tornamos mais um pouco mais independentes, Mais ativos quanto a descobrirmos quem somos no mundo e nossa importância.

A partir desta fase, podemos nos deixarmos influenciar  em maior ou menor grau  as pessoas com quem convivemos.

Qual a importância de lidarmos com maior autonomia com  nossa auto estima?
Provavelmente a resposta mais ponderada seria nos importarmos mais com quem realmente se importa conosco  e não nos aprofundarmos com aquelas que pouco nos conhece ou acumula sentimentos controversos em relação a nossa pessoa.

Isso não quer dizer que só ouviremos ou conviveremos com quem só fala bem de nós, aqueles aduladores, chamados baba ovo, comuns nos meios das "celebridades", que só servem para alimentar um ego frágil e que causa tanta deformação nas relações humanas. A construção de uma auto estima saudável passa, necessariamente, pela critica de nossas falhas, nos momentos adequados.












 

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Imagem Corporal e Auto Estima

Luiz Fernando Paes

A auto estima é construída, a partir do  momento em que nascemos ou até mesmo antes, na gestação, a criança já  capaz de sentir os estímulos do ambiente.
E assim vamos mentalizando  e incorporando como as pessoas nos tratam e que falam para nós.

Em um mundo midiático e visual, os modelos propostos socialmente são cada vez mais difíceis de ser alcançados e neste aspecto a família tem um papel essencial, juntamente com a escola, pois são estas as principais referencias  da criança para a na sua caminhada em formação a sua auto imagem.
As pesquisas com crianças do Reino Unido, apontam que, existem crianças com 7 anos que já querem fazer dieta, pois estão insatisfeitas com seu corpo, por acharem que não se enquadram nos padrões dominantes.


Já a um tempo atrás pensadores de marketing e propaganda descobriram a criança como forma de impulsionar o consumo, colocando a criança em uma posição de impor seu gosto e preferencia acima da autoridade dos pais.

As consequências que vieram depois não fora muito animadoras, pois a partir de programa infantis, cujo melhor exemplo no Brasil foi da Rede Globo de Televisão, que com   o comando De Xuxa Menegel, passou a mostrar a criança como um adulto em miniatura, esmerando com cuidado a produção de uma criança sexualizada precocemente, reforçando que para ser feliz é essencial ter uma aparência, impregnando na mente da criança que você só esta bem se for magro(a) e esbelto(a) e balança o indicador principal de bem estar dele (a).

Os pais e a escola podem mostrar os verdadeiros valores para a criança, reforçando suas qualidades e indicando que o peso deve ser pensado como uma questão de saúde, por meio de uma alimentação saúde e equilibrada, de exercícios físicos em substituição ao tempo gasto em excesso com TV e computadores. Essa talvez seja forma mais correta para educar para uma vida mais segura e equilibrada.

 Uma vez que os pais que, consciente ou inconscientemente são os modelos
das crianças,  que por sua vez também sofrem constantemente a influencia da publicidade, em sua preocupação exagerada com o corpo, com frases do tipo "preciso emagrecer,"pessoas gordas são feias", influenciam seus pequenos, desenvolvendo um sentimento de insegurança quanto ao desenvolvimento do corpo.

A criança pode, assim como o adulto extravasar  e exprimir suas emoções e frustrações por meio do consumo de alimentos, que muitas vezes acalma, como a mamadeira do bebê, que o faz sentir-se melhor. Assim sentimentos confusos e antagônicos podem estar presentes na vida da criança, a mesma comida que o faz sentir mais calmo, em excesso o faz engordar e criar frustração, criando a sensação de que ele não tem controle sobre a própria vida, por não saber quando parar de comer.





domingo, 13 de setembro de 2015

AMOR EM BAIXA, SEXO CASUAL EM ALTA

POr Luiz Fernando Paes
 Nos  tempos de popularização da conectividade na internet, talvez o que mais mudou no mundo ocidental foram os relacionamentos.

Nas vitrines das redes sociais, se vê de tudo.
Dezenas de aplicativos ou assemelhados, para se encontrar sexo sem compromisso.
 Mesmo para os casados ou casadas, existem sites específicos para traição.

O que se vê é uma busca total do prazer pelo prazer.

Sem ter a intenção de fazer um comentário de fundo moral, as pessoas parecem que não estão mais interessadas no amor, observe que eu não falo  de homem ou mulher, talvez as mulheres tenham se cansado da cultura machista que sempre lhes foi imposta, e buscam novas formas, assim como o homem, de satisfazer suas carências afetivas.

Investir no amor dá trabalho, oferece riscos, tempo, decepções e ilusões. Já o sexo ocasional, desse nós  não saberemos daqui a alguns anos suas consequências, por ser um comportamento relativamente novo.

Construir intimidade, comprometimento, companheirismo, tem seus riscos, mas suas compensações,
pois trás conforto psicológico, bem estar,desenvolve habilidades sociais.

Compartilhar sonhos e conquistas,  decepções, e frustrações, fortalece vínculos e enriquece o ralacionamento.

Biologicamente, é mais complexo para a mulher, caso ela se relacione, o que não é mais incomum, com um homem, uma única noite, e engravide, ela não terá contato com o futuro pai de seu filho. Menos ainda  o filho.

O que as gerações anteriores, pais, avós, bisavós.....deixaram de exemplos para a geração atual?

domingo, 30 de agosto de 2015

A industria mais poderosa do mundo: armamento Muitos querem a paz, mas para os governos, a guerra é mais lucrativa.



Luiz Fernando Paes

Nações com a norte americana estão em estado permanente de guerra. A busca constante por novos inimigos, a mesma pergunta, qual será o próximo.

A industria do conflito, da morte, movimenta a lucrativa indústria da guerra.

A hegemonia norte americana e também o título de policia do mundo, guardião planetário, bem inflado pela propaganda em massa dos filmes hollywdianos, tem feito muitas vítimas, também dentro do próprio território norte americano.

Ex combatentes que voltam dos conflitos com comprometimento mentais e físicos, são esquecidos pelos governo e não conseguem mais se adaptar a vida social e familiar.

os drones, que estão sendo usados como armamento, tem preocupado especialistas, por fazer muitas  vítimas civis, inclusive crianças, a alegada precisão cirúrgica é impraticável,  tanto que os controladores desses artefatos precisam ser substituídos constantemente pelo desgaste e  desespero pelas mortes.

E os próprios países que desenvolvem essas tecnologias tornam a população vulnerável a
 elas, pois elas se tornam acessível a qualquer grupo radical, inclusive terrorista.
 Um exemplo é o que conteceu em outubro do ano passado na frança conforme puplicou o jornal El Pais em 31  de outubro :

Drones põem em xeque a segurança das usinas nucleares francesas

Pequenas aeronaves não identificadas sobrevoaram 9 das 19 insta




Mais de 1.000 cientistas, especialistas em inteligencia artificial, escreveram um documento em julho de 2015, na capital Argentina, Buenos Aires, sobre o uso de robôs autônomos em guerras, adivertindo os perigos do uso de tal armamento por não possuir um critério ético.  

Reportagem na  Integra do Jornal El Pais de 28 de julho de 2015

Cientistas contra robôs armados

Cerca de 1.000 especialistas em inteligência artificial criticam as armas autônomas porque estas não possuem critérios éticos


Campanha contra o uso de robôs na guerra, em Londres em 2013. / AFPA inteligência artificial está atingindo um desenvolvimento tão intenso que inquieta até seus pesquisadores pelo uso indevido que se pode fazer dela. Mais de 1.000 cientistas e especialistas em inteligência artificial e outras tecnologias assinaram uma carta aberta contra o desenvolvimento de robôs militares autônomos, que prescindam da intervenção humana para seu funcionamento. O físico Stephen Hawking, o cofundador da Apple Steve Wozniak, e o do PayPal, Elon Musk, estão entre os signatários do texto, que foi apresentado na terça-feira em Buenos Aires, na Conferência Internacional de Inteligência Artificial, um congresso onde estão sendo apresentados mais de 500 trabalhos dessa especialidade e ao qual comparecem vários signatários do manifesto.
O documento não se refere aos drones nem aos mísseis comandados por humanos, mas a armas autônomas que dentro de poucos anos a tecnologia de inteligência artificial poderá desenvolver e isso significaria uma “terceira revolução nas guerras, depois da pólvora e das armas nucleares”.
Especialistas reconhecem que existem argumentos a favor dos robôs militares, como o fato de que reduziriam as perdas humanas em conflitos bélicos. Ao contrário das armas nucleares, as autônomas não apresentam custos elevados e nem requerem matérias-primas difíceis de obter para sua construção, de acordo com os signatários. Por isso eles advertem que é “apenas uma questão de tempo” para que essa tecnologia apareça no “mercado negro e nas mãos de terroristas, ditadores e senhores da guerra”.

“Não se trata de limitar a inteligência artificial, mas de introduzir limites éticos nos robôs, torná-los capazes de viver em sociedade e, sim, rejeitar claramente as armas autônomas sem controle humano”, explica Francesca Rossi, presidenta da conferência internacional e uma das signatárias do texto. “Com a carta queremos tranquilizar as pessoas que a partir de fora deste mundo olham a inteligência artificial com uma preocupação às vezes exagerada. Nós também estamos interessados em limites éticos. Queremos reunir não apenas especialistas no assunto, mas filósofos e psicólogos para conseguir impor limites éticos aos robôs semelhantes aos dos seres humanos”, enfatiza.“Elas são ideais para assassinatos, desestabilização de nações, subjugação de populações e crimes seletivos de determinadas etnias”, alertam os cientistas, que propõem que a inteligência artificial seja usada para proteger seres humanos, especialmente civis, nos campos de batalha. “Começar uma carreira militar nas armas de inteligência artificial é uma má ideia”, advertem. Os cientistas comparam essa tecnologia com as bombas químicas ou biológicas.

O perigo de reprogramar

O argentino Guillermo Simari, da Universidade Nacional del Sur, organizador do congresso, compartilha da filosofia da carta. “As máquinas podem tomar decisões com as quais o ser humano não está de acordo. Os homens têm filtros éticos. É possível programar um filtro ético para a máquina, mas é muito fácil removê-lo”. Simari acredita que o grande problema é a facilidade com que se pode reprogramar uma máquina. “Para fazer uma bomba atômica é preciso urânio enriquecido, que é muito difícil de conseguir. Para reprogramar uma máquina militar basta alguém com um computador digitando programas”.
No congresso também estão presentes aqueles que são contra a filosofia da carta. “Estão aqui os que acreditam que devemos continuar desenvolvendo a inteligência artificial e que ela pode ser controlada”, diz Ricardo Rodríguez, professor da Universidade de Buenos Aires e organizador do encontro. O debate entre os cientistas está vivo e agora passará para toda a sociedade.


Mais de 1.000 testes nucleares feitos na crosta terrestre, nos oceanos, deixaram suas cicatrizes profundas, além de toda radiação espalhada pela terra, ar e  aguá.  Lixo atômico, resultado da detonação de testes nucleares, foram armazenados 
em estruturas que correm o risco de, mediante a um fenômeno como um grande maremoto, possam destruir essas estruturas e deixar vazar todo o conteúdo radioativo 
 Só nos resta esperar que, em algum momento, a força das palavras tenha mais poder que as armas, e que a militarização do planeta, seja por qual for o motivo, trás consequências terríveis para toda a humanidade.

Aqui uma reportagem na íntegra, sobrre os resíduos atômicos depositados em ilhas paradisíacas, pelo jornal The Guardian:

This dome in the Pacific houses tons of radioactive waste – and it's leaking
The Runit Dome in the Marshall Islands is a hulking legacy of years of US nuclear testing. Now locals and scientists are warning that rising sea levels caused by climate change could cause 111,000 cubic yards of debris to spill in

The radioactive dome on Enewetak atoll.
Coleen Jose, Kim Wall and Jan Hendrik Hinzel on Runit Island
Friday 3 July 2015 11.00 BSTLast modified on Saturday 4 July 201500.07 BST

Black seabirds circle high above the giant concrete dome that rises from a tangle of green vines just a few paces from the lapping waves of the Pacific. Half buried in the sand, the vast structure looks like a downed UFO.
At the summit, figures carved into the weathered concrete state only the year of construction: 1979. Officially, this vast structure is known as the Runit Dome. Locals call it The Tomb.
Below the 18-inch concrete cap rests the United States’ cold war legacy to this remote corner of the Pacific Ocean: 111,000 cubic yards of radioactive debris left behind after 12 years of nuclear tests.
Brackish water pools around the edge of the dome, where sections of concrete have started to crack away. Underground, radioactive waste has already started to leach out of the crater: according to a 2013 report by the US Department of Energy, soil around the dome is already more contaminated than its contents.
Now locals, scientists and environmental activists fear that a storm surge, typhoon or other cataclysmic event brought on by climate change could tear the concrete mantel wide open, releasing its contents into the Pacific Ocean.
“Runit Dome represents a tragic confluence of nuclear testing and climate change,” said Michael Gerrard, director of the Sabin Center for Climate Change Law at Columbia University, who visited the dome in 2010.
“It resulted from US nuclear testing and the leaving behind of large quantities of plutonium,” he said. “Now it has been gradually submerged as result of sea level rise from greenhouse gas emissions by industrial countries led by the United States.”
Enewetak Atoll, and the much better-known Bikini Atoll, were the main sites of the United States Pacific Proving Grounds, the setting for dozens of atomic explosions during the early years of the cold war.
The remote islands – roughly halfway between Australia and Hawaii – were deemed sufficiently distant from major population centres and shipping lanes, and in 1948, the local population of Micronesian fishermen and subsistence farmers were evacuated to another atoll 200 km away.
In total, 67 nuclear and atmospheric bombs were detonated on Enewetak and Bikini between 1946 and 1958 – an explosive yield equivalent to 1.6 Hiroshima bombs detonated every day over the course of 12 years.
The detonations blanketed the islands with irradiated debris, including Plutonium-239, the fissile isotope used in nuclear warheads, which has a half-life of 24,000 years.
Marshall Islands
 Detonation of the nuclear device during Operation Ivy in the Marshall Islands in 1951. Photograph: Bettmann/Corbis
When the testing came to an end, the US Defence Nuclear Agency (DNA – later the DoE) carried out an eight-year cleanup, but Congress refused to fund a comprehensive decontamination programme to make the entire atoll fit for human settlement again.
The DNA’s preferred option – deep ocean dumping – was prohibited by international treaties and hazardous waste regulations, and there was little appetite for transporting the irradiated refuse back to the US.
In the end, US servicemen simply scraped off the islands’ contaminated topsoil and mixed it with radioactive debris. The resulting radioactive slurry was then dumped in an unlined 350-foot crater on Runit Island’s northern tip, and sealed under 358 concrete panels.
But the dome was never meant to last. According to the World Health Organization, the $218m plan was designed as temporary fix: a way to store contaminated material until a permanent decontamination plan was devised.
Meanwhile, only three of the atoll’s 40 islands were cleaned up, but not Enjebi, where half of Enewetak’s population had traditionally lived. And as costs spiralled, resettlement efforts of the northern part of the atoll stalled indefinitely.
Nevertheless, in 1980, as the Americans prepared their own departure, the dri-Enewetak (“people of Enewetak”) were allowed to return to the atoll after 33 years.
Three years later, the Marshall Islands signed a compact of free association with the US, granting its people certain privileges, but not full citizenship.
The deal also settled of “all claims, past, present and future” related to the US Nuclear Testing Program – and left the Runit Dome under the responsibility of the Marshallese government.
Today, the US government insists that it has honoured all its obligations, and that the jurisdiction for the dome and its toxic contents lies with the Marshall Islands.
The Marshallese, meanwhile, say that a country with a population of 53,000 people and a GDP of $190m – most of it from US aid programs – is simply incapable of dealing with the potential radioactive catastrophe left behind by the Americans.
Bikini Atoll
 Bravo Crater at Bikini Atoll, site of the 1954 hydrogen explosion where the island of Nam was destroyed. Photograph: Alamy
“It’s clear as day that the local government will neither have the expertise or funds to fix the problem if it needs a particular fix,” said Riyad Mucadam, climate adviser to the office of the Marshallese president.
Today, Runit – the setting for JG Ballard’s short story Terminal Beach – is still uninhabited, but it receives regular stream of visitors heading from neighboring islands to its abundant fishing grounds or searching for scrap metal to salvage.
Approaching the island by boat across from the vast, shallow lagoon – the world’s second largest – the concrete structure is barely visible among the scrubby trees.
Three decades after the Americans’ departure, abandoned bunkers dot the shoreline, and electric cables encased in black rubber snake across the sand.
Nowhere on the beaches or the dome itself is there a warning to stay away – or even an indication of radioactivity.
Enewetak’s senator Jack Ading, who lives in Majuro 600 miles away, doesn’t believe his home atoll is safe: resettlement efforts in Rongelap and Bikini atolls, also affected by testing, had to be aborted in the 1970s due to lingering contamination, despite safety assurances by the US.
“Just close it off,” said Ading, who has called for armed guards to be stationed on the site – or at the very least the construction of a fence.
“If they |the US government] can spend billions of dollars on wars like Iraq, I’m sure they can spend $10,000 for a fence. It’s a small island. Make it permanent for people not to visit Runit Dome and the surrounding area, ever.”
Locals say they know there is “poison” on the island – there is no Marshallese word for contamination – but say that Runit offers one of the few sources of income on the impoverished atol.
The US has yet to fully compensate the dri-Enewetak for the irreversible damage to their homeland, a total amounting to roughly $244m as appraised by the Nuclear Claims Tribunal, which was established by the US Congress in 1988 to adjudicate claims for compensation for health effects from the testing.
Traditional livelihoods were destroyed by the testing: the US Department of Energy bans the export of fish and copra – dried coconut flesh used for its oil – on the grounds of lingering contamination.
Nowadays, the atoll’s growing population survives on a depleted trust fund from the Compact of Free Association with the US, but payouts come to just $100 per person, according to locals.
Many locals are deeply in debt, and dependent on a supplemental food program funded by the US Department of Agriculture, which delivers shipments of process foods such as Spam, flour and canned goods. The destruction a centuries-old lifestyle have lead to both a diabetes epidemic and regular bouts of starvation on the island.
Enewetak
 The Lady E, a vessel that transports supplemental food from the capital to Enewetak, now hosts people who migrate in and out of the atoll. Photograph: Coleen Jose/Coleen Jose
Those who can afford it have taken advantage of the Compact’s visaless travel benefits and migrated to Hawaii.
“Enewetak has no money. What will people do to make money?” asked Rosemary Amitok, who lives with her husband Hemy on the atoll’s largest island.
The couple eke out a living by scavenging for scrap copper on Runit and other islands on the atoll. For weeks at a time, they camp out in a makeshift tent on the island while Hemy digs for cables and other metal debris.
The sell the salvage for a dollar or two per pound to a Chinese merchant who runs Enewetak’s only store and exports the metal, along with sea shells and sea cucumbers to Fujian in China.
Other – and more worrying – traces of Enewetak’s history have also reached China: according to a 2014 study published in Environmental Science & Technology, plutonium isotopes from the nuclear tests have been found as far a the Pearl River Estuary in Guangdong province.
Many people in Enewetak fear that one day the dome will break open, further spreading highly radioactive debris.
As catastrophic weather events become more frequent, recent studies – including2013 study of the Runit Dome’s structural integrity carried out by the DoE – have warned that typhoons could destroy or damage the cement panels, or inundate the island.
A 2013 report commissioned by the US Department of Energy to the Lawrence Livermore National Laboratory acknowledged that radioactive materials are already leaching out of the dome, but downplays the possibility of serious environmental damage or health risks.
“The waste within the dome is at least contained. There aren’t too many concerns for the Runit Dome to pose a threat to local people,” said Terry Hamilton, the scientific director for the Marshall Islands Program of the DoE-commissioned Lawrence Livermore National Laboratory.
Hamilton said that cracks in the concrete were merely the result of long-term drying and shrinkage, but said the DoE was planning to carry out cosmetic repairs in order to restore public confidence.
The DoE insists Enewetak is safe for human settlement today, and says it monitors local residents, groundwater, crops and marine life for radiation. Separate checkups are carried out on those suspected of digging for scrap metal.
Though Enewetak is not allowed to sell its copra and fish, Hamilton insists the produce would satisfy safety standards on the international market.
But locals complain that basic information – including results of their own tests for exposure to plutonium – is not readily accessible to them.
Independent scientists say that salvaging Runit’s scrap metal may expose locals to much higher risks.
“Those guys are digging in the dirt breathing in stuff in hot spots. That has to be hundreds of thousands times higher doses of potential health effects than swimming,” said Ken Buessler, a senior scientist and marine chemist at the Woods Hole Oceanographic Institution, who visited Runit and gathered samples of sediment in the lagoon earlier this year.
Bikini Atoll
 Navy clean-up crews swab the deck of the Prinz Eugen in an attempt to reduce radiation levels after the July 1946 nuclear test blast at Bikini Atoll. Photograph: AP
In 2012, Barack Obama signed legislation directing the DoE to monitor the groundwater beneath the dome, conduct a visual study of its exterior and submit reports determining whether contamination in the dome poses a health risk to the dri-Enewetak.
In an emailed response to questions, US ambassador to the Marshall Islands Thomas Armbruster said that a recent meeting between the US, the DoE and the Marshall Islands government was “one of the best ever”.
The minister himself remembers that encounter differently.
Tony De Brum was nine years old and living on the atoll of Likiep, when he witnessed the blinding flash, thunderous roar and blood-red skies of Castle Bravo, the most powerful hydrogen bomb ever detonated by the US, which was tested at Bikini Atoll on 1 March 1954.
Now the Marshall Islands minister of foreign affairs, he has since emerged as a voice for small island nations in international climate negotiations and leading advocate on the non-proliferation of nuclear weapons. De Brum is spearheading an ambitious lawsuit against the world’s nuclear powers, including the US, at the International Court of Justice.
“We asked the Americans, are you going to put a sign on the dome that says ‘Don’t come here because you might get exposed’?” he said.
“Our president asked: ‘Are you going to put a sign up so that the birds and turtles also understand?’”
The US has never formally apologized to the Marshall Islands for turning it into an atomic testing ground. When the UN special rapporteur on human rights and toxic waste, Calin Georgescu, visited the Marshall Islands in 2012 he criticized the US, remarking that the islanders feel like ‘nomads’ in their own country. Nuclear testing, he said, “left a legacy of distrust in the hearts and minds of the Marshallese”.
“Why Enewetak?” asked Ading, Enewetak’s exiled senator during an interview in the nation’s capital. “Every day, I have that same question. Why not go to some other atoll in the world? Or why not do it in Nevada, their backyard? I know why. Because they don’t want the burden of having nuclear waste in their backyard. They want the nuclear waste hundreds of thousands miles away. That’s why they picked the Marshall Islands.”
“The least they could’ve done is correct their mistakes.”
This article is part of a multimedia project produced by The GroundTruth Project.

Aqui temos um mapa sobre testes Nucleares, publicado no jornal The Guardian:

http://www.theguardian.com/world/video/2015/aug/14/nuclear-weapon-detonation-hiroshima-nagasaki-trinity-1945-world-map-video


Não custa sonhar, quem sabe desta grande nação norte americana, surja um líder semelhante a Mahathima    Ghandi.
que libertou a Índia do julgo inglês, grande inspiração para todos que acreditam que as palavras tem mais forças que os canhões.  

Fórmulas antigas de resolver conflitos estão desgastadas e não funcionam mais. O planeta esta praticamente todo militarizado, não há espaço para mais armas. Só existe uma saída, o diálogo constante, um cana aberto para a comunicação, mas as nações não se superam.Os conflitos armados se espalham por todos os continentes, novas soluções devem ser tomadas, e as armas já não dão conta de resolver